Bosques e moinhos de Padrenda (Galiza)
near Monterredondo, Galicia (España)
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Trail photos
Itinerary description
O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.
MOINHO E QUEDA D'ÁGUA (RIO GORGUA Y ESMORIZ)
ESCADARIA DE PEDRA (PORMENOR DO PERCURSO)
- Trilho circular, sem marcações, com início e fim na aldeia de Freáns (opcional);
- Embora não seja um trilho oficialmente reconhecido, existem muitos registos de percursos idênticos, o que leva a concluir que este é "quase" oficial (só falta mesmo a inerente homologação). Por conseguinte, o trajeto que seguimos teve por base o desenho percorrido por Makca (a quem desde já agradeço a partilha), que o testou no terreno no final de janeiro deste ano (2023). A direção tomada foi no sentido contrário aos ponteiros do relógio (no sentido horário sobe-se de frente para as cascatas, mas os desníveis ascendentes são fisicamente mais exigentes) e tivemos em consideração as indicações e conselhos deixados na sua página;
- Partindo-se do parque de estacionamento de Freáns (junto ao Cruzeiro), percorrem-se numa primeira parte vários núcleos habitacionais rurais, ao longo de 6,3 kms ascendentes: Lapiñeiras, Monte Redondo, Chan do Crego, Chan do Forno e A Quinta. Após passar a Corga da Codeseira, atinge-se a cota mais elevada do percurso (798 m), dando-se início à longa descida cuja progressão se faz ora por calçadas, ora por caminhos de terra, ao longo de inúmeros bosques nas encostas da serra da Basteira, com excecionais vistas panorâmicas sobre todo este excecional entorno natural. Iniciada a descida, entra-se na segunda parte deste percurso e, sem dúvida, naquela que ficará na memória pela sua imensa beleza e singularidade. Matoboo, As Cavadiñas, Os Ferros, As Motas ou Os Chandos são alguns dos muitos e espetaculares bosques que este percurso atravessa, bosques densos de carvalhos, povoados por castanheiros seculares, antigos muros de pedra cobertos de musgo a ladear caminhos, inúmeros cursos de água que descem as encostas até às principais linhas de água, incontáveis cascatas e quedas d'água, toda uma atmosfera ancestral que, infelizmente, é cada vez mais difícil de ver e encontrar. Continuando pela encosta abaixo, a descida torna-se agora mais suave e progride-se com facilidade pelos caminhos de terra, sempre com espetaculares vistas panorâmicas sobre o vale do Gorgua. No último troço do percurso, após se cruzar a OU-411, continua-se a acompanhar o rio, agora denominado Crespos, que corre sobre leito mais plano, até se chegar à centenária ponte de pedra de Freáns, a qual se atravessa para a outra margem do rio. Neste ponto, por opção, decidimos não continuar o percurso até Gresufe, Carballal e Casal de Veco, pelo que cortamos à esquerda na direção de Freáns, entrando-se na aldeia pela sua vertente nascente, percorrendo-se as suas vielas até ao ponto de partida deste trilho;
- Ao longo do trajeto existem vários pontos de referência, com destaque para o casario rural das aldeias e lugares de Lapiñeiras, Monte Redondo, Chan do Crego, Chan do Forno, A Quinta, A Granxa (Gorgua) e Freáns, a Igreja de San Xoán de Monte Redondo, o miradouro de A Quinta com excecionais vistas panorâmicas sobre a serra da Basteira e o vale do Gorgua, os lameiros agrícolas em torno das aldeias, os densos bosques de carvalhos, povoados por imponentes castanheiros, muitos deles seculares, os cursos de água e as muitas cascatas que proporcionam, com destaque para a Cascata da Corga das Pereiras, inúmeros moinhos antigos, muito deles já em ruínas, as várias pontes que se atravessam, nomeadamente as pontes de pedra de Esmoriz (medieval) e de Freáns (centenária) e, por fim, toda a envolvente paisagística que este paraíso galego nos proporciona;
- Misto de caminhos de terra, calçadas e arruamentos (aldeias);
- Percurso com características fáceis e fisicamente acessível, com uma subida e descida longas (suaves) mas sem declives muito acentuados (uma ou outra pequena exceção). Se chover, com vento ou neblinas fortes, as dificuldades serão acrescidas. O uso de GPS constitui sempre uma boa ajuda e, neste caso concreto, é essencial devido à ausência de marcações;
- No seu todo é um percurso maravilhoso, que permite usufruir das excecionais vistas panorâmicas desta região, assim como de um bom conjunto de pontos de interesse. Além disso, submerge-nos numa atmosfera verde, ancestral, de bosques autóctones e cursos de água selvagens que fazem com que esta seja, sem dúvida, uma experiência extasiante e que perdura na memória. Imagino que na primavera ou no outono esta experiência seja absolutamente potenciada pela explosão de cores e aromas típicos dessas estações. Como ouvi dizer a alguns caminheiros, deslumbrados com este paraíso natural, "um encanto"!!!
