PN Serra da Canastra: Circuito Córrego do Galheiro

Circuito realizado no entorno do vale do Córrego do Galheiro, localizado na zona rural do município de São João Batista do Glória, região da Serra da Canastra/Chapadão da Babilônia/Represa de Furnas.

COMO CHEGAR:
A trilha se inicia na estrada dos Canteiros, que liga as cidades de Vargem Bonita e São João Batista do Glória. Embora o ponto inicial esteja no município de São João Batista do Glória, fica mais próximo da cidade de Vargem Bonita, distando 18km desta cidade e 44km do Glória. O acesso é feito por estrada de terra, com alguns trechos precários. Veículos de passeio devem ter atenção ao transitar pela estrada.

Para mais detalhes sobre como chegar ao ponto inicial, utilize a ferramenta "Instruções de direção até o ponto de partida", disponível na versão web do Wikiloc. O Google Maps conduz perfeitamente ao ponto inicial da trilha.

A TRILHA:
O ponto inicial da trilha é um descampado as margens da estrada de terra. A caminhada começa no sentido oeste, avançando algumas dezenas de metros pela a estradinha até que inicia o trecho de trilha. A trilha segue em ligeiro aclive no rumo noroeste, em direção a uma parte mais elevada da serra. Neste trecho inicial há algumas bifurcações, uma trilha mais consolidada segue para noroeste, no entanto o caminho a ser seguido é uma trilha mais discreta à esquerda, que logo leva ao topo da serra. Após a passagem pelo ponto mais alto, a trilha descreve uma curva para sudoeste, seguindo em declive até o Córrego do Galheiro. Logo antes de chegar ao córrego há um declive acentuado, com diversos degraus.

Cruzando o córrego do Galheiro em um trecho de pouco volume, a trilha continua pelo cerrado, reencontrando o córrego mais a frente. São mais duas travessias seguidas pelo córrego do Galheiro, embora o nível da água normalmente seja baixo nessas travessias, a largura do córrego impede que a travessia seja feita sem molhar os pés.

Depois de 3 travessias do córrego do Galheiro, a trilha volta a subir ao topo do chapadão. No trecho mais elevado a trilha dá uma guinada para sudeste, contornando o vale do Galheiro. Após um breve trecho pelo chapadão, tem início uma forte descida aos vales do córrego Anacleto e Galheiro.

Na parte baixa do terreno é preciso seguir para oeste, a fim de cruzar o córrego Anacleto, com volume de água menor que o do Galheiro. A trilha segue pelo cerrado, onde há duas opçõs de trajeto para chegar a um poço no córrego do Galheiro.

Depois de banhar no poço, o retorno foi pelo mesmo caminho até o topo do chapadão. Na parte alta, em vez de fazer todo o contorno do vale para sair novamente no córrego do Galheiro, decidi atalhar por um trecho de campo, com trilhas sujas ou não consolidadas.

Após cruzar uma cerca e descer um pouco pelo terreno, opto por seguir acompanhando uma drenagem, tendo em vista que se trata de um terreno menos acidentado. Aparentemente há uma trilha discreta acompanhando a drenagem, mais a medida que se desce pelo terreno a vegetação cresce e ela desaparece. Mais abaixo decido cruzar drenagem, o que demanda atenção pois há um arame farpado velho, possivelmente instalado para evitar a passagem de gado.

A descida continua pelos campos, sem trilha, até que intercepto um trilho antigo mais abaixo e sigo por ele para me aproximar do Córrego do Galheiro. Próximo a margem do córrego passo por uma área mais suja, com vegetação maior, cruzando diversas trilhas antigas e reencontrando o caminho bem na margem do Galheiro. A trilha cruza o córrego e desemboca em uma prainha pequena, em mais um poço do Córrego do Galheiro.

Na saída do poço tomo uma trilha que segue para o norte e, antes de interceptar o córrego novamente, dou uma guinada para leste, seguindo as trilhas nesta direção. Depois de atravessar um afluente do córrego do Galheiro, último ponto de água, a trilha segue em constante aclive contornando os vales, até chegar a uma porteira próximo à estrada.

De volta à estrada dos Canteiros, é preciso seguir por ela no rumo norte para retornar ao ponto inicial, finalizando o circuito.

OBSERVAÇÕES:
- Circuito de dificuldade moderada, alguns trechos de subidas/descidas íngremes e escorregadias; poucos trechos sem trilha definida; muitas bifurcações, encontros e desencontros de trilhas, que demandam uma boa capacidade de navegação;

- Circuito feito no período chuvoso, com alguns pontos de água ao longo da rota.

- O circuito está inserido em área do Parque Nacional da Serra da Canastra, porém se trata de uma área que ainda não foi completamente regularizada enquanto unidade de conservação. Aparentemente, não há nenhuma restrição de acesso, mas é sempre bom lembrar: respeite os moradores locais, não deixe lixo no local, deixe as porteiras/tronqueiras da forma como as encontrou, não faça fogueira;

- Não há qualquer tipo de infraestrutura ao longo da rota. É uma caminhada feita de forma autônoma, carregando todos os itens necessários;

- Sinal de telefone em alguns pontos do trajeto. Em boa parte do circuito não há sinal de telefonia;

- A trilha atravessa áreas de pastagens da fazenda, sendo comum encontrar animais pastando ou descansando pelo caminho. De uma forma geral, o gado costuma ser tranquilo e curioso, podendo seguir os visitantes por alguns metros até perder o interesse;

- Mais de 90% da caminhada é feita por áreas expostas, sem sombreamento. Proteja-se!