Ferrovia das Bromélias. (E.F.S.C.) Ibirama a Lontra /SC
near Ibirama, Santa Catarina (Brazil)
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Trail photos
Itinerary description
Iniciamos a trilha no posto do SAMU no no município de Ibirama e segue até Lontras, onde fomos até a barragem da hidrelétrica. O percurso da trilha é realizado por boa parte pelo trajeto da antiga ferrovia E.F.S.C. que corta algumas regiões do Estado passando por estes dois municípios.
Podemos observar durante o trajeto inúmeras estruturas que pertencem a antiga ferrovia E.F.S.C. vigotes, pontes, pontilhões muros de contenção, recortes no solo, pontos de água. Sendo possível observar durante quase todo o trajeto costeando o rio Itajaí-açu.
Sendo também possível visitar a Cachoeira do Dezesseis, que possui uma ótima vista de contemplação e um poço para banho no local.
Durante o trajeto o barulho das águas do Rio Itajaí-Açú, nos faz imaginar a dificuldade que foi a construção da via. Em muitos momentos é possível ver o recorte entre as formações rochosas e as pontes que serviam para transposição dos afluentes. Mesmo passados quase 50 anos de desativação, essas estruturas ainda encontram-se em excelente estado de conservação. (Conforme a vistoria realizada em março de 1998 pelos os Engenheiros da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) Drs. Ricardo Rauen Ferreira e Benedito Leitão Filho. Segundo o relatório, as pontes de ferro remanescentes"encontram-se com boa aparência, apesar da corrosão generalizada. Os apoios intermediários (colunas treliçadas), pela excelente qualidade do aço, apresenta-se em bom estado".)A mais impressionante que podemos apreciar neste trajeto é a Ponte do 16 com aproximadamente 50 metros de extensão e 30 metros de altura. A estrutura em aço ainda apresenta-se em bom estado de conservação.
Ponte 16: A ponte 16, assim denominada porque cruza as águas do Ribeirão Dezesseis e por coincidência a 16a ponte metálica que havia na linha tronco a partir do KM 0, é produto da Stahlunion de Dorthmund, Alemanha. Sua construção deu-se no ano de 1928, vendo-se na foto parte do aterro dos encontros recém construídos.
A passagem neste ponto deve ser feito por uma trilha lateral direita que dá acesso ao rio, deve ser ter muita atenção devido a inclinação e muito solo escorregadio. No caminho ainda é possível acessar uma série de quedas d´água que cruzam por baixo da ponte.
Após passar este trecho é possível acessar no lado da ponte uma trilha que dá acesso a Cachoeira do Dezesseis onde optamos deixar a visita para o retorno devido ao trecho a frente ser bem longo.Continuamos a trilha seguindo o caminho da antiga Ferrovia até a Represa da Usina Hidrelétrica de Salto Pilão.
Atenção: O final da trilha deve ser no Portão da Hidrelétrica, que mesmo não estando impedindo passagem nenhuma, neste momento as cercas ao seu redor são inexistente e sem placas informativas. Este portão da propriedade limita-se a Usina Hidrelétrica de Salto Pilão. Deve ser pegar a esquerda contornado a cerca, pois atravessar por ali é proibido. Só obtivemos essa informação com o Segurança quando chegamos na represa, que a passagem por ali é proibida e ali já pertence a hidrelétrica. Não há avisos no local da passagem proibida ou pertencer a parte da barragem. Segundo o segurança as placas devem ter sido arrancadas. Fica aqui o registro aos interessados sobre a proibição de avançar esta parte, podendo contornar pela esquerda a propriedade e sair na frente ao portão de entrada da represa da Usina Hidrelétrica de Salto Pilão.
Informações da Estrada de Ferro Santa Catarina:
A E.F.S.A - Estrada de Fero Santa Catarina foi uma ferrovia que cruzava o Vale do Itajaí, em Santa Catarina, quando inaugurada ligava as cidades de Blumenau a Warnow, em Indaial . Sua extensão máxima foi de 184 quilômetros.
Construída no início do século passado por descendentes alemães, a E. F. Santa Catarina foi inaugurada em 3 de maio de 1909 e desativada em 1971, sendo que sua última utilização na enchente de 1984 para atendimento as vitimas da catástrofe.
Seu projeto original era ligar o Porto de Itajaí até a Argentina, e se entroncaria com a linha Rio Negro - Vacaria em Ponte Alta (entre Curitibanos e Lages) e com a linha Itararé - Uruguai em Herval d'Oeste, até alcançar a fronteira em Dionísio Cerqueira. Porém, a linha jamais atingiu a Serra Geral, tendo Braço do Trombudo seu ponto máximo.
Foi uma ferrovia isolada, partindo do litoral (Itajaí) no sentido do interior, buscando as linhas da RVPSC, entretanto a linha tronco, Itajaí - São João (Agrolândia) nem o ramal, Subida (Apiúna) – Ibirama (antiga Hammonia ou Hamônia) atingiram esse objetivo.
