Caminho Primitivo de Santiago de Compostela - Seixas a Melide
near Merlán, Galicia (España)
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Trail photos
Itinerary description
Etapa 11
Seixas a Melide 16,51km
Acumulado: 263km
Após a noite passada numa casa em construção abandonada, a manhã chegou muito fria mas felizmente sem chuva ou humidade.
Arrumação das coisas para preparar a partida, mas antes ainda houve tempo para o pequeno-almoço. Pão com queijo e presunto, estrategicamente guardado para matar a fome de manhã, acompanhado por um batido proteico de chocolate. Podíamos não ter teto, mas passar fome é que não.
Devido ao frio que se fazia sentir iniciamos a caminhada com bastante roupa, como estávamos a uma cota de 632m o caminho desceu até aos 580m num misto de estradão e bosque. Sem muito esforço não apetecia livrar da roupa. Pelo caminho íamos passando alguns albergues que tínhamos ligado ontem e que não nos poderam receber. Que diferença em relação a 1999 quando fiz o meu primeiro caminho, se não havia lugar arranjavam um colchão mesmo na entrada e nem cobravam dinheiro pela estadia. Mas agora o caminho converteu-se num negócio e pouco importa aos albergues comerciais que peregrinos tenham de pernoitar na rua numa zona de montanha onde não há absolutamente nada. Embrenhado nestes pensamentos, rapidamente chegou a primeira subida e praticamente única do dia, que nos ia levar até aos 765m. À medida que ganhavamos altitude, a vegetação era menos densa e o vento frio fazia-se sentir com maior intensidade. Talvez pelo frio ou pelo gasto adicional de energia provocado por uma noite ao relento, nem a subida nos fez aquecer.
Lembramos que tínhamos começado a caminhar sem tratar dos nossos pés, a tal maquilhagem podal. Já na descida aproveitamos um afloramento rochoso para o fazer. Limpar e colocar vaselina, verificar se era preciso trocar de meias, mas devido ao frio estavam secas. Quando se pretende fazer caminhadas longas, de vários dias há que ter sempre muita atenção ao cuidado com os pés, estar atento aos mínimos sinais, porque uma bolha pode se formar muito rapidamente, depois para nos livrar dela é uma chatice. Tenho como prática parar e verificar o estado dos pés a cada 10/12 km e em todas as situações que sinta algo estranho, nem que falte apenas um quilómetro para terminar a etapa. Como resultado, eles agradecem e até agora passados 263km não tenho nenhuma bolha.
Terminada a operação de manutenção podal, o caminho continua a descer mais um pouco e rapidamente chegamos à igreja de Vilarmor. Junto tem uma fonte, que ontem cheguei a pensar ser uma opção de local para dormir, felizmente não vim para aqui porque era muito longe.
Daqui para a frente não houve muito mais a relatar, os marcos ao longo do caminho indicavam a distância para Santiago, mas também era fácil de saber a distância para Melide, visto ficar a 50km de Santiago.
Chegados ao albergue, foi com alegria que vimos as caminhas onde íamos dormir, nada como ficar privado de algo para lhe dar valor. O banho também foi muito bom, porque ontem também não houve direito a banho.
A roupa para lavar era tanta, que desta vez alugamos a máquina de lavar e demos uma lavagem geral nas coisas. Agora que vamos entrar no caminho Francês, não queremos fazer má figura 😊, peregrinos mas limpinhos.
Para almoço a escolha foi uma lasanha no restaurante ao lado do albergue. Para ajudar a digestão, passeio por Melide, visita a algumas igrejas que estavam abertas e regresso ao albergue para a sesta.
Amanhã o caminho continua, agora juntamente com quem vem a fazer o caminho francês.
Seixas a Melide 16,51km
Acumulado: 263km
Após a noite passada numa casa em construção abandonada, a manhã chegou muito fria mas felizmente sem chuva ou humidade.
Arrumação das coisas para preparar a partida, mas antes ainda houve tempo para o pequeno-almoço. Pão com queijo e presunto, estrategicamente guardado para matar a fome de manhã, acompanhado por um batido proteico de chocolate. Podíamos não ter teto, mas passar fome é que não.
Devido ao frio que se fazia sentir iniciamos a caminhada com bastante roupa, como estávamos a uma cota de 632m o caminho desceu até aos 580m num misto de estradão e bosque. Sem muito esforço não apetecia livrar da roupa. Pelo caminho íamos passando alguns albergues que tínhamos ligado ontem e que não nos poderam receber. Que diferença em relação a 1999 quando fiz o meu primeiro caminho, se não havia lugar arranjavam um colchão mesmo na entrada e nem cobravam dinheiro pela estadia. Mas agora o caminho converteu-se num negócio e pouco importa aos albergues comerciais que peregrinos tenham de pernoitar na rua numa zona de montanha onde não há absolutamente nada. Embrenhado nestes pensamentos, rapidamente chegou a primeira subida e praticamente única do dia, que nos ia levar até aos 765m. À medida que ganhavamos altitude, a vegetação era menos densa e o vento frio fazia-se sentir com maior intensidade. Talvez pelo frio ou pelo gasto adicional de energia provocado por uma noite ao relento, nem a subida nos fez aquecer.
Lembramos que tínhamos começado a caminhar sem tratar dos nossos pés, a tal maquilhagem podal. Já na descida aproveitamos um afloramento rochoso para o fazer. Limpar e colocar vaselina, verificar se era preciso trocar de meias, mas devido ao frio estavam secas. Quando se pretende fazer caminhadas longas, de vários dias há que ter sempre muita atenção ao cuidado com os pés, estar atento aos mínimos sinais, porque uma bolha pode se formar muito rapidamente, depois para nos livrar dela é uma chatice. Tenho como prática parar e verificar o estado dos pés a cada 10/12 km e em todas as situações que sinta algo estranho, nem que falte apenas um quilómetro para terminar a etapa. Como resultado, eles agradecem e até agora passados 263km não tenho nenhuma bolha.
Terminada a operação de manutenção podal, o caminho continua a descer mais um pouco e rapidamente chegamos à igreja de Vilarmor. Junto tem uma fonte, que ontem cheguei a pensar ser uma opção de local para dormir, felizmente não vim para aqui porque era muito longe.
Daqui para a frente não houve muito mais a relatar, os marcos ao longo do caminho indicavam a distância para Santiago, mas também era fácil de saber a distância para Melide, visto ficar a 50km de Santiago.
Chegados ao albergue, foi com alegria que vimos as caminhas onde íamos dormir, nada como ficar privado de algo para lhe dar valor. O banho também foi muito bom, porque ontem também não houve direito a banho.
A roupa para lavar era tanta, que desta vez alugamos a máquina de lavar e demos uma lavagem geral nas coisas. Agora que vamos entrar no caminho Francês, não queremos fazer má figura 😊, peregrinos mas limpinhos.
Para almoço a escolha foi uma lasanha no restaurante ao lado do albergue. Para ajudar a digestão, passeio por Melide, visita a algumas igrejas que estavam abertas e regresso ao albergue para a sesta.
Amanhã o caminho continua, agora juntamente com quem vem a fazer o caminho francês.
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