RIO CRESPOS (GORGUA)
CASCATA DA CORGA DAS PEREIRAS
Outros percursos realizados nesta região:
PNPG - Trilho das pontes de Castro Laboreiro
PNPG - Trilho dos Portos (Lamas de Mouro)
PNPG - Travessia da Peneda (1º dia)
PNPG - Travessia da Peneda (2º dia)
PNPG - Travessia da Peneda (3º dia)
LARGO DA ALDEIA A QUINTA
CASTANHEIRO SECULAR (BOSQUE DE MATOBOO)
- ROTA DO RIO GORGUA (PADRENDA)
A Rota do rio Gorgua é uma rota fácil e bonita para se perder nas florestas nativas entre castanheiros centenários. O Ponto de partida é Padrenda, o último município da província de Ourense e fronteira com Portugal.
O percurso do Rio Gorgua, pela sua localização e beleza natural, merece ser feito em qualquer época do ano.
O percurso inicia-se na localidade de Casal de Veco e segue quase integralmente o curso do rio Gorgua desde o seu ponto mais baixo, 200 m, até mais de 800 m. Ao longo do percurso encontramos zonas verdes banhadas por cascatas e maravilhosos castanheiros autóctones que vão acompanhar-nos até ao ponto mais alto onde os rios Gorgua e Esmoriz se encontram, dando o nome às respectivas aldeias.
Alguns edifícios abandonados, moinhos e muitas mais surpresas no percurso, boas vistas de todo o vale do Minho, até chegarmos a Chan do Crego onde existe um miradouro de onde se avista uma ampla vista sobre a província de Ourense e Pontevedra.
Vale a pena destacar este banco, de onde se avistam os vales de Esmoriz e Gorgua, bem como as serras do Castelo e Agullón, que se poderia indicar para a lista dos bancos com as melhores vistas do mundo.
Fazendo a Rota no sentido oposto, começa-se a caminhada na pequena cidade de Freáns. Durante o primeiro troço do percursora-se ganhando altitude gradualmente, à procura das partes altas do Vale do Gorgua, passando por zonas florestais, prados e pequenas aldeias como Monte Redondo e A Quinta. Aqui espera-nos um belo miradouro (com banco incluído).
A partir daqui entra-se na parte mais densa de La Fraga, atravessando vários riachos e descendo por caminhos tradicionais, seguindo o curso do rio, novamente na direção de Freáns. À medida que se vai descendo, vão surgindo recantos encantadores, com moinhos, "fervenzas" (cascatas), pontes, caminhos estreitos e uma luxuriante vegetação autóctone que acompanhará o caminhante ao longo deste troço final do percurso.
CALÇADA (BOSQUE DE AS CAVADIÑAS)
CAMINHO MURADO (BOSQUE DE OS FERROS)
- PADRENDA
Padrenda é um concelho montanhoso, um município de Ourense que faz fronteira com Portugal a sul e é separado a norte pelo vale do Minho da província de Pontevedra. As suas fronteiras pertencem à região de Terras de Celanova. Grande parte do concelho é marcado pela transição de uma paisagem agreste, que culmina na Pena Rubia a 1.227 metros de altitude, com uma descida gradual para os vales dos rios Deva e Minho, onde convergem grandes serras como a Serra da Basteira, Aguillón, Castelo, Caúño e Laboreiro, em Portugal. Esta configuração especial oferece inúmeros recursos naturais de grande beleza cénica. As encostas das montanhas estão cobertas por uma densa vegetação de coníferas, folhosas e prados, enquanto as culturas têm de se adaptar aos socalcos. Os rios e ribeiros são numerosos: Rio Deva, Rio Grande, Troncoso e Crespos, todos afluentes do Minho, que desagua na albufeira da Freiría. O rio Gorgua, por vezes conhecido por Rego do Patén, ergue-se a pouco mais de mil metros na Serra da Basteira, muito perto da fronteira com Portugal e do concelho de Quintela de Leirado. Os amantes da pesca podem desfrutar de reservas de trutas nos rios Troncoso e Gorgua. A caça também pode ser praticada, já que abundam espécies como o coelho, a perdiz e até o javali.
