2/2 SERRA DO GERÊS (MINAS DOS CARRIS - OUTEIRO DO PASSARO - BORRAGEIRO - LAGOA DO MARINHO - XERTELO)
near Lobios, Galicia (España)
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SERRA DO GERÊS, DOIS DIAS EM AUTONOMIA
Voltamos à Serra do Gerês, desta vez com o intuito de realizar, em dois dias, um trilho circular com inicio e fim na pequena localidade de Xertelo. Trata-se de um percurso não homologado que em alguns troços coincide com PR`s sinalizados e mariolas, mas deve-se prestar atenção porque levam para diferentes trilhos, aconselha-se o uso de GPS. Sem ser complicado é um percurso duro do ponto de vista físico e mental pelas subidas e descidas íngremes, distancia a percorrer e, no nosso caso, o peso da mochila para a autonomia.
O trilho percorre o complexo montanhoso do Gerês por caminhos antigos que dinamizam um ecossistema de montanha de diferentes contrastes, às vezes suave e bucólico, outras vezes imponente e agreste com paisagens simplesmente deslumbrantes e panorâmicas de 360º de encher a alma.
2ª ETAPA
MINAS DOS CARRIS - BORRAGEIRO - XERTELO
Aos primeiros raios do dia levantamo-nos e rapidamente arrumamos tudo para deliciarmo-nos com o pequeno almoço neste esplendoroso cenário envolvente. O amanhecer, com o sol no horizonte, proporciona magnificas imagens para guardar na retina. Calmamente e após os últimos preparativos saímos da Lagoa dos Carris para dar inicio à jornada. Seguimos paralelos à Corga da Carvoeirinha, passamos junto às ruínas do complexo das Minas dos Carris sem as visitar por já serem sobejamente conhecidas doutras atividades. Descemos o antigo e bem definido caminho de acesso às minas até à Ponte das Abrótegas. Aqui, cortamos à esquerda e seguimos o caminho ascendente de pé posto em direção ao Bico do Pássaro, passamos pela Estação Meteorológica, agora vandalizada e desativada, e pouco depois estávamos no Outeiro do Pássaro 2º (1482m), um dos píncaros geresianos que é observável após a passagem pelas Abrótegas. Este ponto serve como ponto de delimitação da zona de proteção total do Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Agora, rodamos a sul, seguimos o caminho de pé posto muito mal definido, e por vezes até fechado com algum mato rasteiro, mas o caminho existe e leva-nos até ao Borrageiro. Deixamos as pesadas mochilas na base do maciço e subimos ao cimo do Borrageiro I e depois ao cimo do Borrageiro II (1359m). Situada em terras de Cabril esta montanha é uma das mais bonitas e imponentes de toda a Serra do Gerês. Com os seus 1359 metros de altura tem uma vista incrível onde se pode ver a Meda da Rocalva, Roca Negra, Porta Ruivas e Pico da Nevosa, entre outros…
Continuamos pelo caminho de pé posto em direção às Minas do Borrageiro, contornando-as pela direita, seguimos para o Curral do Sargaço e daqui para o Abrigo de Lagoa também conhecido como Cabana do Penedão ou Cabana das Lagoas do Marinho. Aproveitamos para almoçar usufruindo das condições do local: churrasqueira com alpendre, fonte com água, muitas mesas de granito e uma casa de banho, sanita e fossa sumidoura com autoclismo e água canalizada! Todo o recinto está protegido dos animais com vedação.
Depois de uma longa e merecida pausa, já de forças recuperadas, retomamos o trilho em direção da Lagoa do Marinho. Talvez uma das paisagens mais características da Serra do Gerês, a Lagoa do Marinho é um habitat único em todo o Parque Nacional. Parte da sua área envolvente está ocupada por uma moreia terminal em forma de arco. Para os menos conhecedores da matéria, as moreias são um amontoado de sedimentos com diversas dimensões, que foram transportados e acumulados pelo glaciar à frente e aos lados da língua glaciar, até quando e onde este se fundiu. Quando observadas ao pormenor, permitem a reconstituição do movimento glaciar, e são um indicador fundamental dos limites de máxima extensão da glaciação. Significa isto que, o limite de um dos glaciares que ocupou a Serra do Gerês, foi a Lagoa do Marinho.
O trilho continua para Este, é o troço mais íngreme da jornada. Seguimos por caminho de pé posto por vezes mal definido que vai descendo abruptamente até ao estradão florestal que dá acesso aos Poços Verdes do Sobroso, mais conhecidas como as Sete Lagoas de Xertelo. Aqui intersetamos o PR9 MTR - Trilho dos Poços Verdes. Optamos por não descer ao Rio Cabril e às Sete Lagoas de Xertelo, ficamo-nos pelas panorâmicas conseguidas da encosta sobre as lagoas. Desde o estradão florestal seguimos o PR9 no sentido anti-horário. O trilho está bem sinalizado, sendo quase impossível perdermo-nos ao longo do seu itinerário. O percurso segue por caminho de pastores ao longo da meia encosta da margem direita da Ribeira de Cabril. Cruzamos várias linhas de água, afluentes da Ribeira de Cabril, como é o caso da Corga das Quebradas, Corga do Virtelo. O trilho atravessa a Ribeira de Cabril em Porto Novo. Com tempo de chuva a travessia da Ribeira de Cabril pode tornar-se difícil, ou mesmo impossível. Atenção! Perigo de escorregar e a queda pode ser fatal, especialmente com o piso molhado.
