NA VEREDA DO PASTOR E PARADUÇA (PR3 E PR6)
near Lomba, Aveiro (Portugal)
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FOTOS DESTA E DE OUTRAS TRILHAS EM ”CAMINHANTES"
O trilho realizado resulta da junção do PR3-Na Vereda do Pastor com o PR6-Paraduça. É um percurso circular com aproximadamente 21kms, com início e fim na aldeia da Lomba (Arões, Vale de Cambra).
A aldeia da Lomba é uma das mais belas aldeias de Portugal, estando empoleirada num promontório, e terminando numa pequena península onde se acotovelam uma igreja, um cemitério, várias casas e mais de 15 canastros. Esta configuração particular, que resultou de três falhas, enquadram a aldeia nos três lados da península. Os caminhos que daqui saem vão para as aldeias abandonadas das Porqueiras, a 1 km, e das Berlengas, a 2 km.
Contudo, para lá chegar, percorremos o percurso "Na Vereda do Pastor" que iniciamos na aldeia da lomba, subimos até à escola primária e daí para a Serra, observando as pedras gastas pelos cascos das cabras e das ovelhas. Atravessa-se, assim, uma vereda de pastores. O percurso pedestre abandona o caminho mais largo e toma um carreiro que sobe encosta fora depois dos muros que ladeiam a vereda. Este carreiro vem juntar-se a outro, numa portela, que também sobe a Lomba, aberto propositadamente à mão para que as crianças do Côvo não tivessem que atravessar a ribeira, situação que no Inverno podia tornar-se ainda mais perigosa. O carreiro estreito continua a sua subida de olhos postos no Côvo, em lugar cimeiro à espera dos caminhantes. Ao alcançar o “caminho novo”, opta-se pela esquerda, acedendo assim à estrada de asfalto que liga à aldeia, a cerca de 200 metros.
Na aldeia de Côvo, a mais alta do concelho de Vale de Cambra, localizada na encosta Sul da Serra da Freita, seguimos em direcção a Agualva por um caminho estreito, encaixado entre as últimas casas. Este trajecto começa a alargar-se em direção a Sudeste, primeiro descendo e depois subindo suavemente.
Chegado ao cabeço começa-se a descer até ao poste de alta tensão, tomando de seguida um carreiro antigo que leva a um caminho florestal frondoso e à Ribeira das Estacas. Aqui atravessa-se um interessante pontão de pedra, após o que se toma um agradável caminho lajeado, que leva até ao lugar de Agualva. Era por este caminho que a população chegava à Serra, muito especialmente ao Côvo, para levar as "vacas ao boi", tradição que caiu quase em desuso.
Segue-se depois disso, rumo à aldeia da Lomba, pelo caminho da escola e da missa. Uma vez na aldeia, seguimos a variante 3.1 Aqui é imperdível a passagem pelo núcleo de espigueiros e a Capela da Nossa Senhora dos Milagres. Continuamos pela variante PR3.1 que nos leva a visitar as Porqueiras, uma aldeia remota localizada no fundo do Vale da Ribeira de Agualva, e onde também se pode apreciar a cascata de Porqueiras. O percurso da variante percorre o vale da ribeira de Agualva, até bem próximo da sua confluência com a ribeira de Macieiras, junto ao antigo povoado das Berlengas.
Nós continuamos, atravessamos a ribeira de Macieiras e subimos em direção ao PR6, o qual seguimos pela esquerda em direção a Paraduça. O percurso acompanha o rio, sempre a meia encosta, e ao contornar o Cabeço Rodondo, começa a avistar-se o Vale do rio Teixeira (um dos mais apreciados rios de Portugal para a prática de canyoning). Voltamos a cruzar o ribeiro escuro e passados poucos metros, encontra-se a sinalização de inicio/fim da variante 6.1. Continuando em frente, o percurso dirige-se para zona agrícola, subindo entre socalcos e hortas domésticas para o centro da aldeia de Paraduça passando por zona das hortas, espigueiros e forno comunitário.