Os vestígios arqueológicos encontrados indicam que o município teve uma ocupação precoce. Os vestígios mais antigos são as Mámoas de Bandexa», e a cultura castreja deixou as suas marcas nos castros de Desteriz, Monterredondo e A Torre. Da ocupação romana foram encontrados vestígios de exploração mineira e dois altares, um deles na igreja de Santa Maria do Condado. Nas imediações deste templo existia um hospital para os peregrinos que, vindos de Portugal, utilizavam as estradas romanas para chegar a Compostela. Do seu passado medieval conservam-se os vestígios das fortificações de O Castelo e Desteriz. Na arquitetura religiosa, apresenta igrejas construídas maioritariamente entre os séculos XVIII e XIX, bem como diversos cruzeiros. A arquitetura civil é complementada pelos paços de Coucieiro e Regueiro.
PANORÂMICA DO VALE DO GORGUA (SERRA DA BASTEIRA)
PONTE DE PEDRA DE FREÁNS
- SERRA DO LABOREIRO
A Serra do Laboreiro forma um arco orientado NW-S ao longo da fronteira (conhecida como Raia Seca) entre a Galiza e Portugal; desde o vale do rio Barxas ou Troncoso (onde desce para o Minho), até ao rio Castro Laboreiro (Limia). Ocupa terrenos nos concelhos de Padrenda, Quintela de Leirado, Verea, Bande, Lobeira Lobios e Entrimo (Ourense); e Melgaço (Portugal). É uma serra que alberga importantes valores ecológicos, etnográficos e arqueológicos.
É um conjunto de morfologia mole, constituído por granitos de duas micas na zona central, granodioritos a poente e xistos a nascente. Os cumes mais altos são Gestosa (1.344 m), em Portugal e Codesal - marco 34 - (1.334 m), na fronteira. Nos cumes do Laboreiro forma-se uma ampla penichaira ou planalto a uma altitude média de cerca de 1.200 m, situada no concelho de Castro Laboreiro.
Na Serra do Laboreiro nascem os afluentes do Minho (Deva e Barxas ou Troncoso) e Limia (Cadós, Grou e Casal, do lado galego e Castro Laboreiro, do lado português). Em geral, os rios têm cursos curtos com declives acentuados, nos quais se formam séries de corredeiras e algumas importantes cascatas.
É uma zona com um clima muito variado, dadas as diferenças de altitude entre os picos e os vales. É caracterizada por grandes oscilações de temperatura entre o verão e o inverno e pela escassez de chuvas. A vegetação distribui-se por duas zonas distintas:
- A zona arborizada situada nos vales das ribeiras e corgas, composta por carvalhos (Quercus robur), freixos (Quercus pyrenaica), bétulas, azevinhos, pereiras bravas...
- A área de matos e pastagens situadas nas cumeadas e planaltos da serra, composta por mato, matagal, tojo, urzes e pastagens de gramíneas.
Destaca-se a presença de inúmeras espécies de interesse.
- Mamíferos: javali, raposa, lobo...
- Aves: aves de rapina (minnato, gannet...), aves do mato e espaços abertos (chasco, borralhenta, laverca...
- Répteis: lagartos, lagartixas, víboras...
- Invertebrados: destaca-se uma grande variedade de insetos, tais como borboletas, besouros...
Cavalos e vacas são criados livremente nos pastos e áreas de mata. Na zona existe uma raça canina própria desta região, o Cão de Castro Laboreiro ou Cão da serra.
"El Laboreiro" foi habitado desde os tempos antigos. A primeira evidência data dos anos 4000-3500 aC, na época do Megalistismo na Galiza. Ao longo da serra conservam-se um grande número de monumentos funerários (mámoas ou motas), na sua maioria não estudados. Só na Galiza, existem até 130 túmulos.
