Caminhos de Santiago - Caminho Português da Costa (orla Marítima)-Etapa 9
near Pontevedra, Galicia (España)
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Trail photos
Itinerary description
Saímos cedo do Albergue Virgen Peregrina em Pontevedra. O dia acordou um pouco enublado. Seguindo as setas amarelas passámos por velhas ruas secundárias em direção ao centro da cidade. Ali chegados é a Fuente de los Niños, onde crianças representadas em estátuas, saudavelmente, brincam com arcos e piões que nos chamou a atenção. Fora hoje e o escultor teria as suas criações de smartphone na mão e polegares bem posicionados para jogar videojogos.
Embuído nestes pensamentos quase me escapava a foto mas quem lá passar outros pensamentos semelhantes terá se for da minha idade. Mas se jovem for, há-se achar estúpidos e sem sentido os jogos que outrora as crianças utilizavam para crescer saudáveis.
A capela da Virgen Peregrina é a primeira no caminho do dia. Ainda fechada não permite uma visita ao interior. Data do século VIII tendo sido projetada por António Souto e construída pela sua congregação (Congregación da Nosa Señora do Refuxio a Divina Peregrina).
Logo à frente o Convento de S. Francisco, fechado também, que, segundo a tradição, terá sido fundado por S. Francisco de Assis quando parou em Pontevedra na sua Rota do Caminho de Santiago Português. Junto ao convento, na praça da Ferraria, Pontevedra declara-se uma cidade BOA. Pois será...
Ainda os pensamentos vagueavam entre o que seria BOA e já estou na plaza del Teucro. Segundo a lenda, Teucro, meio irmão de Ajax, tendo viajado pelo ocidente seria o fundador da cidade de Pontevedra. Esta é uma das praças mais ricas da cidade. Faço-me à foto e... vamos lá que se faz tarde. Apreciando os pormenores da bela Rúa Real seguimos em direção à marginal do rio Lérez.
Logo ali à nossa frente aparece a Ponte do Burgo. Desta ponte sabe-se que terá sido construída onde existiu uma antiga ponte Romana e que assinala bem o caminho Português de Santiago apresentando vieiras de pedra entre os seus 10 arcos. As primeiras referências a esta ponte são de 1165. Sobre ela os reis Fernando II do Leão e Afonso I assinaram o tratado de paz (Super flumen Lerice in vetula ponte) Esta referência provavelmente seria à antiga ponte romana.
Já na zona do Alba, numa curva do caminho, aparece o cemitério e a igreja de Santa Maria de Alba que apenas vimos do lado de cá do muro mas sabemos que é de estilo neoclássico barroco e foi consagrada por Don Diego Jelmírez, que a adquiriu no início do século XII. A pouco mais de 100m da igreja, um dos numerosos cruzeiros que povoam este Caminho de Santiago. Este, no entanto, tinha sido há pouco vandalizado e logo reconstruído (bem à portuguesa, não?...).
Mais alguns Kms à frente e parámos na Pousada do Peregrino. Sítio obrigatório para tomar o "disaiuno" nesta etapa. Apesar de completamente cheio, rapidamente fomos servidos. Uns bocadillos de Jamón e o resto não digo. Comemos debaixo da latada. Que pena as uvas ainda não estarem maduras...
Caminhámos depois ora ao lado da N-550 por caminhos rurais ora nela própria numa berma que, de tanto calcorreada, se transformou num pequeno e perigoso carreiro porque ao lado da imensamente traficada estrada.
Nestes "entra e sai" da N-550 haveríamos de passar em sítios bem aprazíveis por entre vinhas estruturadas em latada (ou ramada como lhes chamam no norte) com pilares em granito (porventura do minho).
Um pouco antes de chegarmos a Caldas de Reyes encontramos a Igreja de Santa Maria e será a última antes do nosso destino.
Passando entre a Casa do Concello e o Balneário Acuña, entrámos na ponte sobre o rio Umia e, à saída desta, virando à esquerda, entrámos na vila termal.
50 metros não são ainda andados e eis-nos em frente da "Fuente Termal de las Burgas" de onde a água jorra a cerca de 50º e que tem propriedades curativas nos casos de problemas musculo-esqueléticos e respiratórios. Seguimos depois pela Calle Real até à ponte romana de Bermaña. Esta ponte, como o nome indica, cruza o rio Bermaña e é de
origem romana embora tenha sido remodelada na idade média.
Caldas de Reyes foi abrigo de muitos povos na antiguidade mas foram os Silenos que fizeram com que os romanos a tivessem batizado "Aquae Celenae". O nome atual foi-lhe dado pelo facto de a rainha dona Urraca ali ter um castelo onde nasceu o rei Afonso VII de Leão e Castela. Nesta vila foi encontrado casualmente um importante tesouro arqueológico do qual se pode encontrar uma substancial parte no Museu de Pontevedra.
à saída da ponte cortámos à esquerda e eis-no no Albergue Dona Urraca.
