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O Camiño dos Faros: ETAPA 8/8 - NEMIÑA A FISTERRA (23,2 KM)

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Trail stats

Distance
14.44 mi
Elevation gain
2,871 ft
Technical difficulty
Difficult
Elevation loss
2,480 ft
Max elevation
990 ft
TrailRank 
71 5
Min elevation
7 ft
Trail type
One Way
Time
7 hours 46 minutes
Coordinates
2390
Uploaded
August 15, 2020
Recorded
August 2020
  • Rating

  •   5 2 Reviews

near Nemiña, Galicia (España)

Viewed 339 times, downloaded 11 times

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Itinerary description

O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.

ETAPA 8/8: NEMIÑA – FISTERRA (23,2 KMS)
A última etapa destes 200 kms de caminhada pela Costa da Morte é a etapa das falésias e das praias solitárias. Atravessam-se areais como o de Nemiña, Rostro e Mar de Fora e grandes falésias como as de Lires, Punta Castelo e Cabo de La Nave antes de chegar pelo lado oeste ao Faro de Fisterra, por um caminho completamente diferente dos demais: o Camiño dos Faros.


- Trilho linear pela denominada Costa da Morte, Galiza, dividido em oito etapas. Nesta oitava e última etapa percorreram-se 23,2 kms, entre a praia de Nemiña e o Faro de Fisterra;
- Tal como as anteriores, esta é mais uma etapa fisicamente exigente, quer pela sua extensão, quer pelos declives que é preciso transpor, assim como pelo sinuosos trilhos sobre as elevadas falésias;
- Começando na praia de Nemiña, e após atravessar o seu areal, surge a necessidade de decidir atravessar a vau a Ria de Lires, ou contorna-la, caso o caudal esteja elevado. Na primeira situação, é fácil atravessar a vau durante a maré vaza, sobretudo no período do verão. Mas caso esta já esteja cheia, então a solução é contornar a ria pela povoação de Lires, o que acresce cerca de 4 kms à etapa. É uma situação que pode ser previamente estudada, consultando-se o calendário das marés e escolhendo o melhor horário para efetuar a travessia. No entanto, nos meses frios e de chuva, a solução será mesmo ter de se contornar a ria;
- Após ultrapassar este obstáculo (pode-se dizer mesmo assim), o caminho leva-nos até Punta de Lagoa, subindo primeiro ao Alto do Monte da Poza;
- Contempladas as vistas fenomenais que este miradouro natural proporciona, o trilho segue para O Condal, atravessando o Monte da Vela. As falésias que doravante se vão percorrer são das mais elevadas e íngremes de todo o Camiño dos Faros, começando pelos Acantilados de Canosa;
- Percorre-se o Acantilado da Mexadoira, cruzando a Punta Besugueira e a Punta Mixirica, até ao Coído do Ensarro, onde o Rego da Mexadoira proporciona uma pequena cascata para o mar digna de ser admirada e, obviamente, fotografada;
- A seguir começa-se a descer para a praia do Rostro, uma das mais compridas do caminho, com um areal de cerca de 2 kms de comprimento. É uma praia selvagem, batida pelo mar e pelo vento, agreste e belíssima, com um grande parque dunar a protege-la. Nas suas costas espalham-se várias aldeias rurais;