Estas terras não tiveram fronteiras até que Portugal se tornou independente da Galiza e a linha de fronteira entre os dois lados começou a ser traçada. Nessa época, foram construídos nas Terras de Celanova castelos como o de Castro Laboreiro ou o Alcázar de Milmanda. Durante a Guerra Civil tornou-se uma rota de trânsito para contrabandistas que passavam produtos de Portugal. Um rico património cultural é preservado em toda a área: aldeias tradicionais, moinhos, pontes, castelos, fornos comunitários, capelas...
CAMINHO (BOSQUE DA FONTE DO SOUTO)
CAMINHO (BOSQUE DE OS FERROS)
MOINHO E QUEDA D'ÁGUA (RIO GORGUA Y ESMORIZ)
ESCADARIA DE PEDRA (PORMENOR DO PERCURSO)
- Trilho circular, sem marcações, com início e fim na aldeia de Freáns (opcional);
- Embora não seja um trilho oficialmente reconhecido, existem muitos registos de percursos idênticos, o que leva a concluir que este é "quase" oficial (só falta mesmo a inerente homologação). Por conseguinte, o trajeto que seguimos teve por base o desenho percorrido por Makca (a quem desde já agradeço a partilha), que o testou no terreno no final de janeiro deste ano (2023). A direção tomada foi no sentido contrário aos ponteiros do relógio (no sentido horário sobe-se de frente para as cascatas, mas os desníveis ascendentes são fisicamente mais exigentes) e tivemos em consideração as indicações e conselhos deixados na sua página;
- Partindo-se do parque de estacionamento de Freáns (junto ao Cruzeiro), percorrem-se numa primeira parte vários núcleos habitacionais rurais, ao longo de 6,3 kms ascendentes: Lapiñeiras, Monte Redondo, Chan do Crego, Chan do Forno e A Quinta. Após passar a Corga da Codeseira, atinge-se a cota mais elevada do percurso (798 m), dando-se início à longa descida cuja progressão se faz ora por calçadas, ora por caminhos de terra, ao longo de inúmeros bosques nas encostas da serra da Basteira, com excecionais vistas panorâmicas sobre todo este excecional entorno natural. Iniciada a descida, entra-se na segunda parte deste percurso e, sem dúvida, naquela que ficará na memória pela sua imensa beleza e singularidade. Matoboo, As Cavadiñas, Os Ferros, As Motas ou Os Chandos são alguns dos muitos e espetaculares bosques que este percurso atravessa, bosques densos de carvalhos, povoados por castanheiros seculares, antigos muros de pedra cobertos de musgo a ladear caminhos, inúmeros cursos de água que descem as encostas até às principais linhas de água, incontáveis cascatas e quedas d'água, toda uma atmosfera ancestral que, infelizmente, é cada vez mais difícil de ver e encontrar. Continuando pela encosta abaixo, a descida torna-se agora mais suave e progride-se com facilidade pelos caminhos de terra, sempre com espetaculares vistas panorâmicas sobre o vale do Gorgua. No último troço do percurso, após se cruzar a OU-411, continua-se a acompanhar o rio, agora denominado Crespos, que corre sobre leito mais plano, até se chegar à centenária ponte de pedra de Freáns, a qual se atravessa para a outra margem do rio. Neste ponto, por opção, decidimos não continuar o percurso até Gresufe, Carballal e Casal de Veco, pelo que cortamos à esquerda na direção de Freáns, entrando-se na aldeia pela sua vertente nascente, percorrendo-se as suas vielas até ao ponto de partida deste trilho;
- Ao longo do trajeto existem vários pontos de referência, com destaque para o casario rural das aldeias e lugares de Lapiñeiras, Monte Redondo, Chan do Crego, Chan do Forno, A Quinta, A Granxa (Gorgua) e Freáns, a Igreja de San Xoán de Monte Redondo, o miradouro de A Quinta com excecionais vistas panorâmicas sobre a serra da Basteira e o vale do Gorgua, os lameiros agrícolas em torno das aldeias, os densos bosques de carvalhos, povoados por imponentes castanheiros, muitos deles seculares, os cursos de água e as muitas cascatas que proporcionam, com destaque para a Cascata da Corga das Pereiras, inúmeros moinhos antigos, muito deles já em ruínas, as várias pontes que se atravessam, nomeadamente as pontes de pedra de Esmoriz (medieval) e de Freáns (centenária) e, por fim, toda a envolvente paisagística que este paraíso galego nos proporciona;
