A Regada - Pico da Nevosa (1548m) - Alto de Nevosa (1522m) - Penedo dos Bicos (1376m) - A Regada - serras do Xurês/Gerês

Percurso circular, sem marcações, com início na aldeia de A Regada.
O uso de GPS é aconselhável, ao longo do percurso existem muitas mariolas, mas as mesmas também indicam vários antigos trilhos de pastores e levam-nos em várias direções.
O trilho é longo e um pouco exigente tanto física com técnicamente.
A primeira parte do percurso é uma longa e continua subida até ao Pico da Nevosa.
Os primeiros 3,5km são percorridos por um estradão.
Sendo o restante percurso até ao Pico da Nevosa percorrido por carreiros de pastores e caminhos de pé posto, seguindo pelo topo da A Carballiña e do Corvelle, baixando depois a meia encosta, para o curral de Chao do Frielo.
Mesmo nos locais onde não existe trilho, é muito fácil a progressão, a vegetação existente é rasteira, não existindo grandes dificuldades.
Durante a subinda, excetuando a inclinação e o desgaste acumulado.
A entrada em território português é efetuada junto ao marco de fronteira com o número 103.
É junto ao marco 103, que damos início á última subida para alcançar o pico da Nevosa
Atingido um dos nossos objetivos do dia o pico da Nevosa, é hora de aproveitar e contemplar as panorâmicas que o segundo ponto mais alto de Portugal continental proporciona.
Alguns dos muitos locais emblemáticos que podemos ver:
Serra amarela (Louriça) serra de santa Eufémia - fraga de Anamão - Carris - Rocalva - Roca Negra - Encosta do sol - Larouco - Fonte Fria, é um desfilar de cumes para todos os lados que olhemos desde o topo da Rainha da serra do Gerês.
( A subida e a descida ao pico da Nevosa não apresenta grandes dificuldades.)
Aproveitamos para almoçar no sopé da Nevosa com vista privilegiada para o alto da Nevosa.
Do Pico da Nevosa seguimos em direção ao Alto da Nevosa por caminho de pé posto, apesar do calor que se fazia sentir, em alguns locais pequenos retalhos de neve bastante espessos teimavam em resistir ao sol.
Entre o pico da Nevosa e o Alto da Nevosa são cerca de 600m.
O Alto da Nevosa ficava no nosso percurso de regresso, subimos ao topo pelo lado sul e descemos pelo lado poente é necessário muito cuidado ao descer.
Seguimos o trilho, subindo o Penedo do Bicos, o topo do Penedo dos Bicos merece uma visita e vale a pena a subida, a descida do penedo dos Bicos apesar de muito forte faz-se bem!
Sempre em descida por caminhos de pé posto, em alguns locais a descida é bastante inclinada, por cima de lages e pedra porosa que desfaz, é necessário cuidado até às Escuseiras.
Durante a descida após as Escuseiras, que nos leva ao curral da Abelleira.
A vegetação quase tapa o trilho em alguns pontos, o que dificulta ver o trilho.
Em alguns locais o trilho está bastante destruído e escavado pela água das chuvas e pelo escoamento da água da neve ao derreter.
A chegada ao Curral da Abelleira termina com as dificuldades do trilho.
Apartir do Curral da Abelleira o regresso é feito quase na totalidade por estradão até ao ponto de partida.
Cerca de 3 km feitos descontraídamente.

Os pontos altos deste trilho na minha opinião são;
A subida ao pico da Nevosa.
A subida ao Alto da Nevosa
A subida ao Penedo dos Bicos
E as imensas panorâmicas até onde a vista alcança.
Esta zona da serra do Xurês/Gerês é das mais isoladas e agrestes.


Um trilho exigente fisicamente e técnico.
Alguns locais da descida a merecerem especial atenção e cuidado, pois o risco de queda e escorregões é elevado.
Trilho sem marcações, o uso do GPS é muito recomendado.
Não aconselho de todo fazer este percurso em dias de chuva, algumas partes do percurso são percorridos em cima de lages com inclinação.
No Verão as dificuldades neste trilho aumentam considerávelmente, não existem praticamente sombras.
Não existem fontes ao longo do percurso, a fonte que existe, é já no final do trilho no curral da Abelleira.
A título de português exemplo;
Durante este percurso bebemos 2,5l de água cada um.
Levar água em quantidade é essencial.
Quem tiver filtro, pode filtrar água no pequeno ribeiro durante a descida, mas a probabilidade de secar no verão é alta.
O uso de bastões e botas que prendam os tornozelos é essencial.
No inverno há que ter atenção às horas com luz solar para efetuar este trilho.

Locais por onde passamos:
- O Nino da Galiña (1,8km) Rio Lobios
- A Carballiña (4km)
- Corvelle (5km)
- Chao do Frielo (5,7km)
- Marco de Fronteira 103 (9,1km)
- Pico da Nevosa (10.9 km)
- Alto de Nevosa (11.9 km)
- Penedo dos Bicos (12,7km)
- Escuseiras (13,8km)
- Curral da Abelleira (15,6km)
- Chao das Casas (16,8km)