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São Pedro de Muel - Serra das Alhadas

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Trail stats

Distance
65.03 mi
Elevation gain
5,052 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
4,777 ft
Max elevation
655 ft
TrailRank 
53
Min elevation
-75 ft
Trail type
One Way
Moving time
6 hours 15 minutes
Time
9 hours 8 minutes
Coordinates
4648
Uploaded
February 25, 2020
Recorded
February 2020
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near São Pedro de Muel, Leiria (Portugal)

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Itinerary description

São Pedro de Muel - Serra das Alhadas
Esta região está situada na Orla Meso-Cenozóica Ocidental Portuguesa (Bacia Lusitânia), apresentando dois contextos geológicos e geomorfológicos
bem distintos: o Jurássico Inferior de S. Pedro de Moel e a cobertura Dunar Recente.
O Jurássico de S. Pedro de Moel estende-se por cerca de 5 km e inclui sucessões de rochas carbonatadas, incluindo margas, margas gipsíferas e
betuminosas, calcários margosos e bioclásticos. Estas séries estão frequentemente afectadas por falhas de orientação NW-SE, assumindo uma estrutura que tende a mergulhar para Ocidente, pertencendo ao bordo occidental do diapiro de S. Pedro Moel. Estas formações correspondem a um
antigo ambiente marinho de pouca profundidade.

Waypoints

PictographPhoto Altitude 8 ft
Photo ofIntrodução - Uma viagem ao Jurássico inferior Photo ofIntrodução - Uma viagem ao Jurássico inferior

Introdução - Uma viagem ao Jurássico inferior

O Jurássico inferior da Orla Mesocenozoica de Portugal é representado pela fase inicial do enchimento carbonatado da Bacia Lusitânica. Os depósitos sedimentares são caracterizados por espessas séries margocalcárias. A expressão aflorante do Jurássico inferior é bastante vasta, ocupando diversas áreas do território português, principalmente no setor norte da BL. As unidades do Jurássico Inferior em S. Pedro de Moel encontram-se fortemente marcadas pela tectónica diapírica (diapiro de S. Pedro de Moel). Estão dispostas numa estrutura em sinclinal, muito fracturadas segundo duas famílias de falhas (NW-SE; N-S) que originam blocos basculhados, contactos entre formações e às vezes repetição das séries. A Fm de Coimbra aflora a norte e a sul do sinclinal. No que se refere à Fm de Água de Madeiros, o perfil-tipo encontra-se definido na Praia de Água de Madeiros, podendo-se igualmente observar o Mb de Polvoeira entre as praias da Pedra do Ouro e de Polvoeira. A série sinemuriana da Bacia Lusitânica (BL) corresponde a sedimentação de carácter gradualmente mais marinho, representando as unidades da região ocidental (nomeadamente em S. Pedro de Moel e Peniche) o pólo distal do sistema de rampa de baixa energia que caracterizará todo o Jurássico Inferior. Nesta zona da bacia e no Sinemuriano superior, a Formação de Coimbra, maioritariamente calcária, evolui de marinha confinada a marinha aberta, com registo dos primeiros amonóides. A Formação de Água de Madeiros, que se restringe apenas ao sector oeste da BL, tem natureza marinha e é constituída por alternância de calcários e margas ricas em matéria orgânica.

PictographPhoto Altitude 12 ft
Photo ofParagem 1 - Formação de Coimbra Photo ofParagem 1 - Formação de Coimbra

Paragem 1 - Formação de Coimbra

Da base para o topo podemos encontrar afloramentos das Formações de Coimbra, Água de Madeiros e de Vale das Fontes.

PictographPhoto Altitude 13 ft
Photo ofParagem 1 - Formação de Coimbra (Níveis ricos em matéria orgânica)

Paragem 1 - Formação de Coimbra (Níveis ricos em matéria orgânica)

UA (~12 m): Conjunto heterogéneo de fácies calcárias e dolomíticas, mudstone a grainstone, localmente fossilíferas (bivalves e gastrópodes). No topo, definem-se alguns níveis margosos, ricos em matéria orgânica, que alternam com camadas centimétricas, calco-dolomíticas, levemente laminadas;