- Misto de caminhos de terra, calçadas e arruamentos (aldeias);
- Percurso com características fáceis e fisicamente acessível, com uma subida e descida longas (suaves) mas sem declives muito acentuados (uma ou outra pequena exceção). Se chover, com vento ou neblinas fortes, as dificuldades serão acrescidas. O uso de GPS constitui sempre uma boa ajuda e, neste caso concreto, é essencial devido à ausência de marcações;
- No seu todo é um percurso maravilhoso, que permite usufruir das excecionais vistas panorâmicas desta região, assim como de um bom conjunto de pontos de interesse. Além disso, submerge-nos numa atmosfera verde, ancestral, de bosques autóctones e cursos de água selvagens que fazem com que esta seja, sem dúvida, uma experiência extasiante e que perdura na memória. Imagino que na primavera ou no outono esta experiência seja absolutamente potenciada pela explosão de cores e aromas típicos dessas estações. Como ouvi dizer a alguns caminheiros, deslumbrados com este paraíso natural, "um encanto"!!!
RIO CRESPOS (GORGUA)
CASCATA DA CORGA DAS PEREIRAS
Outros percursos realizados nesta região:
PNPG - Trilho das pontes de Castro Laboreiro
PNPG - Trilho dos Portos (Lamas de Mouro)
PNPG - Travessia da Peneda (1º dia)
PNPG - Travessia da Peneda (2º dia)
PNPG - Travessia da Peneda (3º dia)
LARGO DA ALDEIA A QUINTA
CASTANHEIRO SECULAR (BOSQUE DE MATOBOO)
- ROTA DO RIO GORGUA (PADRENDA)
A Rota do rio Gorgua é uma rota fácil e bonita para se perder nas florestas nativas entre castanheiros centenários. O Ponto de partida é Padrenda, o último município da província de Ourense e fronteira com Portugal.
O percurso do Rio Gorgua, pela sua localização e beleza natural, merece ser feito em qualquer época do ano.
O percurso inicia-se na localidade de Casal de Veco e segue quase integralmente o curso do rio Gorgua desde o seu ponto mais baixo, 200 m, até mais de 800 m. Ao longo do percurso encontramos zonas verdes banhadas por cascatas e maravilhosos castanheiros autóctones que vão acompanhar-nos até ao ponto mais alto onde os rios Gorgua e Esmoriz se encontram, dando o nome às respectivas aldeias.
Alguns edifícios abandonados, moinhos e muitas mais surpresas no percurso, boas vistas de todo o vale do Minho, até chegarmos a Chan do Crego onde existe um miradouro de onde se avista uma ampla vista sobre a província de Ourense e Pontevedra.
Vale a pena destacar este banco, de onde se avistam os vales de Esmoriz e Gorgua, bem como as serras do Castelo e Agullón, que se poderia indicar para a lista dos bancos com as melhores vistas do mundo.
Fazendo a Rota no sentido oposto, começa-se a caminhada na pequena cidade de Freáns. Durante o primeiro troço do percursora-se ganhando altitude gradualmente, à procura das partes altas do Vale do Gorgua, passando por zonas florestais, prados e pequenas aldeias como Monte Redondo e A Quinta. Aqui espera-nos um belo miradouro (com banco incluído).
A partir daqui entra-se na parte mais densa de La Fraga, atravessando vários riachos e descendo por caminhos tradicionais, seguindo o curso do rio, novamente na direção de Freáns. À medida que se vai descendo, vão surgindo recantos encantadores, com moinhos, "fervenzas" (cascatas), pontes, caminhos estreitos e uma luxuriante vegetação autóctone que acompanhará o caminhante ao longo deste troço final do percurso.