- Saindo da praia, o percurso retoma as altas falésias, primeiro passando pela Punta do Rostro e depois pelo Castro de Castromiñan e Punta Gavioteira, até à também selvagem praia de Arnela. Neste ponto está-se sensivelmente a meio da etapa;
- Segue-se a Punta Arnela (ou Robaleira), antes de se iniciar o troço que percorre as altas falésias do Cabo da Nave. Ao Longo da encosta do Monte de Arnela, por estreito caminho de pé posto, percorre-se mais um pedaço de costa com vistas de tirar o fôlego. Punta Longa, Punta do Sul e Rego de Croa, antes se se subir até às Antenas del Cabo da Nave, no Veladoiro;
- A descida pelo O Pedregal faz-se com algum cuidado, pois a pendente é bastante acentuada e o caminho é de terra e muita pedra solta (cascalheira). Pela frente já se tem o imponente Monte do Facho, e à esquerda vê-se ao longe a Praia da Langosteira, rodeada por San Martíño de Abaixo e de Arriba;
- Terminada a dura descida, chega-se à Praia de Mar de Fora, que se atravessa e de onde se sai por um passadiço de madeira. Agora o caminho aponta para o interior, na direção de A Insua;
- Nos próximos 2,5 kms, ascende-se lentamente até ao Monte do Facho, primeiro através do Camiño da Insua e a seguir por um estradão em terra, até chegar ao Alto do Monte do Facho. Aí chegados, vislumbra-se completamente, à nossa frente, o Faro Fisterra, objetivo final deste Camiño dos Faros;
- A última descida faz-se com alguma ansiedade, sempre por piso asfaltado, em direção ao farol. São os últimos mil e trezentos metros desta aventura, dura mas paisagisticamente deslumbrante. E lá está o tão famoso Faro Fisterra, imponente a marcar a sua posição, local místico e sinónimo de muitas emoções, pois terminam aqui vários caminhos de absoluta importância para os peregrinos de Santiago. E também para os aventureiros do Camiño dos Faros!!!
- Este trilho desenvolve-se por estreitos trilhos pé posto (junto às falésias), areais, caminhos de terra e alcatrão;
- Trilho costeiro fisicamente exigente, duro, com desníveis constantes e acentuados, algumas passagens técnicas (não necessitam de material técnico mas sim de destreza física), onde se deve caminhar com a atenção e cuidado necessários;
- Ao longo de toda a etapa a paisagem foi sempre deslumbrante, pois percorreram-se as falésias mais elevadas de todo o Camiño dos Faros. Especial destaque para as praias do Rostro, Arnela e Mar de Fora (sendo a primeira a mais longa que se percorreu, com cerca de 2 kms de comprimento), as assombrosas e verticais falésias de Canosa e Cabo da Nave, com todas as suas pontas e enseadas escarpadas, as duras ascensões aos montes da Poza, Vela, Artigal, Arnela, Lagoa e do Facho e, para terminar, a chegada ao Cabo Fisterra e ao Faro Fisterra, término do Camiño dos Faros;
- Sem dúvida, um trilho místico, fabuloso, deslumbrante a cada passo, que requer muito boa preparação física mas que no fim de cada etapa se sente altamente recompensador, quer pelo desafio que impõe, quer pela beleza desmedida que cada parcela desta assombrosa Costa da Morte transmite a quem a ouse trilhar.
Absolutamente recomendável!!