PictographPhoto Altitude 0 ft
Photo ofParagem 1A - Formação de Coimbra (Estromatólitos) Photo ofParagem 1A - Formação de Coimbra (Estromatólitos) Photo ofParagem 1A - Formação de Coimbra (Estromatólitos)

Paragem 1A - Formação de Coimbra (Estromatólitos)

Desde o século XIX que a unidade “Camadas de Coimbra” (Choffat, 1880) integra o léxico da estratigrafia portuguesa (= Formação de Coimbra). Esta unidade, a primeira verdadeiramente carbonatada no processo evolutivo da Bacia Lusitânica (BL), deve a sua individualização ao carácter calcodolomítico, denunciando a primeira influência marinha generalizada na bacia. Este é o único local da bacia onde se pode observar de forma (quase) contínua grande parte da sucessão estratigráfica registada no seu setor ocidental.

PictographPhoto Altitude -4 ft
Photo ofParagem 1C - Formação de Coimbra (Fósseis) Photo ofParagem 1C - Formação de Coimbra (Fósseis)

Paragem 1C - Formação de Coimbra (Fósseis)

UC (~12 m): Conjunto mais ou menos regular de calcários, calcários margosos e de raros níveis margosos, por vezes amplamente bioturbados (Rhizocorallium e Thalassinoides) e ricos em bivalves (Unicardium sp. e ostreídos). Os níveis mais bioclásticos são localmente de textura grainstone;

PictographPhoto Altitude -6 ft
Photo ofParagem 1C - Bioturbação (Formação de Coimbra) Photo ofParagem 1C - Bioturbação (Formação de Coimbra) Photo ofParagem 1C - Bioturbação (Formação de Coimbra)

Paragem 1C - Bioturbação (Formação de Coimbra)

Bioturbação UC (~12 m): Conjunto mais ou menos regular de calcários, calcários margosos e de raros níveis margosos, por vezes amplamente bioturbados (Rhizocorallium e Thalassinoides) e ricos em bivalves (Unicardium sp. e ostreídos). Os níveis mais bioclásticos são localmente de textura grainstone.

PictographPhoto Altitude -6 ft
Photo ofParagem 1C - Formação de Coimbra- Lumachelas Photo ofParagem 1C - Formação de Coimbra- Lumachelas Photo ofParagem 1C - Formação de Coimbra- Lumachelas

Paragem 1C - Formação de Coimbra- Lumachelas

Fósseis de bivalves, equinodermes e amonites. Corresponde à porção mais margosa de toda a Fm de Coimbra, que inclui níveis laminados, ricos em matéria orgânica (black shales), num conjunto que contém calcários (biomicritos a pelsparitos, localmente grainstone) em bancos centimétricos. A macrofauna bentónica circunscreve-se aos bivalves, por vezes muito abundantes (mas pouco diversos), ocorrendo amonóides em vários níveis desta unidade (género Ptycharietites)

PictographPhoto Altitude 82 ft
Photo ofPraia de São Pedro de Moel - Conversando sobre arribas

Praia de São Pedro de Moel - Conversando sobre arribas

Uma arriba (Cliff) não é mais do que um talude natural com forte declive, que sofre erosão, por vezes intensa no sopé por ação direta da ondulação, e por processos subaéreos. As arribas, apesar de em alguns casos apresentarem configuração aparentemente imutável à escala de observação de alguns anos, sofrem evolução contínua das faces expostas aos agentes de erosão marinha. Os movimentos de massa em costas rochosas dividem-se em 4 tipos: desabamentos/queda de blocos (“falls”), balançamentos/tombamentos (“topples”), deslizamentos (“slides”) e escoadas/fluxos (“flows”). Estes tipos de movimentos dependem principalmente dos fatores estruturais e litológicos do material que forma a rocha, tais como a estrutura geológica, características estratigráficas e propriedades geotécnicas ou resistência da rocha.