No final da década de 1950 foi incorporada à RFFSA, porém os recursos para a expansão nunca chegavam. Isolada da malha nacional, foi caindo em desuso. Com a abertura do asfalto da BR 470, perdeu ainda mais importância.
Foi finalmente desativada em 1971 (o Ramal de Subida, que saía da localidade de mesmo nome até Ibirama, já havia sido fechado em 1964. Os planos do ramal era atingir o Norte catarinense, mas com a abertura do Tronco Sul (Rio Negro – Roca Sales), foi abandonado pela RFFSA, com a alegação que a ferrovia se tornada antieconômica, assim como várias outras no Brasil nessa época. Logo em seguida teve a retirada dos trilhos da ferrovia, sob protestos da população. E suas estações, na grande maioria, demolidas ou depredadas, pontes ruídas, e seu leito nas áreas urbanas cobertos pelo asfalto.
Projeto de Revitalização: Existe um projeto para revitalização da EFSC, chamado de Ferrovia das Bromélias, no traçado original, entre as estações de Matador (Rio do Sul) à Apiúna. Uma locomotiva a vapor, carros de passageiros, a estação de Matador foram restauradas pela ABPF, assim como o reassentamento dos trilhos, doados pelo DNIT, no trecho próximo a esta estação. O projeto consiste em passeios turísticos neste trecho, tendo o principal apelo as paisagens verdes do Vale, com as corredeiras do Itajaí-Açu logo abaixo, além de contar a história da colonização desta região e das engenharias utilizadas pela esquecida ferrovia.
Existem estudos para a construção da Ferrovia Leste-Oeste (EF-280), resgatando o velho objetivo da E.F.S.C., interligar o Porto de Itajaí à Argentina. A necessidade dessa ferrovia se dá pela constante evolução deste porto, um dos mais importantes do Brasil, e o tráfego saturado da BR 470. Não se descarta o uso de trens de passageiros pela futura linha, por ela sair do país vizinho até o Litoral, sendo assim, um projeto bastante estratégico, mais de 30 anos depois do seu abandono.
14.03.2020
Trilha realizada com o grupo: Sem Limites!
Participantes: Edezio, Dayanne, Johnny, Anderson, Karin, Joara, Sidney, Daiane, Mércia.
Orientações:
Lembrem-se: NÃO FAÇA FOGUEIRAS: Ao acampar as fogueiras são proibidas em locais ambientalmente protegidos. A atividade enfraquece o solo e representa uma das grandes causas de incêndios florestais.
Ao cozinhar utilize fogareiro, para iluminação use lanterna e para se aquecer, basta ter a roupa adequada ao clima do local que se está visitando.
EVITE ao máximo FUMAR e, se o fizer, sobretudo não descarte suas bitucas no caminho - bituca também é LIXO, apague-as com água e traga junto com o seu lixo.
Muita atenção ao horário de retorno (variável de acordo com a estação), leve SEMPRE lanterna e baterias sobressalentes.
Confira a previsão climática mas mantenha-se preparada para uma mudança repentina do clima.
Para sua segurança mantenha pessoas informadas sobre o seu cronograma antes de sua saída.
Sempre hidrate-se e coma bem: Água e comida são fatores que determinam a nossa existência e na trilha eles são ainda mais importantes. Crie o hábito de beber água pontualmente, mesmo que você ainda não esteja sentindo sede. Aliás, a própria sede já é um sinal de desidratação. A comida também. Alimente-se bem antes de ir e faça o cálculo de calorias e nutrientes necessários e que devem ser consumidos ao longo do dia.
Lembre-se: em ambientes naturais há riscos de diversos acidentes e a fadiga pode favorecê-los, por isso a grande importância de respeitar a si mesmo.
NUNCA deixe nenhuma forma de lixo nas trilhas recolha o lixo que encontrar se for possível.
Toda trilha possui seu esforço é importante conhecer seus limites.
A felicidade verdadeira deve ser compartilhada!
Respeite a natureza! Preservemos a beleza natural do mundo.
Waypoints
Ponte de Ferro - Antiga E.F.S.C
Ponte de Ferro - Antiga E.F.S.C. Ponte sobre o rio Itajaí-açu.
Tanque de Abastecimento de Água da Antiga Ferrovia
Local onde a Maria Fumaça parava para reabastecer as caldeiras com água. Local com ponto de água.
Pontilhão de Ferro da antiga E.F.S.C.
Estrutura antiga de Pontilhão de Ferro da antiga Estrada de Ferro Santa Catarina. É possível passar pela lateral da estrutura onde passa um leve córrego.
Ponte Férrea - Ponte Dezesseis.