MUITO IMPORTANTE: a menos que se tenha muita experiência de montanhismo, este trilho não deve ser realizado em dias de chuva ou vento forte, pois o mesmo tornar-se-á muito escorregadio e altamente perigoso.



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- TRASNO (ou Goblin): mascote do Camiño dos Faros
Um trasno (do latim "trans gradi") é um ser mitológico tradicional galego que, segundo a tradição, habita as casas e prega partidas. Diz-se que é um anão travesso e saltitante, de pele morena e barba. Veste-se de vermelho, é coxo e tem um buraco na mão esquerda. Atua à noite pelas casas, partindo a louça, remexendo na roupa, assustando o gado nos estábulos, fazendo barulho nos sótãos. Durante o dia, desaparece. Na Galiza é muito comum chamar "trasnos" às crianças quando estas são muito irrequietas ou indisciplinadas. Também se chama "trasno" aquele que anda sozinho pelos caminhos ou florestas.


- CAMIÑO DOS FAROS (Caminho dos Faróis)
O Camiño dos Faros é uma rota de caminhada de 200 quilômetros que liga Malpica a Finisterra pela costa, sempre junto ao mar. É um percurso que tem o mar como protagonista e que passa por todos os faróis e principais pontos de interesse da Costa da Morte.
É um percurso que percorre as mais variadas paisagens, sempre voltado para o mar e a oeste. Faróis, praias, dunas, rios, falésias, matas, estuários com grande quantidade de aves, mares de granito, castros, dólmens, vilas de pescadores, miradouros para o mar cujas ondas rebentam de todas as formas possíveis, crepúsculos deslumbrantes... e muita magia.
Um percurso pedestre como poucos, que levará o caminhante a um mundo de sensações únicas que só podem ser desfrutadas nesta Costa da Morte. Como sabemos que este percurso é único e que quem o fizer ficará surpreendido, nós, os "trasnos", estamos decididos a promovê-lo sem qualquer fim lucrativo. O nosso único objetivo é que este Camiño dos Faros exista e que muitas pessoas o façam com o maior respeito pela natureza.
O Camiño dos Faros, como os "trasnos" o conceberam, é dividido em 8 etapas com uma média de 9 horas por etapa. É um ritmo lento, um ritmo em que se pára em todos os pontos-chave, tiram-se fotos, faz-se uma pausa para comer e aproveita-se o passeio durante todo o dia. O facto de se tratar de um percurso junto ao mar não significa que se trate de um percurso junto à praia. O percurso é de dificuldade média / alta, visto que esta costa é muito íngreme e tanto se está a contornar falésias como já se está a subir a um monte de 100 metros. O percurso total tem um desnível de 4000 metros positivos e 4000 metros negativos, resultando num acumulado de 8000 metros!
Posto isto, consideramos que este é um caminho onde, aos poucos, se vai ganhando forma, uma vez que a dificuldade aumenta com a passagem das etapas. Mas não tenha medo disso pois, connosco, "Trasnos" de todas as idades e de todas as condições físicas fizeram o percurso completo. Daqui o convidamos a seguir-nos na aventura e a ajudar-nos na criação deste bem comum para os cidadãos. Divulgue estas informações, participe no nosso Facebook, Twitter ou Instagram, conte aos seus amigos e familiares sobre esta aventura, vá em frente e faça-a... qualquer sugestão pode ser muito válida para valorizar este caminho que temos tão perto e, às vezes, tão longe!!!


LINKS PARA AS VÁRIAS ETAPAS:

Camiño dos Faros - ETAPA 1/8


Camiño dos Faros - ETAPA 2/8


Camiño dos Faros - ETAPA 3/8


Camiño dos Faros - ETAPA 4/8


Camiño dos Faros - ETAPA 5/8


Camiño dos Faros - ETAPA 6/8


Camiño dos Faros - ETAPA 7/8




Informações mais detalhadas podem ser consultadas no endereço oficial:
www.caminodosfaros.com

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Waypoints

PictographBeach Altitude 26 ft
Photo ofPraia de Nemiña Photo ofPraia de Nemiña Photo ofPraia de Nemiña

Praia de Nemiña

PictographRiver Altitude 9 ft
Photo oftravessia da Ria de Lires Photo oftravessia da Ria de Lires Photo oftravessia da Ria de Lires

travessia da Ria de Lires

IMPORTANTE: na foz da Ria de Lires, é-se obrigado a fazer um desvio de três quilómetros pela Ponte de Valsilveiro e Lires. Toda esta volta pode ser evitada se se atravessar o estuário, mas isso só é possível durante algumas horas nos meses de verão, uma hora antes e uma hora depois da maré baixa. Noutras condições, o canal formado é IMPOSSÍVEL de ser atravessado a vau. Neste caso, tivemos sorte e atravessamos o canal, com cerca de 6 metros de largura e pouco mais de 20 cm de profundidade. Bastou para isso descalçar as botas. E reduziu-se a etapa em cerca de 4 kms, numa volta interior sem particular interesse. Sem dúvida, a melhor opção (se as condições assim o permitirem!).

PictographBeach Altitude 70 ft
Photo ofPraia de Area Grande (Lires) Photo ofPraia de Area Grande (Lires) Photo ofPraia de Area Grande (Lires)

Praia de Area Grande (Lires)

PictographSummit Altitude 335 ft
Photo ofMonte da Poza Photo ofMonte da Poza Photo ofMonte da Poza

Monte da Poza

PictographPanorama Altitude 326 ft
Photo ofPunta de Lagoa Photo ofPunta de Lagoa Photo ofPunta de Lagoa

Punta de Lagoa

PictographPanorama Altitude 269 ft
Photo ofO Condal Photo ofO Condal Photo ofO Condal

O Condal

Panorâmica da Punta do Nariz, com tempestade e arco-íris ao largo.

PictographPanorama Altitude 127 ft
Photo ofAcantilado da Mexadoira Photo ofAcantilado da Mexadoira Photo ofAcantilado da Mexadoira

Acantilado da Mexadoira

As arribas da Mexadoira desabam verticalmente sobre um sopé de rochas que, com o rebentamento das ondas e a rocha granítica vermelha, conferem uma paisagem muito peculiar. No final da falésia, um ribeiro que desce da serra desagua nos seixos da costa, formando uma pequena cascata.

