LOS MOLEDIZOS Y TORRE BERMEJA DESDE SOTO DE VALDEÓN

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LOS MOLEDIZOS Y TORRE BERMEJA DESDE SOTO DE VALDEÓN

O Maciço Ocidental dos Picos de Europa divide-se em dois submaciços ou setores: o núcleo principal, El Cornión, onde se encontra a Torre Santa de Castilla e outros importantes picos do maciço, e um grupo de picos algo menos elevados que separam assim o Sul e que é conhecido como o setor de La Bermeja.

Tanto os MOLEDIZOS, como a TORRE BERMEJA, localizam-se nas fraldas do Valle de Valdeón oferecendo assim a este vale seus canais e paredes abruptas. Vistos desde o Valle de Valdeón, toda a vertente aparece como uma sucessão de paredes verticais de aspeto inacessível.

A ascensão da TORRE BERMEJA é sempre uma interessante atividade de montanha para realizar na zona de Valdeón, e o seu enquadramento no maciço, proporciona uma completa panorâmica de toda a zona. A maioria dos cumes de El Cornión e de Urrieles são visíveis desde o seu pico, especialmente a Torre Santa de Castilla. No caso, incluímos também a ascensão aos Moledizos o que inclui alguns passos aéreos, embora curtos, mas que requer escalar a crista que une os Moledizos à Torre Bermeja.




DESCRIÇÃO DA TRILHA

Chegados a Soto de Valdeón (alt. 957m), optamos por estacionar o carro na entrada do “Pueblo”, junto à ponte. Atravessamos o casario para entrar no Camiño de la Cuesta, caminho florestal que leva-nos por uma densa e bela floresta, Hayedo, que cruza o Collado Bustiello e nos coloca em Fuente Oscura (alt. 1336m).

Aqui, intersetamos o caminho que sobe de Caldevilla a Vega de Llós, continuamos a subir por entre um denso bosque de carvalhos até Vega de Llós (alt.1541m). Atravessamos a Vega em direção à sua fonte, Fuente de Llós, onde se pode abastecer de água, não há, a partir deste ponto, outra fonte no percurso!



Depois de uma breve pausa, deixamos a nascente para trás e continuamos em direção a Las Moledizas, imediatamente viraremos à direita onde, seguindo as mariolas (Hitos), sempre a subir lá fomos vencendo o desnível. Já no alto, rodamos à esquerda para alcançar a parte superior de Peña Parda e pouco depois um Collado. De lá, viramos à direita para ir em direção à Cimera del Frade. O caminho de pé posto volta a ficar bem definido, atravessamos uma pequena zona de cascalho até uma bifurcação junto à Collada del Frade (alt.1862m) que pode passar despercebida se não formos atentos.

Agora seguimos pela direita em direção ao flanco ocidental do Canal del Perro. Esta secção inicial atravessa uma zona de pedras junto à Base de Los Moledizos e uma vez superada subimos o longo Canal del Perro em ziguezague. Seguimos as mariolas (Hitos), por um caminho bem marcado, ao longo do canal e quando começa a achatar um pouco, antes de chegar a Collado del Burro, viramos à direita, waypoint Desvio Derecha, em direção ao primeiro Moledizo.

Seguimos algumas mariolas, mas principalmente por navegação à vista, em direção ascendente ao primeiro cume dos Moledizos, o Moledizos Occidentales (alt.2256m), de onde já podemos desfrutar de algumas vistas muito boas e do caminho que vamos seguir. Daqui descemos até ao colo que fica entre os dois Moledizos e a partir daí iniciamos a subida ao segundo Moledizo, o Moledizos Orientales (alt.2297m), onde estivemos a refazer a grande mariola que se encontra no cume. Magnificas panorâmicas, sem dúvida local de uma das melhores perspetivas sobre a vertente Sul de Peña Santa de Castilla. Almoçamos no cume enquanto contemplávamos a beleza e a magnitude das suas panorâmicas de 360º - Peña Santa de Castilla (2596m), El Gato (2332m), Torres del Torco (2452m), Aguja de Corpus Christi (2200m), Los Estribos (2300m), Torre de La Cabra Blanca (2320m)…