Ponte sobre o ribeirão Dezesseis. Para passagem seguir a trilha a direita, onde desce até o córrego e possui uma área para subida bem íngreme, tome cuidado ao subir solo está em constante desmoronamentos. Atenção toda essa área deve ter se muito cuidado e atenção.
Rio. Acesso inferior
Rio. Acesso pela parte inferior abaixo da ponte para passagem para o outro lado.
Bueiro de pedra da antiga ferrovia.
Bueiro construído com pedras para passagem da antiga ferrovia.
Rio Itajaí-açu
A frente da Corredeira do Rio Itajaí-açu denominada de Salto dos Sonhos pelos praticantes de rafting e canoagem. Aqui é um bom local para relaxar e descansar.
Túnel soterrado : Saída.
Reza a lenda que durante a construção da ferrovia o túnel desabou soterrando 7 trabalhadores e que os corpos nunca foram retirados. Devido ao desmoronamento o trajeto da ferrovia foi alterado contornando o morro ao invés de perfurá-lo. A entrada do túnel no momento está obstruída devido a possuir a construção de uma casa na frente.
Portão - PROIBIDA A PASSAGEM
Ao chegar neste portão da propriedade deve ser pegar a esquerda contornado a cerca, pois atravessar por ali é proibido. Só obtivemos essa informação com o segurança quando chegamos na represa, que a passagem por ali é proibida e ali já pertence a hidrelétrica. Não há avisos no local da passagem proibida ou pertencer a parte da barragem. Segundo o segurança as placas devem ter sido arrancadas. Fica aqui o registro aos interessados sobre a proibição de avançar esta parte, podendo contornar pela esquerda a propriedade e sair na frente ao portão de entrada da represa da Usina Hidrelétrica de Salto Pilão.
Represa da Usina Hidrelétrica de Salto Pilão.
Represa da Usina Hidrelétrica de Salto Pilão. O aproveitamento consiste na captação de parte das águas do rio Itajaí-Açu, entre as localidades de Riachuelo e Salto Pilão, no município de Lontras, e no seu desvio através de túnel até a localidade de Subida (Apiúna), no mesmo rio, utilizando-se um desnível de aproximadamente 200 metro. Uma pequena barragem/vertedouro, com altura máxima de 3 metros na forma de um S, desvia a vazão da água necessária para a movimentação das turbinas. O restante da água verte pela crista da barragem. Esse sistema de usina hidrelétrica é denominado a fio d’água, pois, não possui reservatório de acumulação e nem exerce qualquer controle em relação à vazão natural do rio. Maiores informações da estrutura no site: http://www.usinasaltopilao.com.br/estrutura
Represa da Usina Hidrelétrica de Salto Pilão
Represa da Usina Hidrelétrica de Salto Pilão
Cachoeira e poço para banho
Cachoeira do Dezesseis e poço para banho. Excelente local para Banho e contemplação vale muito a pena um tempo para relaxar por aqui.
Comments (9)
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Belo hiking Johnny!
Essas antigas ferrovias nos brindam com belas surpresas e essa é uma das que tenho na minha lista de afazeres!
Abraço!
Olá amigo. Sim esta vale muito a pena, pena que existem poucas estruturas no trajeto.
Abraços.
Belas fotos. Coloquei na lista.
Sim o lugar é espetacular vale muito a pena.
Abraços.
Olá Johny. Tem lugar para acampar em algum extremo dessa trilha? Essa distância total é ida e volta?
Olá Fernanda.
Esta distância é o percurso total, realizamos de forma bate e volta no mesmo dia.
E acampamos afastado do local no Camping de Ibirama, um excelente local.
Quanto a lugares para acampar devido a facilidade de acesso ao local não sei se seria seguro realizar um acampamento nessa região.
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Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
A trilha gravada contribui bastante. A trilha é muito boa, com vários bonitos pontos para contemplação. Vale a pena.
Olá Carlos Obrigado pela avaliação!
Realmente o local é espetacular.
Abraços e boas trilhas.
Opa Johnny, como vai?
Sempre vejo tuas trilhas e são precisas.
Fiz ontem essa aqui, e queria atualizar alguns pontos pra que for nessa aventura.
A primeira ponte de ferro pequena tá com uma cobertura de mateira bem tranquilo de passar, pessoal tem feito trilha de moto e passa ali, na Ponte XVI fizeram uma passarela de fora a fora pelo lado esquerdo, toda de vergalhão de ferro, super tranquila de passar bem protegida, até as motos passam, como falei.
O problema tá no final, quando vai pro leito do corrego pra chegar pela beira do rio perto da usina Salto Pilão, teve um desmoronamento grande de terra e acabou represando muita água, deve ficar pela coxa, e é água parada, tá bem suja, verde ali, não tivemos coragem de passar, ai não deu pra ver a usina nem a represa :/
Tentamos contortar pela estrada, andamos mais 2km pra ir pra dar de cara num portão da usina com entrada proibída hehehe, paciência, não rolou ver a represa.
Mas a trilha é top!