PictographPanorama Altitude 48 ft
Photo ofCoído do Ensarro Photo ofCoído do Ensarro Photo ofCoído do Ensarro

Coído do Ensarro

Panorâmica do Rego da Mexadoira (ou Mixirica).

PictographWaypoint Altitude 38 ft
Photo ofOs Areeiros da Praia do Rostro Photo ofOs Areeiros da Praia do Rostro Photo ofOs Areeiros da Praia do Rostro

Os Areeiros da Praia do Rostro

Por opção, seguiu-se pelas dunas da Praia do Rostro, embora o trilho oficial decorra pelo extenso areal. Existe um pequeno caminho que percorre toda a extensão dunar, mas nem sempre é percetível, pelo que é fácil sair dele. Tendo em conta que esta é uma zona ambientalmente sensível, não aconselho seguir pelas dunas e sim atravessar o areal (mesmo que tal seja mais desgastante para as pernas que, nesta altura, com cerca de 185 kms, já estarão bastante doridas).

PictographBeach Altitude 30 ft
Photo ofPraia do Rostro Photo ofPraia do Rostro Photo ofPraia do Rostro

Praia do Rostro

A Praia do Rostro é outra maravilha selvagem desta Costa da Morte. Uma ode ao mar, ao salitre e ao ar puro… um luxo completo para os sentidos nestes quase dois quilómetros de praia. Aberta ao Oceano Atlântico, o vento constante que aí bate boa parte do ano formou um extenso sistema dunar, com elevações importantes e repleto de vegetação, que em algumas épocas do ano lhe confere uma coloração que tudo cobre.

PictographPanorama Altitude 126 ft
Photo ofPunta do Rostro Photo ofPunta do Rostro Photo ofPunta do Rostro

Punta do Rostro

Em Punta do Rostro, no meio dessa explosão de vida, ocorreu um dos acontecimentos que mudou a vida de toda uma região por alguns dias. Na manhã de 5 de dezembro de 1987, o cargueiro Casón, de bandeira panamenha, navegava a 15 milhas de Fisterra com 31 tripulantes, todos de nacionalidade chinesa, com uma carga "cocktail" de 1100 toneladas de produtos químicos inflamáveis, tóxicos e corrosivos, com destino a Xangai. No meio de uma forte tempestade, sofre um movimento da carga que provoca um sério incêndio a bordo. O capitão, o único que conhece a carga real, manda abandonar o navio. No meio do fumo e dos gases tóxicos, muitos marinheiros lançam-se ao mar, para evitar permanecerem naquele inferno flutuante em que estavam. Os meios de salvamento apenas resgatam com vida 8 dos tripulantes. Durante este período, o armador recusa-se a responder pelo sucedido e o Casón, apesar do rebocador estar nas proximidades, acaba por encalhar entre Punta das Pardas e Castelo. A partir daí, surgem as mais variadas hipóteses sobre a carga do navio e a preocupação começa a espalhar-se entre as pessoas até que, na tarde de 10 de dezembro, com transmissão ao vivo pela televisão, a carga despejada no mar desencadeia explosões ao contactar com a água e com o barco que, no meio de uma nuvem de fumo, parece que vai explodir a qualquer momento. Definitivamente, estes acontecimentos alarmam a população, já inquieta pela falta de coordenação e informações contraditórias das autoridades e da comunicação social. Naquela noite, o Delegado do Governo anunciou na Rádio Galega que existe uma nuvem tóxica e 700 autocarros são enviados para Fisterra para evacuar a população. Diante de tal declaração, há uma fuga em massa das populações vizinhas que fogem aterrorizadas para zonas mais distantes e seguras. As ruas principais de Vimianzo e Carballo transformam-se num remoinho de gente com medo, que foge em carros, autocarros, camiões de peixe, etc... Horas depois, García-Sabell nega que a nuvem provocada pela explosão tenha sido tóxica. Mas já era tarde demais. Escolas e pavilhões estão cheios de população, cerca de 12000, que aos poucos voltaram às suas aldeias, onde já estavam outros habitantes que decidiram não sair de casa. Mas a história deste navio não ficou por aí. O governo decide levar a perigosa carga para Brens, mas a população é contra. A partir daí há uma peregrinação que termina na empresa Alumina-Aluminio, em San Cibrán. Ali, no meio da histeria geral, os trabalhadores deixam a empresa e provocam uma paragem brusca dos fornos, o que inutiliza completamente a fábrica, com perdas estimadas em 120 milhões de euros, o acidente mais caro para um seguro em Espanha. 109 trabalhadores e os 22 membros do conselho de administração da empresa foram demitidos. Por fim, o carregamento do Casón acabou em Antuérpia, o navio foi afundado e a estrutura continua aqui em baixo, a menos de 100 metros desta costa cheia de histórias, a Costa da Morte.