CALÇADA (BOSQUE DE AS CAVADIÑAS)
CAMINHO MURADO (BOSQUE DE OS FERROS)
- PADRENDA
Padrenda é um concelho montanhoso, um município de Ourense que faz fronteira com Portugal a sul e é separado a norte pelo vale do Minho da província de Pontevedra. As suas fronteiras pertencem à região de Terras de Celanova. Grande parte do concelho é marcado pela transição de uma paisagem agreste, que culmina na Pena Rubia a 1.227 metros de altitude, com uma descida gradual para os vales dos rios Deva e Minho, onde convergem grandes serras como a Serra da Basteira, Aguillón, Castelo, Caúño e Laboreiro, em Portugal. Esta configuração especial oferece inúmeros recursos naturais de grande beleza cénica. As encostas das montanhas estão cobertas por uma densa vegetação de coníferas, folhosas e prados, enquanto as culturas têm de se adaptar aos socalcos. Os rios e ribeiros são numerosos: Rio Deva, Rio Grande, Troncoso e Crespos, todos afluentes do Minho, que desagua na albufeira da Freiría. O rio Gorgua, por vezes conhecido por Rego do Patén, ergue-se a pouco mais de mil metros na Serra da Basteira, muito perto da fronteira com Portugal e do concelho de Quintela de Leirado. Os amantes da pesca podem desfrutar de reservas de trutas nos rios Troncoso e Gorgua. A caça também pode ser praticada, já que abundam espécies como o coelho, a perdiz e até o javali.
Os vestígios arqueológicos encontrados indicam que o município teve uma ocupação precoce. Os vestígios mais antigos são as Mámoas de Bandexa», e a cultura castreja deixou as suas marcas nos castros de Desteriz, Monterredondo e A Torre. Da ocupação romana foram encontrados vestígios de exploração mineira e dois altares, um deles na igreja de Santa Maria do Condado. Nas imediações deste templo existia um hospital para os peregrinos que, vindos de Portugal, utilizavam as estradas romanas para chegar a Compostela. Do seu passado medieval conservam-se os vestígios das fortificações de O Castelo e Desteriz. Na arquitetura religiosa, apresenta igrejas construídas maioritariamente entre os séculos XVIII e XIX, bem como diversos cruzeiros. A arquitetura civil é complementada pelos paços de Coucieiro e Regueiro.
PANORÂMICA DO VALE DO GORGUA (SERRA DA BASTEIRA)
PONTE DE PEDRA DE FREÁNS
- SERRA DO LABOREIRO
A Serra do Laboreiro forma um arco orientado NW-S ao longo da fronteira (conhecida como Raia Seca) entre a Galiza e Portugal; desde o vale do rio Barxas ou Troncoso (onde desce para o Minho), até ao rio Castro Laboreiro (Limia). Ocupa terrenos nos concelhos de Padrenda, Quintela de Leirado, Verea, Bande, Lobeira Lobios e Entrimo (Ourense); e Melgaço (Portugal). É uma serra que alberga importantes valores ecológicos, etnográficos e arqueológicos.
É um conjunto de morfologia mole, constituído por granitos de duas micas na zona central, granodioritos a poente e xistos a nascente. Os cumes mais altos são Gestosa (1.344 m), em Portugal e Codesal - marco 34 - (1.334 m), na fronteira. Nos cumes do Laboreiro forma-se uma ampla penichaira ou planalto a uma altitude média de cerca de 1.200 m, situada no concelho de Castro Laboreiro.
Na Serra do Laboreiro nascem os afluentes do Minho (Deva e Barxas ou Troncoso) e Limia (Cadós, Grou e Casal, do lado galego e Castro Laboreiro, do lado português). Em geral, os rios têm cursos curtos com declives acentuados, nos quais se formam séries de corredeiras e algumas importantes cascatas.
É uma zona com um clima muito variado, dadas as diferenças de altitude entre os picos e os vales. É caracterizada por grandes oscilações de temperatura entre o verão e o inverno e pela escassez de chuvas. A vegetação distribui-se por duas zonas distintas:
- A zona arborizada situada nos vales das ribeiras e corgas, composta por carvalhos (Quercus robur), freixos (Quercus pyrenaica), bétulas, azevinhos, pereiras bravas...
- A área de matos e pastagens situadas nas cumeadas e planaltos da serra, composta por mato, matagal, tojo, urzes e pastagens de gramíneas.
Destaca-se a presença de inúmeras espécies de interesse.
- Mamíferos: javali, raposa, lobo...