Contornando a aldeia da Paraduça, subimos ao Largo da Capela e antiga Escola Primária em direcção à estrada principal (EM569), que atravessamos, para depois percorrer o trilho dos moinhos, contemplando assim um conjunto de cinco moinhos de rodízio restaurados em 2004. O trilho volta então a encontrar a EM569, cerca de 300 metros depois do final do asfalto, surge uma bifurcação a indicar o início da variante, seguimos pela esquerda, pelo pinhal e, pouco depois de passar o ribeiro escuro, inicia-se a descida para o vale da Ribeira de Agualva, desfrutando de excelentes vistas para a aldeia da Lomba. De volta ao local onde intersetamos o PR6, agora descemos em direção à ribeira de Macieiras e ruínas do povoado das berlengas para intersetar a variante PR3.1.
O regresso à aldeia da Lomba é feito por escadarias sinuosas, na companhia de um pequeno afluente. Todas estas linhas de água integram a bacia hidrográfica do rio Teixeira. Retomando o núcleo principal da aldeia da Lomba, onde termina este trilho.
Estes vales encaixados e escarpas são o habitat perfeito para a maior ave de rapina europeia, o majestoso bufo-real. Os carvalhais são refúgio do lobo-ibérico e o melro-de-água aproveita as numerosas quedas de água para nidificar. A impressionante biodiversidade destes cursos de água em contraste com os desníveis do maciço montanhoso criam um cenário de excelência, no qual se destacam alguns recantos como as cascatas da Porqueira e do Poço do Linho, as margens do Vale da Ribeira de Agualva, que alberga uma das mais belas florestas da região, ou os vários Poços do Rio Teixeira, considerado um dos rios mais bem preservados da Europa.
Fonte: https://www.cm-valedecambra.pt/pages/504
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A equipa Caminhantes
O trilho realizado resulta da junção do PR3-Na Vereda do Pastor com o PR6-Paraduça. É um percurso circular com aproximadamente 21kms, com início e fim na aldeia da Lomba (Arões, Vale de Cambra).
A aldeia da Lomba é uma das mais belas aldeias de Portugal, estando empoleirada num promontório, e terminando numa pequena península onde se acotovelam uma igreja, um cemitério, várias casas e mais de 15 canastros. Esta configuração particular, que resultou de três falhas, enquadram a aldeia nos três lados da península. Os caminhos que daqui saem vão para as aldeias abandonadas das Porqueiras, a 1 km, e das Berlengas, a 2 km.
Contudo, para lá chegar, percorremos o percurso "Na Vereda do Pastor" que iniciamos na aldeia da lomba, subimos até à escola primária e daí para a Serra, observando as pedras gastas pelos cascos das cabras e das ovelhas. Atravessa-se, assim, uma vereda de pastores. O percurso pedestre abandona o caminho mais largo e toma um carreiro que sobe encosta fora depois dos muros que ladeiam a vereda. Este carreiro vem juntar-se a outro, numa portela, que também sobe a Lomba, aberto propositadamente à mão para que as crianças do Côvo não tivessem que atravessar a ribeira, situação que no Inverno podia tornar-se ainda mais perigosa. O carreiro estreito continua a sua subida de olhos postos no Côvo, em lugar cimeiro à espera dos caminhantes. Ao alcançar o “caminho novo”, opta-se pela esquerda, acedendo assim à estrada de asfalto que liga à aldeia, a cerca de 200 metros.
Na aldeia de Côvo, a mais alta do concelho de Vale de Cambra, localizada na encosta Sul da Serra da Freita, seguimos em direcção a Agualva por um caminho estreito, encaixado entre as últimas casas. Este trajecto começa a alargar-se em direção a Sudeste, primeiro descendo e depois subindo suavemente.
Chegado ao cabeço começa-se a descer até ao poste de alta tensão, tomando de seguida um carreiro antigo que leva a um caminho florestal frondoso e à Ribeira das Estacas. Aqui atravessa-se um interessante pontão de pedra, após o que se toma um agradável caminho lajeado, que leva até ao lugar de Agualva. Era por este caminho que a população chegava à Serra, muito especialmente ao Côvo, para levar as "vacas ao boi", tradição que caiu quase em desuso.
