Caminho Português - Caminho da Costa (Orla Marítima) etapa 6
near As Mariñas, Galicia (España)
Viewed 918 times, downloaded 92 times
Trail photos
Itinerary description
Seriam 6:30h em Portugal quando iniciámos esta etapa. Uma nebelina marítima acompanhou-nos durante algum tempo.
Abandonámos a costa e começámos a subir por um caminho de montanha agradável e com paisagem magnífica que as abertas no nevoeiro deixavam adivinhar.
Ao longe, junto ao mar, vislumbra-se o "farol do Vello Silleiro" e a montanha não permite que se avistem as Ilhas Polveiras.
Seguimos pelo Caminho da Portela que apresenta partes com aspeto de via romana.
À frente a neblina abre um pouco e conseguimos ver as "Illas Estelas".
Numa curva do caminho uma fonte redonda e brasonada permitiu repor os níveis de água das nossas garrafas.
Um pouco mais e Eis-nos na Balcagia romana, hoje Baiona. Aqui aportou, a 1 de março de 1493, a caravela "La Pinta" e com ela a notícia da descoberta da América. Esta cidade de tradições oceânicas é também, pela sua antiguidade, berço de belas lendas e narrativas. Uma delas conta o martírio das 9 irmãs gémeas Genivera, Liberata, Victoria, Eufemia, Germana, Marciana, Marina, Basilisa e Quiteria, que abandonadas pela mãe, Calsia esposa do governador romano Lucio Catelio, que as mandou deitar ao rio Miñor, e que viriam a ser recolhidas e educadas por famílias cristãs. Todas as irmãos sofreram o martírio e a morte pela fé. Santa Liberata, fugida para Castelo Branco (Catraleucos na denominação romana) foi crucificada (3 lugares reclamam o local onde por sua morte terá aparecido uma fonte de águas santas: Miragaia - Porto, Castelo Branco e Águas Santas -norte do Porto) e a tradição diz que o seu corpo foi sepultado na igreja de Bayona a ela dedicada (para quem quiser conhecer melhor a lenda das nove irmãs http://journals.openedition.org/cultura/352) Gastámos algum tempo a apreciar o belo conjunto religioso composto pelas Igrejas da Santa Liberata e de Santa Maria.
Tomámos o pequeno almoço na "Capela" e seguimos pela rua de Santa Liberata e
caminhámos depois por outras ruas típicas.
Passámos pelo cruzeiro da SS.ma Trindade. Uma estrutura piramidal não muito antiga protege uma cruz gótica do século XV.
Pouco depois chegámos a Ramallosa e passámos sobre a ponte românica, datada do século XII que cruza o rio Miñor. A meio da ponte existe um cruzeiro que tem a seus pés uma imagem de S. Telmo, padroeiro dos navegadores. Entrámos em Nigrán e seguimos em direção ao Pazo de Pias onde existe uma hospedaria que também dá guarida a peregrinos.
Seguimos caminho e, à frente, um pouco perdidos num parque industrial, acabámos num centro comercial a comprar qualquer coisa para comer, o que fizemos à sombra dos salgueiros na beira de um ribeiro. Este foi o dia da birra e, como é normal, acabámos a caminhar em silêncio durante um bom bocado.
O caminho fez-nos subir um pouco mas compensou o cansaço com uma vista maravilhosa da baía e as CIES ao fundo no oceano.
A determinada altura, numa encruzilhada, tínhamos à nossa frente dois caminhos sinalizados: Um assinalado pelas setas amarelas tradicionais e outro assinalado por setas verdes. Vigo ou Freixo?... Não tínhamos conhecimento que em Vigo houvesse algum albergue; do Freixo havíamos lido que existia o albergue da Asociación de Veciños O Freixo". Seguimos, então, as setas verdes. Se fora agora penso que teríamos seguido as amarelas. A associação tem um pequeno quarto para peregrinos mas já estava lotado. Por isso, dormimos doze no chão do salão. O problema é que nesse dia havia aulas de dança que duraram até à meia noite e meia e a etapa do dia seguinte era longa. Valeu a simpatia do hospedeiro e a boa e farta refeição que nos preparou.