O solarengo dia convidava a uma pausa antes de iniciar a subida final até Xertelo. Aproveitamos as grandes formas rochosas na ribeira para relaxar ao sol enquanto molhávamos os pés nas gélidas águas. Como tudo que é bom acaba, mochila às costas e lá voltamos ao caminho, subimos agora a encosta da margem esquerda da Ribeira de Cabril, passamos junto do Poio das Cabras, local escolhido pelos pastores para que as cabras não ficassem expostas ao lobo quando era impossível voltar à aldeia. Ainda hoje existe um pequeno abrigo rudimentar para a pernoita. O trilho continua por caminho bem definido e sinalizado, contorna a aldeia para sul e guarda-nos o último quilometro de subida até ao estacionamento na entrada de Xertelo, local de término desta jornada.
FICHA TÉCNICA
Realização: abril de 2021
Percurso: Minas dos Carris - Ponte das Abrótegas - Bico do Pássaro - Outeiro do Pássaro - Borrageiro (1359m) - Curral do Sargaço - Abrigo da Lagoa (Penedão) - Lagoa do Marinho - Xertelo
Distancia: 15,6 km
Duração: 7h10min
Tempo em movimento: 4h20min
Tempo parado: 2h50min
Movimento médio: 3,60km/h
Acumulado positivo: 552m
Acumulado negativo: 1278m
TRILHAS DA ROTA
1º ETAPA
XERTELO - LAJE DOS BOIS - CURRAL DE LAMALONGA - CURRAL DA MATANÇA - CURRAL DAS NEGRAS - PICO DA NEVOSA - LAGOA DOS CARRIS
2º ETAPA
CARRIS - OUTEIRO DO PASSÁRO - BORRAGEIRO - CURRAL DO SARGAÇO - ABRIGO DA LAGOA - LAGOA DO MARINHO - XERTELO
TRILHA COMPLETA
SERRA DO GERÊS, DOIS DIAS EM AUTONOMIA
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A equipa Caminhantes
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SERRA DO GERÊS, DOIS DIAS EM AUTONOMIA
Voltamos à Serra do Gerês, desta vez com o intuito de realizar, em dois dias, um trilho circular com inicio e fim na pequena localidade de Xertelo. Trata-se de um percurso não homologado que em alguns troços coincide com PR`s sinalizados e mariolas, mas deve-se prestar atenção porque levam para diferentes trilhos, aconselha-se o uso de GPS. Sem ser complicado é um percurso duro do ponto de vista físico e mental pelas subidas e descidas íngremes, distancia a percorrer e, no nosso caso, o peso da mochila para a autonomia.
O trilho percorre o complexo montanhoso do Gerês por caminhos antigos que dinamizam um ecossistema de montanha de diferentes contrastes, às vezes suave e bucólico, outras vezes imponente e agreste com paisagens simplesmente deslumbrantes e panorâmicas de 360º de encher a alma.
2ª ETAPA
MINAS DOS CARRIS - BORRAGEIRO - XERTELO
Aos primeiros raios do dia levantamo-nos e rapidamente arrumamos tudo para deliciarmo-nos com o pequeno almoço neste esplendoroso cenário envolvente. O amanhecer, com o sol no horizonte, proporciona magnificas imagens para guardar na retina. Calmamente e após os últimos preparativos saímos da Lagoa dos Carris para dar inicio à jornada. Seguimos paralelos à Corga da Carvoeirinha, passamos junto às ruínas do complexo das Minas dos Carris sem as visitar por já serem sobejamente conhecidas doutras atividades. Descemos o antigo e bem definido caminho de acesso às minas até à Ponte das Abrótegas. Aqui, cortamos à esquerda e seguimos o caminho ascendente de pé posto em direção ao Bico do Pássaro, passamos pela Estação Meteorológica, agora vandalizada e desativada, e pouco depois estávamos no Outeiro do Pássaro 2º (1482m), um dos píncaros geresianos que é observável após a passagem pelas Abrótegas. Este ponto serve como ponto de delimitação da zona de proteção total do Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Agora, rodamos a sul, seguimos o caminho de pé posto muito mal definido, e por vezes até fechado com algum mato rasteiro, mas o caminho existe e leva-nos até ao Borrageiro. Deixamos as pesadas mochilas na base do maciço e subimos ao cimo do Borrageiro I e depois ao cimo do Borrageiro II (1359m). Situada em terras de Cabril esta montanha é uma das mais bonitas e imponentes de toda a Serra do Gerês. Com os seus 1359 metros de altura tem uma vista incrível onde se pode ver a Meda da Rocalva, Roca Negra, Porta Ruivas e Pico da Nevosa, entre outros…
Continuamos pelo caminho de pé posto em direção às Minas do Borrageiro, contornando-as pela direita, seguimos para o Curral do Sargaço e daqui para o Abrigo de Lagoa também conhecido como Cabana do Penedão ou Cabana das Lagoas do Marinho. Aproveitamos para almoçar usufruindo das condições do local: churrasqueira com alpendre, fonte com água, muitas mesas de granito e uma casa de banho, sanita e fossa sumidoura com autoclismo e água canalizada! Todo o recinto está protegido dos animais com vedação.
