Caminho de Finisterra (Etapa 3): Santa Marina - Lobelos (Ermida de S. Pedro Mártir)
near Santa Marina, Galicia (España)
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Itinerary description
Caminho de Finisterra
O Caminho até ao Fim da Terra.
O Caminho de Finisterra, além de ser um dos Caminhos de Santiago de Compostela, é o único com o ponto de partida na cidade de Compostela, ou seja, o caminho depois do fim, que conduz ao marco zero da caminhada.
Dessa forma, ainda no início da primeira etapa, ao ver a catedral de Santiago desde o alto de uma colina, o peregrino detém-se por alguns instantes num olhar de até breve àquela que foi, a meta a ser alcançada, a jornada que fica para trás.
Este olhar para trás significa, acima de tudo, um crescimento, um passo a mais na caminhada da vida que agora segue outros caminhos.
Até ao fim da Idade Média, a Costa da Morte era o último reduto de terra conhecida, o lugar onde o sol “morria” e onde os povos antigos acreditavam que as almas ascendiam ao céu.
O Caminho Jacobeu “Finisterra” é a representação mais fiel do histórico grito do peregrino que exclama “Ultreia!” (“Vamos para além!”), enquanto outro lhe responde “Et suseia!” (“E mais para cima!”).
Calcorrear as terras mais ocidentais da Europa era uma ideia que já estava presente nas crenças dos povos Celtas, que situavam “el Más Allá”, a vida depois da morte, numa determinada ilha do ocidente...
Muito antes da data apontada pela Igreja Católica como a data de redescoberta do túmulo do Apóstolo Santiago (Séc. IX), existia já uma rota de peregrinação, que foi utilizada pelos Romanos, e ainda antes pelos Celtas...
Era um percurso que atravessava toda a Espanha, do extremo Este ao Oeste, até chegar a Finisterra... Este velho caminho simbolizava a viagem do sol, de Oriente para Ocidente, mergulhando no mar, para voltar a surgir no dia seguinte..
O renascer do Sol era profundamente associado por estes povos ao próprio renascer da vida.. Tratava-se de um ritual pagão, de culto ao Sol, aos elementos da terra, à vida e à fertilidade, que terá surgido muito antes do próprio nascimento da Igreja Católica..
O próprio nome Finisterra, "Fisterra" em Galego, provém do latim “finis terrae”, o Fim da Terra, uma vez que existia a crença (incorrecta) de que Finisterra era o local mais ocidental do Mundo conhecido, e assim o Fim da Terra...
Desde tempos muito remotos que as pessoas tinham o desejo de chegar ao fim do Mundo, onde a terra acabava e o mar começava, realizando este Caminho para contemplar o afundamento do Sol nas águas...
Dizem várias opiniões que o Promontorium e o Ara Solis, altares de culto ao sol, que ainda hoje podemos admirar em Finisterra, terão sido erguidos ainda pelos Fenícios, que viveram entre os Séc. XVI e IV a.C.
O nosso Caminho de Finisterra, será dividido em 4 etapas:
1: Santiago - Negreira
2: Negreira - Santa Marina
3: Santa Marina - Capela de S. Pedro Mártir
4: Capela de S. Pedro Mártir - Farol de Finisterra
Está terceira etapa, inicia-se com uma subida consistente, que irá preparar os músculos para uma outra que virá mais tarde.
Continua a ser uma etapa ao longo de caminhos de Monte, ladeados por carvalhos e castanheiros, mas desta vez também com alguns troços em asfalto, ao lado da estrada.
É nesta etapa que há que escolher a rota para Finisterra ou para Mídia, em Bifurcacion, onde lado a lado, dois Marcos indicam as duas variantes. Optamos por Finisterra, e rápidamente nos embrenhados num estradão de terra que nos leva até uma encruzilhada, marcada com um monstro mitológico qual lobisomem e onde dois bancos do peregrino voltam a assinalar a divergência das duas vias, Finisterra e Muxia.
