Aveiro - Figueira da Foz (Buarcos)

Chegámos a Aveiro às 8:58, no comboio vindo de Lisboa, e depois de abastecermos de uns ovos moles saímos a pedalar em direcção a Buarcos, na Figueira da Foz.

Atravessámos o centro da cidade de Aveiro, passando pelos seus típicos canais e edifícios de fachadas Arte Nova, e logo demos com a Ria. Com as salinas ao lado, pouco depois passámos pelo Centro Municipal de Interpretação Ambiental - CMIA e tivemos o primeiro de muitos contactos com os belos flamingos.

Na Gafanha da Nazaré, mais especificamente no Jardim Oudinot, iniciámos, então, a descida para sul rumo ao nosso destino. Num percurso sempre ciclável junto à Ria de Aveiro, em terra batida e sem carros, pudemos testemunhar a tranquilidade da paisagem natural.

Desviámos breve até à Praia do Areão para admirar as dunas e o mar e logo prosseguimos para a Praia de Mira, agora já quase sempre por asfalto, mas igualmente sem carros.

A chegada a Mira é muito bonita e rica em termos de habitats. Ainda parte da Ria de Aveiro, aqui há pinhais, dunas, sapais e lagoas. Contornámos parte da Barrinha, uma das suas lagoas, e parámos para almoçar na marginal, onde visitámos a pitoresca igreja com fachada com as típicas cores e listas da Costa Nova e interior decorado pelas redes dos pescadores.

Da Praia de Mira até Quiaios é uma longa travessia por uma estrada em mau estado, daí que seja uma jornada não muito simpática para o corpo do cicloturista. A paisagem é ainda (Maio de 2022) algo desoladora, uma vez que o lugar foi assolado pelos grandes incêndios de 2017 e ainda não se vê o resultado da empreitada de reflorestação. Só depois do desvio (que não fizemos) para a Praia da Tocha é que a estrada melhora. E só quase a chegar a Quiaios é que o pinhal da Mata Nacional das Dunas de Quiaios se mostra em boa forma.

Quiaios é uma pequena aldeia, mas acolhedora, com um jardim central ideal para descansar e lanchar. Mais adiante fica a Praia de Quiaios e depois dela os últimos quilómetros da jornada, até aqui plana, são quase sempre a subir, de forma a ultrapassar a Serra da Boa Viagem. Com inclinações que chegam aos 14%, foi impossível não levar a bicicleta pela mão. Uma boa desculpa para melhor apreciar a grande paisagem do Cabo Mondego.

No miradouro do Cabo Mondego, depois de atravessarmos as pedreiras, têm-se enormes vistas para Buarcos e Figueira da Foz, o nosso destino logo abaixo.