Abandonámos a costa e começámos a subir por um caminho de montanha agradável e com paisagem magnífica que as abertas no nevoeiro deixavam adivinhar.
Ao longe, junto ao mar, vislumbra-se o "farol do Vello Silleiro" e a montanha não permite que se avistem as Ilhas Polveiras.
Seguimos pelo Caminho da Portela que apresenta partes com aspeto de via romana.
À frente a neblina abre um pouco e conseguimos ver as "Illas Estelas".
Numa curva do caminho uma fonte redonda e brasonada permitiu repor os níveis de água das nossas garrafas.
Um pouco mais e Eis-nos na Balcagia romana, hoje Baiona. Aqui aportou, a 1 de março de 1493, a caravela "La Pinta" e com ela a notícia da descoberta da América. Esta cidade de tradições oceânicas é também, pela sua antiguidade, berço de belas lendas e narrativas. Uma delas conta o martírio das 9 irmãs gémeas Genivera, Liberata, Victoria, Eufemia, Germana, Marciana, Marina, Basilisa e Quiteria, que abandonadas pela mãe, Calsia esposa do governador romano Lucio Catelio, que as mandou deitar ao rio Miñor, e que viriam a ser recolhidas e educadas por famílias cristãs. Todas as irmãos sofreram o martírio e a morte pela fé. Santa Liberata, fugida para Castelo Branco (Catraleucos na denominação romana) foi crucificada (3 lugares reclamam o local onde por sua morte terá aparecido uma fonte de águas santas: Miragaia - Porto, Castelo Branco e Águas Santas -norte do Porto) e a tradição diz que o seu corpo foi sepultado na igreja de Bayona a ela dedicada (para quem quiser conhecer melhor a lenda das nove irmãs http://journals.openedition.org/cultura/352) Gastámos algum tempo a apreciar o belo conjunto religioso composto pelas Igrejas da Santa Liberata e de Santa Maria.
Tomámos o pequeno almoço na "Capela" e seguimos pela rua de Santa Liberata e
caminhámos depois por outras ruas típicas.
Passámos pelo cruzeiro da SS.ma Trindade. Uma estrutura piramidal não muito antiga protege uma cruz gótica do século XV.
Pouco depois chegámos a Ramallosa e passámos sobre a ponte românica, datada do século XII que cruza o rio Miñor. A meio da ponte existe um cruzeiro que tem a seus pés uma imagem de S. Telmo, padroeiro dos navegadores. Entrámos em Nigrán e seguimos em direção ao Pazo de Pias onde existe uma hospedaria que também dá guarida a peregrinos.
Seguimos caminho e, à frente, um pouco perdidos num parque industrial, acabámos num centro comercial a comprar qualquer coisa para comer, o que fizemos à sombra dos salgueiros na beira de um ribeiro. Este foi o dia da birra e, como é normal, acabámos a caminhar em silêncio durante um bom bocado.
O caminho fez-nos subir um pouco mas compensou o cansaço com uma vista maravilhosa da baía e as CIES ao fundo no oceano.
A determinada altura, numa encruzilhada, tínhamos à nossa frente dois caminhos sinalizados: Um assinalado pelas setas amarelas tradicionais e outro assinalado por setas verdes. Vigo ou Freixo?... Não tínhamos conhecimento que em Vigo houvesse algum albergue; do Freixo havíamos lido que existia o albergue da Asociación de Veciños O Freixo". Seguimos, então, as setas verdes. Se fora agora penso que teríamos seguido as amarelas. A associação tem um pequeno quarto para peregrinos mas já estava lotado. Por isso, dormimos doze no chão do salão. O problema é que nesse dia havia aulas de dança que duraram até à meia noite e meia e a etapa do dia seguinte era longa. Valeu a simpatia do hospedeiro e a boa e farta refeição que nos preparou.
Waypoints
Comments (1)
You can add a comment or review this trail
Sim; fora agora e teríamos escolhido as setas amarelas; nada de interessante acrescentamos ao nosso caminho ao seguir as verdes; somente cansaço;
Porém ficaria a dúvida e não teríamos conhecido aquele simpático hospedeiro.