Mais adiante passamos a Capela de Nossa Senhora das Neves, e depois uma suave subida levá-los até à Capela de S Pedro Mártir, onde terminou a Etapa.
O Caminho até ao Fim da Terra.
O Caminho de Finisterra, além de ser um dos Caminhos de Santiago de Compostela, é o único com o ponto de partida na cidade de Compostela, ou seja, o caminho depois do fim, que conduz ao marco zero da caminhada.
Dessa forma, ainda no início da primeira etapa, ao ver a catedral de Santiago desde o alto de uma colina, o peregrino detém-se por alguns instantes num olhar de até breve àquela que foi, a meta a ser alcançada, a jornada que fica para trás.
Este olhar para trás significa, acima de tudo, um crescimento, um passo a mais na caminhada da vida que agora segue outros caminhos.
Até ao fim da Idade Média, a Costa da Morte era o último reduto de terra conhecida, o lugar onde o sol “morria” e onde os povos antigos acreditavam que as almas ascendiam ao céu.
O Caminho Jacobeu “Finisterra” é a representação mais fiel do histórico grito do peregrino que exclama “Ultreia!” (“Vamos para além!”), enquanto outro lhe responde “Et suseia!” (“E mais para cima!”).
Calcorrear as terras mais ocidentais da Europa era uma ideia que já estava presente nas crenças dos povos Celtas, que situavam “el Más Allá”, a vida depois da morte, numa determinada ilha do ocidente...
Muito antes da data apontada pela Igreja Católica como a data de redescoberta do túmulo do Apóstolo Santiago (Séc. IX), existia já uma rota de peregrinação, que foi utilizada pelos Romanos, e ainda antes pelos Celtas...
Era um percurso que atravessava toda a Espanha, do extremo Este ao Oeste, até chegar a Finisterra... Este velho caminho simbolizava a viagem do sol, de Oriente para Ocidente, mergulhando no mar, para voltar a surgir no dia seguinte..
O renascer do Sol era profundamente associado por estes povos ao próprio renascer da vida.. Tratava-se de um ritual pagão, de culto ao Sol, aos elementos da terra, à vida e à fertilidade, que terá surgido muito antes do próprio nascimento da Igreja Católica..
O próprio nome Finisterra, "Fisterra" em Galego, provém do latim “finis terrae”, o Fim da Terra, uma vez que existia a crença (incorrecta) de que Finisterra era o local mais ocidental do Mundo conhecido, e assim o Fim da Terra...
Desde tempos muito remotos que as pessoas tinham o desejo de chegar ao fim do Mundo, onde a terra acabava e o mar começava, realizando este Caminho para contemplar o afundamento do Sol nas águas...
Dizem várias opiniões que o Promontorium e o Ara Solis, altares de culto ao sol, que ainda hoje podemos admirar em Finisterra, terão sido erguidos ainda pelos Fenícios, que viveram entre os Séc. XVI e IV a.C.
O nosso Caminho de Finisterra, será dividido em 4 etapas:
1: Santiago - Negreira
2: Negreira - Santa Marina
3: Santa Marina - Capela de S. Pedro Mártir
4: Capela de S. Pedro Mártir - Farol de Finisterra
Está terceira etapa, inicia-se com uma subida consistente, que irá preparar os músculos para uma outra que virá mais tarde.
Continua a ser uma etapa ao longo de caminhos de Monte, ladeados por carvalhos e castanheiros, mas desta vez também com alguns troços em asfalto, ao lado da estrada.
É nesta etapa que há que escolher a rota para Finisterra ou para Mídia, em Bifurcacion, onde lado a lado, dois Marcos indicam as duas variantes. Optamos por Finisterra, e rápidamente nos embrenhados num estradão de terra que nos leva até uma encruzilhada, marcada com um monstro mitológico qual lobisomem e onde dois bancos do peregrino voltam a assinalar a divergência das duas vias, Finisterra e Muxia.
Mais adiante passamos a Capela de Nossa Senhora das Neves, e depois uma suave subida levá-los até à Capela de S Pedro Mártir, onde terminou a Etapa.
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