Depois de nos aliviarmos das mochilas ainda deu para visitar a "igrexa" de San Tomé Becket, o jardim botânico e, pouco cansados que estávamos, decimos ainda fazer mais uma caminhadita de 5kms até à bela Cascada de Segade e à Fábrica da Luz no rio Umia.
Embuído nestes pensamentos quase me escapava a foto mas quem lá passar outros pensamentos semelhantes terá se for da minha idade. Mas se jovem for, há-se achar estúpidos e sem sentido os jogos que outrora as crianças utilizavam para crescer saudáveis.
A capela da Virgen Peregrina é a primeira no caminho do dia. Ainda fechada não permite uma visita ao interior. Data do século VIII tendo sido projetada por António Souto e construída pela sua congregação (Congregación da Nosa Señora do Refuxio a Divina Peregrina).
Logo à frente o Convento de S. Francisco, fechado também, que, segundo a tradição, terá sido fundado por S. Francisco de Assis quando parou em Pontevedra na sua Rota do Caminho de Santiago Português. Junto ao convento, na praça da Ferraria, Pontevedra declara-se uma cidade BOA. Pois será...
Ainda os pensamentos vagueavam entre o que seria BOA e já estou na plaza del Teucro. Segundo a lenda, Teucro, meio irmão de Ajax, tendo viajado pelo ocidente seria o fundador da cidade de Pontevedra. Esta é uma das praças mais ricas da cidade. Faço-me à foto e... vamos lá que se faz tarde. Apreciando os pormenores da bela Rúa Real seguimos em direção à marginal do rio Lérez.
Logo ali à nossa frente aparece a Ponte do Burgo. Desta ponte sabe-se que terá sido construída onde existiu uma antiga ponte Romana e que assinala bem o caminho Português de Santiago apresentando vieiras de pedra entre os seus 10 arcos. As primeiras referências a esta ponte são de 1165. Sobre ela os reis Fernando II do Leão e Afonso I assinaram o tratado de paz (Super flumen Lerice in vetula ponte) Esta referência provavelmente seria à antiga ponte romana.
Já na zona do Alba, numa curva do caminho, aparece o cemitério e a igreja de Santa Maria de Alba que apenas vimos do lado de cá do muro mas sabemos que é de estilo neoclássico barroco e foi consagrada por Don Diego Jelmírez, que a adquiriu no início do século XII. A pouco mais de 100m da igreja, um dos numerosos cruzeiros que povoam este Caminho de Santiago. Este, no entanto, tinha sido há pouco vandalizado e logo reconstruído (bem à portuguesa, não?...).
Mais alguns Kms à frente e parámos na Pousada do Peregrino. Sítio obrigatório para tomar o "disaiuno" nesta etapa. Apesar de completamente cheio, rapidamente fomos servidos. Uns bocadillos de Jamón e o resto não digo. Comemos debaixo da latada. Que pena as uvas ainda não estarem maduras...
Caminhámos depois ora ao lado da N-550 por caminhos rurais ora nela própria numa berma que, de tanto calcorreada, se transformou num pequeno e perigoso carreiro porque ao lado da imensamente traficada estrada.
Nestes "entra e sai" da N-550 haveríamos de passar em sítios bem aprazíveis por entre vinhas estruturadas em latada (ou ramada como lhes chamam no norte) com pilares em granito (porventura do minho).
Um pouco antes de chegarmos a Caldas de Reyes encontramos a Igreja de Santa Maria e será a última antes do nosso destino.
Passando entre a Casa do Concello e o Balneário Acuña, entrámos na ponte sobre o rio Umia e, à saída desta, virando à esquerda, entrámos na vila termal.
50 metros não são ainda andados e eis-nos em frente da "Fuente Termal de las Burgas" de onde a água jorra a cerca de 50º e que tem propriedades curativas nos casos de problemas musculo-esqueléticos e respiratórios. Seguimos depois pela Calle Real até à ponte romana de Bermaña. Esta ponte, como o nome indica, cruza o rio Bermaña e é de
origem romana embora tenha sido remodelada na idade média.
Caldas de Reyes foi abrigo de muitos povos na antiguidade mas foram os Silenos que fizeram com que os romanos a tivessem batizado "Aquae Celenae". O nome atual foi-lhe dado pelo facto de a rainha dona Urraca ali ter um castelo onde nasceu o rei Afonso VII de Leão e Castela. Nesta vila foi encontrado casualmente um importante tesouro arqueológico do qual se pode encontrar uma substancial parte no Museu de Pontevedra.
à saída da ponte cortámos à esquerda e eis-no no Albergue Dona Urraca.
Depois de nos aliviarmos das mochilas ainda deu para visitar a "igrexa" de San Tomé Becket, o jardim botânico e, pouco cansados que estávamos, decimos ainda fazer mais uma caminhadita de 5kms até à bela Cascada de Segade e à Fábrica da Luz no rio Umia.
Waypoints
Mountain hut
66 ft
Albergue Virgen Peregrina
Waypoint
85 ft
Fuente Termal de las Burgas
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