PictographPanorama Altitude 198 ft
Photo ofCastro de Castromiñán Photo ofCastro de Castromiñán

Castro de Castromiñán

No alto de Punta Castelo, encontramos outro vestígio da história de muitos séculos atrás, nada menos que a Idade do Ferro: o Castro de Castromiñán. À medida que nos aproximamos, podemos ver perfeitamente sob os arbustos de tojo as duas paredes que o cercam. À primeira vista parece-nos um local inóspito mas, como em todos os castros, a localização não é acidental, aproveitando a água de várias nascentes que ali nascem. Os nossos ancestrais conseguiram criar uma torre de vigia artificial no ponto mais alto para se protegerem dos ventos mais frios. Das alturas, podiam controlar tudo sem serem vistos e, rodeados de precipícios, não precisavam de outra defesa. Embora catalogado, pouco foi estudado em profundidade e tão pouco escavado, embora ultimamente pareça haver intenção nesse sentido.

PictographPanorama Altitude 220 ft
Photo ofPunta Gavioteira

Punta Gavioteira

PictographBeach Altitude 246 ft
Photo ofPraia de Arnela Photo ofPraia de Arnela Photo ofPraia de Arnela

Praia de Arnela

A praia de Arnela é a mais ocidental da Galiza. Completamente isolada e bastante protegida, surge como um refúgio de tranquilidade entre as arribas de Punta Castelo e o Cabo de la Nave. Cercada por um belo complexo de dunas, é uma praia muito perigosa para tomar banho.

PictographPanorama Altitude 374 ft
Photo ofCabo da Nave (Punta Longa) Photo ofCabo da Nave (Punta Longa) Photo ofCabo da Nave (Punta Longa)

Cabo da Nave (Punta Longa)

Durante dois quilómetros e meio, pelos Acantilados del Cabo da Nave, sobe-se progressivamente ao longo de um caminho, desde uma altura de 40 metros até aos 220 metros, junto às antenas do Cabo da Nave. É um troço difícil que se deve percorrer com muita tranquilidade e que tem difíceis escapatórias. Pelo caminho, vêem-se todas estas falésias selvagens que caiem para um Oceano bravo, selvagem, escuro... Caminha-se por um lugar seguro mas, olhar para baixo, produz uma grande sensação de vertigem. Ao longe, Punta Longa parece um crocodilo a entrar no mar.

PictographPanorama Altitude 397 ft
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Cabo da Nave (Punta do Sul)

PictographSummit Altitude 769 ft
Photo ofVeladoiro (antenas del Cabo da Nave) Photo ofVeladoiro (antenas del Cabo da Nave) Photo ofVeladoiro (antenas del Cabo da Nave)

Veladoiro (antenas del Cabo da Nave)

PictographBeach Altitude 100 ft
Photo ofPraia de Mar de Fora Photo ofPraia de Mar de Fora Photo ofPraia de Mar de Fora

Praia de Mar de Fora

Com os seus quinhentos metros de extensão e algo mais recôndita que as anteriores, La Praia de Mar de Fora ainda é uma praia de frente para o mar aberto, ideal para caminhar e respirar aquele cheiro a maresia que inunda tudo, mas muito perigosa para tomar banho.

PictographPanorama Altitude 423 ft
Photo ofpanorâmica de Cabo da Nave e San Martiño Photo ofpanorâmica de Cabo da Nave e San Martiño Photo ofpanorâmica de Cabo da Nave e San Martiño

panorâmica de Cabo da Nave e San Martiño

PictographSummit Altitude 770 ft
Photo ofAlto do Monte do Facho Photo ofAlto do Monte do Facho Photo ofAlto do Monte do Facho