Retomando o percurso, saímos do segundo Moledizo e chegamos ao Collado, onde algumas mariolas (Hitos) indicam o caminho à esquerda que contorna pelo canto inferior os passos aéreos de escalada (trepadas e destrepes) que existem ao longo da crista que une os Moledizos à Torre Bermeja. Seguimos o caminho bem definido que desce, à esquerda, a colina e depois roda à direita para passar por baixo dos canais onde se encontram os passos aéreos de escalada. O caminho de pé posto segue ao longo de uma encosta ingreme e exposta, num terreno misto de terra, cascalho e rocha, onde um pequeno percalço pode ser fatal. Na parte final da travessia encontramos, à nossa direita, três canais muito juntos por onde teremos de subir. Optamos por subir pelo último canal, Canaleta, subida íngreme e exposta, com algumas zonas de cascalho solto, mas também com boas agarras que nos coloca na Horcadina de onde já podemos contemplar o trilho a seguir até ao cume da Torre Bermeja. Já na cumeeira pareceu-nos que o primeiro canal seria a melhor opção de subida, ligeiramente menos ingreme e com menos cascalho, já o segundo canal, pareceu-nos a pior opção devido à quantidade de cascalho solto.



Agora, o que nos resta é muito pouco e muito fácil, seguimos sem dificuldade o caminho que nos leva sem perda possível ao cume da Torre Bermeja (alt.2392m). Vistas magníficas! Desfrutamos da beleza e da magnitude das suas panorâmicas de 360º, entre outros, da esquerda para a direita, os picos de: Torre de Ermedio (2467m); Torres del Torco (2200m); El Gato (2332m); Torre Santa de Castilla (2596m); Torres de Cotalbín (2187m); Cerra del Frade (2078m).

Para a descida, vamos seguir em grande parte o itinerário da clássica subida desde Posada de Valdeón. Começamos a descer em direção ao Collado da Arista Meridional (alt.2333m), e de lá continuamos a descer, à esquerda, pelo caminho de pé posto, algo desconfortável devido à pedra solta, em direção a El Bolo. Junto à rampa de acesso ao Pico Bolo, rodamos à direita para entrar no Canal del Bufón, ao longo do qual descemos até à Base d`El Bolo e, a partir daí, viramos à esquerda em direção a La Gatera. Todo este troço é constituído por cascalho muito decomposto e terreno muito íngreme e desconfortável.

Em La Gatera temos de estar atentos para abandonando o itinerário da clássica subida desde Posada de Valdeón, caminho evidente que segue para o Collado de Pambuches, e seguir algumas mariolas que surgem à direita, em direção a Sedo del Gato. Sem caminho definido seguimos em grande parte pelas rochas até alcançar o Sedo del Gato. Aqui, seguimos por uma pequena passagem estreita que nos mergulha no “sedo” e que atravessa a parede à esquerda, que descemos com a ajuda das mãos, até chegarmos ao último degrau descendente e sairmos da rocha.



O trilho continua agora sem caminho definido, seguimos em modo de navegação à vista, por uma íngreme encosta. Todo este troço é constituído por terreno misto de mato, prado e rocha e pendente desconfortável. No final desta descida, encontramos um amplo caminho florestal que segue pelo Prado Meirás até Soto de Valdeón, local de inicio e término desta magnifica incursão pelo setor de La Bermeja.


FICHA TÉCNICA DA ETAPA
Realização: 19 agosto de 2022
Percurso: Soto de Valdeón - Vega de Llós - Canal del Perro - Los Moledizos Occidentales (2256m) y Orientales (2297m) - Torre Bermeja (2392m) - Collado da Arista Meridional - Canal Bufón - La Gatera - Sedo del Gato - Entremissos - Prado Meriás - Soto de Valdeón
Distancia: 14,6kms
Duração: 8h:41min
Tempo em movimento: 4h15min
Tempo parado: 4h26min
Movimento médio: 3,42km/h
Acumulado positivo: 1629m
Acumulado negativo: 1629m







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