Güemes - Santander
near Güemes, Cantabria (España)
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Itinerary description
Ontem entre as 19:30 e as 20:30, os cerca de 60 peregrinos que estavam na Cabaña del Abuelo Peuto, foram convidados para uma palestra sobre as origens do albergue, a respectiva filosofia e as regras de funcionamento.
A casa original foi construída por Vicente o avô de Ernesto. O avô teve 15 filhos, sendo a mãe de Ernesto a mais nova. Esta por sua vez teve 5 filhos, sendo Ernesto o mais novo. Tendo em conta a evolução da taxa de natalidade, conclui Ernesto que se fosse hoje em dia, não teria nascido!
Seja como for, com a morte do avô no pós-guerra civil, os pais de Ernesto mudaram-se para a Catalunha. Diz Ernesto que aqui apanhou o primeiro vírus: viajar e sobretudo mover-se e ver os outros moverem-se procurando melhor vida.
Escolhendo a vida religiosa foi colocado nas Astúrias numa pequena e paupérrima paróquia dos Picos - Tresviso. Numa zona onde a sobrevivência requeria um elevado grau de entre ajuda, terá apanhado outro vírus: o da solidariedade.
A dada altura resolveu fazer um ano sabático. Viajar por esse mundo empurrado pelo primeiro dos vírus. Andou por África, e pelas Américas, do Canadá à terra do fogo. Do contacto com tão distintas realidades económicas, sociais e políticas nasceu o terceiro vírus: a abertura a culturas distintas. Claro que, o ano sabático acabou por ter 27 meses! Acontece quando se muda muitas vezes de longitude e latitude!
De regresso a Güemes, com o seu carregamento de vírus, montou na casa do avô Vicente o que hoje é o albergue Cabaña del Abuelo Peuto (peuto significa perfeito, no dizer local).
Como já referi, fornecem refeições e dormida, em troco de um donativo estipulado por cada um.
Depois da palestra jantou-se, disseram-se as habituais larachas e cama. Tenho ideia de ter adormecido antes de a cabeça tocar na almofada. Acordei às 04:00 para “mudar a água às azeitonas” e novamente às 06:00.
Às 06:30, pé na estrada. Até Galizano há pouco a dizer, é estrada e pouco mais. Aí a opção foi seguir o alcantarilhado da costa, incluindo um segmento ao longo da praia até ao embarcadouro de Somo. Fiz o caminho em solitário excepto os últimos 2 kms, quando parei para descansar e fui alcançado por um grupo de animados e barulhentos catalães.
As vistas ao longo da costa são espectaculares e o dia só pecou por um céu carregado, a ameaçar chuva, que acabou por cair já manhã andada, enquanto tomava o pequeno almoço junto à Catedral.
O barco que faz a ligação entre Somo e Santander faz uma paragem em Pedreña, local de um excelente campo de Golfe, onde Severiano Ballesteros terá começado os seus dias como Caddy.
Lembrei-me de repente de um amigo que tenho por aqui e pedi-lhe indicações sobre os melhores sítios para jantar. Recebi uma lista de seis. Tenho agora um problema dos grandes: a qual deles irei?! O stress das decisões …
PS: Viajo amanhã para Portugal e em Setembro penso estar de volta para mais algumas etapas e para uns dias nos Picos da Europa. Até lá!
A casa original foi construída por Vicente o avô de Ernesto. O avô teve 15 filhos, sendo a mãe de Ernesto a mais nova. Esta por sua vez teve 5 filhos, sendo Ernesto o mais novo. Tendo em conta a evolução da taxa de natalidade, conclui Ernesto que se fosse hoje em dia, não teria nascido!
Seja como for, com a morte do avô no pós-guerra civil, os pais de Ernesto mudaram-se para a Catalunha. Diz Ernesto que aqui apanhou o primeiro vírus: viajar e sobretudo mover-se e ver os outros moverem-se procurando melhor vida.
Escolhendo a vida religiosa foi colocado nas Astúrias numa pequena e paupérrima paróquia dos Picos - Tresviso. Numa zona onde a sobrevivência requeria um elevado grau de entre ajuda, terá apanhado outro vírus: o da solidariedade.
A dada altura resolveu fazer um ano sabático. Viajar por esse mundo empurrado pelo primeiro dos vírus. Andou por África, e pelas Américas, do Canadá à terra do fogo. Do contacto com tão distintas realidades económicas, sociais e políticas nasceu o terceiro vírus: a abertura a culturas distintas. Claro que, o ano sabático acabou por ter 27 meses! Acontece quando se muda muitas vezes de longitude e latitude!
De regresso a Güemes, com o seu carregamento de vírus, montou na casa do avô Vicente o que hoje é o albergue Cabaña del Abuelo Peuto (peuto significa perfeito, no dizer local).
Como já referi, fornecem refeições e dormida, em troco de um donativo estipulado por cada um.
Depois da palestra jantou-se, disseram-se as habituais larachas e cama. Tenho ideia de ter adormecido antes de a cabeça tocar na almofada. Acordei às 04:00 para “mudar a água às azeitonas” e novamente às 06:00.
Às 06:30, pé na estrada. Até Galizano há pouco a dizer, é estrada e pouco mais. Aí a opção foi seguir o alcantarilhado da costa, incluindo um segmento ao longo da praia até ao embarcadouro de Somo. Fiz o caminho em solitário excepto os últimos 2 kms, quando parei para descansar e fui alcançado por um grupo de animados e barulhentos catalães.
As vistas ao longo da costa são espectaculares e o dia só pecou por um céu carregado, a ameaçar chuva, que acabou por cair já manhã andada, enquanto tomava o pequeno almoço junto à Catedral.
O barco que faz a ligação entre Somo e Santander faz uma paragem em Pedreña, local de um excelente campo de Golfe, onde Severiano Ballesteros terá começado os seus dias como Caddy.
Lembrei-me de repente de um amigo que tenho por aqui e pedi-lhe indicações sobre os melhores sítios para jantar. Recebi uma lista de seis. Tenho agora um problema dos grandes: a qual deles irei?! O stress das decisões …
PS: Viajo amanhã para Portugal e em Setembro penso estar de volta para mais algumas etapas e para uns dias nos Picos da Europa. Até lá!
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