Segue-se depois disso, rumo à aldeia da Lomba, pelo caminho da escola e da missa. Uma vez na aldeia, seguimos a variante 3.1 Aqui é imperdível a passagem pelo núcleo de espigueiros e a Capela da Nossa Senhora dos Milagres. Continuamos pela variante PR3.1 que nos leva a visitar as Porqueiras, uma aldeia remota localizada no fundo do Vale da Ribeira de Agualva, e onde também se pode apreciar a cascata de Porqueiras. O percurso da variante percorre o vale da ribeira de Agualva, até bem próximo da sua confluência com a ribeira de Macieiras, junto ao antigo povoado das Berlengas.
Nós continuamos, atravessamos a ribeira de Macieiras e subimos em direção ao PR6, o qual seguimos pela esquerda em direção a Paraduça. O percurso acompanha o rio, sempre a meia encosta, e ao contornar o Cabeço Rodondo, começa a avistar-se o Vale do rio Teixeira (um dos mais apreciados rios de Portugal para a prática de canyoning). Voltamos a cruzar o ribeiro escuro e passados poucos metros, encontra-se a sinalização de inicio/fim da variante 6.1. Continuando em frente, o percurso dirige-se para zona agrícola, subindo entre socalcos e hortas domésticas para o centro da aldeia de Paraduça passando por zona das hortas, espigueiros e forno comunitário.
Contornando a aldeia da Paraduça, subimos ao Largo da Capela e antiga Escola Primária em direcção à estrada principal (EM569), que atravessamos, para depois percorrer o trilho dos moinhos, contemplando assim um conjunto de cinco moinhos de rodízio restaurados em 2004. O trilho volta então a encontrar a EM569, cerca de 300 metros depois do final do asfalto, surge uma bifurcação a indicar o início da variante, seguimos pela esquerda, pelo pinhal e, pouco depois de passar o ribeiro escuro, inicia-se a descida para o vale da Ribeira de Agualva, desfrutando de excelentes vistas para a aldeia da Lomba. De volta ao local onde intersetamos o PR6, agora descemos em direção à ribeira de Macieiras e ruínas do povoado das berlengas para intersetar a variante PR3.1.
O regresso à aldeia da Lomba é feito por escadarias sinuosas, na companhia de um pequeno afluente. Todas estas linhas de água integram a bacia hidrográfica do rio Teixeira. Retomando o núcleo principal da aldeia da Lomba, onde termina este trilho.
Estes vales encaixados e escarpas são o habitat perfeito para a maior ave de rapina europeia, o majestoso bufo-real. Os carvalhais são refúgio do lobo-ibérico e o melro-de-água aproveita as numerosas quedas de água para nidificar. A impressionante biodiversidade destes cursos de água em contraste com os desníveis do maciço montanhoso criam um cenário de excelência, no qual se destacam alguns recantos como as cascatas da Porqueira e do Poço do Linho, as margens do Vale da Ribeira de Agualva, que alberga uma das mais belas florestas da região, ou os vários Poços do Rio Teixeira, considerado um dos rios mais bem preservados da Europa.
Fonte: https://www.cm-valedecambra.pt/pages/504
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A equipa Caminhantes
Waypoints
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Estes trilhos da Freita são deslumbrantes. E a Vereda do Pastor é dos mais bonitos! Abraço
Olá João Marques Fernandes (CSM)!
Plenamente de acordo, principalmente a zona das Porqueiras e Berlengas, simplesmente magnífico!
Obrigado pelo comentário e avaliação.
Grande abraço.
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Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
Olá, apesar de não termos feito os dois trilhos, (não fizemos a Paraduça) por falta de tempo, o PR3 e o PR 3.1 são belíssimos. A subida da Berlenga para a Lomba, é fantástica de bonita.
Obrigado pela partilha!
Vamos a Butes!
Olá Vamos a Butes!
Obrigado pelo comentário e avaliação da trilha.
Boas caminhadas.
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Easy to follow
Scenery
Moderate
Obrigado pela partilha. Óptima a ligação entre o PR3 e o PR6. As escadas do martírio para rematar o trilho foi um doce ;-)