Alto do Monte do Facho

O Monte do Facho é um local de lendas. Numerosos vestígios arqueológicos foram encontrados em Duio que indicam que pode ter existido Dugium, a grande cidade dos antigos colonizadores celtas dessas terras, os Nerios. E aí, no topo do Monte do Facho, tinham o seu altar do sol: o Ara Solis, onde realizavam os seus rituais pagãos de adoração ao astro rei. A lenda da cidade submersa de Duio conta que esta foi inundada por castigo divino, ficando enterrada para sempre. Como todos os lugares pagãos, também este foi cristianizado. Neste caso, foi San Guillerme, um anacoreta que ali construiu um eremitério, para viver os seus dias de oração em harmonia com os Finisterrae. Perto dali, casais estéreis deitam-se nas Pedras Santas para alcançar a fertilidade. O Monte do Facho foi também, desde tempos imemoriais, um lugar de destaque na navegação. Antes da construção do farol em 1853, fogueiras eram acesas no seu cume para guiar os navios que cruzavam estas difíceis águas ou para avisar as cidades, acendendo outras fogueiras, das incursões inimigas nesta costa. No topo estão os restos do que poderia ser uma torre para fazer o fogo e muito perto dela as Pedras Santas.

PictographMonument Altitude 435 ft
Photo ofFaro Fisterra Photo ofFaro Fisterra Photo ofFaro Fisterra

Faro Fisterra

O Faro Fisterra, de primeira ordem, foi construído em 1853 para marcar este ponto geográfico fundamental na navegação. A torre octogonal de pedra mede 17 metros e a sua lanterna, localizada a 138 metros acima do nível do mar, atinge mais de 30 milhas náuticas. Originalmente funcionava com lâmpadas a óleo, posteriormente mudando para lâmpadas incandescentes, que emitem um flash a cada 5 segundos. O nevoeiro invernal constante fez com que em 1889 fosse acrescentado um edifício anexo com uma sirene, a Vaca de Fisterra, para alertar os marinheiros do perigo existente. Até muito recentemente, em dias de neblina cerrada, emitia um som grave que podia ser ouvido por mais de trinta quilómetros. De momento, não está operacional. Ali, nas proximidades do Cabo Finisterra, ocorreu o naufrágio com mais navios envolvidos e mais vítimas na história da Galiza. Em 1596, oito anos após o desastre da Armada Invencível e após várias temporadas de saques britânicos nas costas espanholas, Felipe II enviou a Segunda Armada Invencível. Galeões e outras embarcações menores zarparam de Cádiz, Sevilha e Lisboa, formando uma frota de mais de 100 navios, comandada por Martín Padilla. A 28 de outubro de 1596, na costa de Finisterra, foi surpreendido por uma forte tempestade que afundou 25 navios. O desastre foi total: 1706 tripulantes desses navios foram enterrados para sempre neste mar que a nada obedeçe. O número de vítimas (Santiago de SM (307 mortos), Nave Anunciada (243), Ángel Gabriel de Paulo Veira (174) e David de Pedro Frías (163)), dá-nos uma ideia da magnitude da tragédia. Os destroços dos navios foram aparecendo nos portos a norte de Vizcaya. Como muitos outros naufrágios, ao longo dos anos esses navios sofreram saques descontrolados e impunes. Desde 1987, as investigações literárias de Manuel Martín Bueno e Miguel Sanclaudio esclarecem-nos um pouco mais acerca do estado destes vestígios arqueológicos.

Comments  (6)

  • Photo of M. MOREIRA AZEVEDO
    M. MOREIRA AZEVEDO Sep 3, 2020

    Excelente trabalho João. A descrição está muito bem feita. Transmites a realidade dos trilhos. Parabéns

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Sep 3, 2020

    Caro amigo, muito obrigado pelo comentário. Foi um enorme prazer partilhar mais esta aventura contigo!
    Um grande abraço!!

  • Photo of Aiguille du Midi
    Aiguille du Midi Dec 6, 2021

    I have followed this trail  View more

    A última etapa de uma rota sem igual. Foi a etapa das falésias e das emoções finais. Que grande caminho!!
    Muito bom, muito duro, inesquecível! O caminho dos faróis é algo único.

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Dec 6, 2021

    Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho. É assim o caminho dos faróis: um constante misto de emoções, um continuo desafio físico, uma experiência inesquecível. Continuação de boas caminhadas!!

  • Photo of _BIO_RAIA_
    _BIO_RAIA_ Dec 21, 2022

    A última etapa de um percurso fabuloso, simplesmente inesquecível!
    Foi bom recordar... abraço!

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Dec 22, 2022

    Obrigado, _BIO_RAIA_, pela avaliação do trilho.
    Foi de facto uma bela aventura. Abraço!

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