- Aves: aves de rapina (minnato, gannet...), aves do mato e espaços abertos (chasco, borralhenta, laverca...
- Répteis: lagartos, lagartixas, víboras...
- Invertebrados: destaca-se uma grande variedade de insetos, tais como borboletas, besouros...
Cavalos e vacas são criados livremente nos pastos e áreas de mata. Na zona existe uma raça canina própria desta região, o Cão de Castro Laboreiro ou Cão da serra.
"El Laboreiro" foi habitado desde os tempos antigos. A primeira evidência data dos anos 4000-3500 aC, na época do Megalistismo na Galiza. Ao longo da serra conservam-se um grande número de monumentos funerários (mámoas ou motas), na sua maioria não estudados. Só na Galiza, existem até 130 túmulos.
Estas terras não tiveram fronteiras até que Portugal se tornou independente da Galiza e a linha de fronteira entre os dois lados começou a ser traçada. Nessa época, foram construídos nas Terras de Celanova castelos como o de Castro Laboreiro ou o Alcázar de Milmanda. Durante a Guerra Civil tornou-se uma rota de trânsito para contrabandistas que passavam produtos de Portugal. Um rico património cultural é preservado em toda a área: aldeias tradicionais, moinhos, pontes, castelos, fornos comunitários, capelas...
CAMINHO (BOSQUE DA FONTE DO SOUTO)
CAMINHO (BOSQUE DE OS FERROS)
Waypoints
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Information
Easy to follow
Scenery
Easy
Espetacular!! Bosques lindos a perder de vista, floresta primitiva e rios de água límpida, um paraíso como é cada vez mais difícil encontrar. E eucaliptos... nada, felizmente!! Quero lá voltar no outono, pois deve ser ainda mais maravilhoso. Foi muito, muito bom! Até breve!!
Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho.
Percorrer estes bosques foi uma descoberta maravilhosa, não os conhecia! e fiquei rendido. Tenho que lá voltar e pretendo que seja mesmo no outono. Imagino as cores!!
Grande abraço e até breve!
Parece ser um trilho belíssimo, a julgar pelas fotos e pela descrição. É uma excelente notícia saber que ainda existem bosques com estas características e sem eucaliptos. Obrigado pela partilha. Abraço!
Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho. Um grande abraço!
Viva João, parabéns pela descrição, pelas fotos, realmente descreves exactamente o que o percurso em si é, e muito obrigado pelo reconhecimento! Um abraço.
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Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
Espetacular!
Viva, Makca! Muito obrigado pelas simpáticas palavras e avaliação do trilho. Realmente este é daqueles que nos ficam na memória e que me proporcionou uma excecional caminhada. Será para repetir no outono!! Abraço.
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Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
Merece cuidados acrescidos, acima de tudo, pelo desnível. GPS obrigatório. Inesquecível.
Mais uma vez obrigado "Professor".
Valeu a viagem e de que maneira. O que mais custou, foi sair daquele paraíso. É daquelas que marcam e fica uma grande vontade de lá voltar. Na Primavera deve ser ainda mais bonita, mas no outono deve ser qualquer coisa do outro mundo. Abraço
Viva, Grande Mestre! Eh, eh... achei graça ao "professor" pois, na realidade, essa é mesmo a minha profissão!
Quanto ao trilho pelos bosques de Padrenda, fez uma excelente escolha e compreendo que este o deva ter surpreendido, no melhor sentido da palavra, tal como o fez comigo quando lá estive. É realmente um trilho fantástico, um "banho" de bosque que, em qualquer altura do ano, surpreende e seduz quem por ele se aventure. Embora no nosso território existam ainda algumas boas manchas de carvalhal, não deixa de ser assinalável a forma como o país vizinho preserva as suas florestas. Basta passar a fronteira no Lindoso, por exemplo, e deparamo-nos imediatamente com uma mancha florestal invejável... infelizmente, por aqui o eucalipto tomou conta das nossas serras e montes e é o que se vê, petróleo verde que tudo seca, que arde consecutivamente e altera profundamente os nossos ecossistemas. Uma enorme pena e uma imperdoável vergonha!! Enfim...
Grato pelas palavras aqui publicadas e avaliação atribuída ao percurso.
Continuação de ótimas caminhadas!