Depois de uma longa e merecida pausa, já de forças recuperadas, retomamos o trilho em direção da Lagoa do Marinho. Talvez uma das paisagens mais características da Serra do Gerês, a Lagoa do Marinho é um habitat único em todo o Parque Nacional. Parte da sua área envolvente está ocupada por uma moreia terminal em forma de arco. Para os menos conhecedores da matéria, as moreias são um amontoado de sedimentos com diversas dimensões, que foram transportados e acumulados pelo glaciar à frente e aos lados da língua glaciar, até quando e onde este se fundiu. Quando observadas ao pormenor, permitem a reconstituição do movimento glaciar, e são um indicador fundamental dos limites de máxima extensão da glaciação. Significa isto que, o limite de um dos glaciares que ocupou a Serra do Gerês, foi a Lagoa do Marinho.
O trilho continua para Este, é o troço mais íngreme da jornada. Seguimos por caminho de pé posto por vezes mal definido que vai descendo abruptamente até ao estradão florestal que dá acesso aos Poços Verdes do Sobroso, mais conhecidas como as Sete Lagoas de Xertelo. Aqui intersetamos o PR9 MTR - Trilho dos Poços Verdes. Optamos por não descer ao Rio Cabril e às Sete Lagoas de Xertelo, ficamo-nos pelas panorâmicas conseguidas da encosta sobre as lagoas. Desde o estradão florestal seguimos o PR9 no sentido anti-horário. O trilho está bem sinalizado, sendo quase impossível perdermo-nos ao longo do seu itinerário. O percurso segue por caminho de pastores ao longo da meia encosta da margem direita da Ribeira de Cabril. Cruzamos várias linhas de água, afluentes da Ribeira de Cabril, como é o caso da Corga das Quebradas, Corga do Virtelo. O trilho atravessa a Ribeira de Cabril em Porto Novo. Com tempo de chuva a travessia da Ribeira de Cabril pode tornar-se difícil, ou mesmo impossível. Atenção! Perigo de escorregar e a queda pode ser fatal, especialmente com o piso molhado.
O solarengo dia convidava a uma pausa antes de iniciar a subida final até Xertelo. Aproveitamos as grandes formas rochosas na ribeira para relaxar ao sol enquanto molhávamos os pés nas gélidas águas. Como tudo que é bom acaba, mochila às costas e lá voltamos ao caminho, subimos agora a encosta da margem esquerda da Ribeira de Cabril, passamos junto do Poio das Cabras, local escolhido pelos pastores para que as cabras não ficassem expostas ao lobo quando era impossível voltar à aldeia. Ainda hoje existe um pequeno abrigo rudimentar para a pernoita. O trilho continua por caminho bem definido e sinalizado, contorna a aldeia para sul e guarda-nos o último quilometro de subida até ao estacionamento na entrada de Xertelo, local de término desta jornada.
FICHA TÉCNICA
Realização: abril de 2021
Percurso: Minas dos Carris - Ponte das Abrótegas - Bico do Pássaro - Outeiro do Pássaro - Borrageiro (1359m) - Curral do Sargaço - Abrigo da Lagoa (Penedão) - Lagoa do Marinho - Xertelo
Distancia: 15,6 km
Duração: 7h10min
Tempo em movimento: 4h20min
Tempo parado: 2h50min
Movimento médio: 3,60km/h
Acumulado positivo: 552m
Acumulado negativo: 1278m
TRILHAS DA ROTA
1º ETAPA
XERTELO - LAJE DOS BOIS - CURRAL DE LAMALONGA - CURRAL DA MATANÇA - CURRAL DAS NEGRAS - PICO DA NEVOSA - LAGOA DOS CARRIS
2º ETAPA
CARRIS - OUTEIRO DO PASSÁRO - BORRAGEIRO - CURRAL DO SARGAÇO - ABRIGO DA LAGOA - LAGOA DO MARINHO - XERTELO
TRILHA COMPLETA
SERRA DO GERÊS, DOIS DIAS EM AUTONOMIA
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Magnifico trilho!