PictographPhoto Altitude 19 ft
Photo ofParagem 2 - Formação de Água de Madeiros Photo ofParagem 2 - Formação de Água de Madeiros Photo ofParagem 2 - Formação de Água de Madeiros

Paragem 2 - Formação de Água de Madeiros

O perfil de Água de Medeiros (Sinemuriano- Jurássico inferior) está localizado a 2 km a sul de S. Pedro de Moel mostra uma sucessão contínua do topo da Formação de Água de Medeiros. Esta formação tem na base o Membro de Polveira com uma alternância de marga, mais ou menos rica em matéria orgânica, com um calcário micrítico. É uma sucessão fossilífera rica em invertebrados com amonites e belemenites (macrofauna nectónica) e bivalves e raros crinóides (macrofauna bentónica). Nos níveis margosos ocorrem com frequência, horizontes negros, geralmente laminados (black shales). Sobre o membro anterior ocorre o Membro de Praia da Pedra Lisa também de idade sinemuriana Este membro predominantemente carbonatado apresenta na base camadas ricas em radiolários e ostracodos intensamente laminadas. Esporadicamente ocorre amonóides.

PictographPhoto Altitude 4 ft
Photo ofParagem 2A - Formação Água de Madeiros - Amonites Photo ofParagem 2A - Formação Água de Madeiros - Amonites

Paragem 2A - Formação Água de Madeiros - Amonites

Nível de referência de acumulação de amonites (topo da Zona Raricostatum) no Membro de Polvoeira aflorante na praia de Água de Madeiros.

PictographPhoto Altitude 21 ft
Photo ofParagem 3 - Paredes da Vitória (viagem ao cretácico ...um pouco mais a sul) Photo ofParagem 3 - Paredes da Vitória (viagem ao cretácico ...um pouco mais a sul) Photo ofParagem 3 - Paredes da Vitória (viagem ao cretácico ...um pouco mais a sul)

Paragem 3 - Paredes da Vitória (viagem ao cretácico ...um pouco mais a sul)

O afloramento da praia de Paredes da Vitória situa-se no flanco norte de um grande sinclinal que se estende para sul por alguns quilómetros, quase até ao Sítio da Nazaré. Este sinclinal situa-se a ocidente do alinhamento estrutural Lousã-Nazaré-Caldas e apresenta evidências de condicionamento estrutural atribuível à movimentação salina, pelo menos a partir do Cenomaniano Os sedimentos cretácicos dos bordos Norte e Sul estão sobrepostos por materiais siliciclásticos de idade terciária inferior, registando um predomínio de sistemas fluviais, .

PictographPhoto Altitude 17 ft
Photo ofParagem 3A (Cretácico Superior - Formação de Taveiro) Photo ofParagem 3A (Cretácico Superior - Formação de Taveiro) Photo ofParagem 3A (Cretácico Superior - Formação de Taveiro)

Paragem 3A (Cretácico Superior - Formação de Taveiro)

PictographPhoto Altitude 14 ft
Photo ofParagem 3B - Brecha Peridiapírica Photo ofParagem 3B - Brecha Peridiapírica

Paragem 3B - Brecha Peridiapírica

Discordância angular – que separa a brecha calcária cenomaniana e os Grés Grosseiros Superiores em discordância angular. Esta superfície apresenta frequentemente manchas de hidrocar-bonetos ao longo de fissuras

PictographPhoto Altitude -8 ft
Photo ofParagem 3C - Arriba Norte - Dunas Photo ofParagem 3C - Arriba Norte - Dunas Photo ofParagem 3C - Arriba Norte - Dunas

Paragem 3C - Arriba Norte - Dunas

PictographPhoto Altitude 197 ft
Photo ofParagem 4 - Praia da Pedra do Ouro Photo ofParagem 4 - Praia da Pedra do Ouro Photo ofParagem 4 - Praia da Pedra do Ouro

Paragem 4 - Praia da Pedra do Ouro

Formação de Vale das Fontes, do Pliensbaquiano Neste setor da bacia, a Formação de Vale das Fontes (Pliesnbaquiano) aflora de forma quase contínua entre as praias de Àguas de Madeiros e de Pedra do Ouro. Esta unidade, maioritariamente margosa, é composta por uma alternância de calcários margosos centimétricos com margas e margas calcárias cinzentas de espessura centimétrica a métrica. Do ponto de vista litostratigráfico é subdividida nos seus clássicos três membros: Margas e calcários com Uptonia e Pentacrinus, Margas e calcários grumosos e Margo-calcários com níveis betuminosos. Alguns níveis mar-gosos são de cor cinzenta escura, revelando alguns destes uma forte laminação. Pesquisas recentes de natureza geoquímica demonstraram que estes horizontes são extremamente ricos em matéria orgânica.

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