Serra Montesinho, serra e rio de la Gamoneda, rio Sabor e Sendero del Tejedelo - Etapa 3

Serra Montesinho, serra e rio de la Gamoneda, rio Sabor e Sendero del Tejedelo - Etapa 3

Descrevemos um trilho não marcado de quase 55Km efetuado em autonomia durante 3 dias no Parque Natural de Montesinho e território espanhol adjacente, iniciando e terminando na bela e bem conservada aldeia de Montesinho.

Etapa 3

Continuamos a subida pela Serra de Gamoneda durante 2,5 Km. Ao chegar à cumeada viramos a direita passamos pelo parque eólico e mantivemo-nos na cumeada durante 2 Km até chegar a um mirador natural (mirador Del Bosque).
Logo após o Mirador viramos à esquerda descemos a encosta direção Norte por uma espécie de corta fogo durante 500 metros, altura em que saímos à direita, e nos próximos 200 metros percorremos um troço, parte em “corta-mato”, parte em trilho de pé posto mal marcado até encontrar o Mirador de Penhas del Veladero com panoramas excelentes de toda a encosta norte da Serra de da Gamoneda, até à Sanabria. Aqui entramos no “Sendero Del Tejedelo” que nos leva a um bosque “encantado” com teixos milenares de uma beleza única.
Vale bem a pena este desvio de 4 Km no total para apreciar este bosque único.
Voltamos para tras, até ao mirador del Bosque. Daqui, seguimos em direção Oeste e Sudoeste e entramos em novo parque eólico. Viramos em direção Sul por estradões e à nossa direita apreciamos um depressão que adiante se transforma num suave vale e que corresponde à nascente do Rio Sabor. Iniciamos uma descida com fraca inclinação e adiante entramos de novo em Portugal.
Curiosamente o Rio Gamoneda nasce cerca de 1,5 ou 2 km a oeste do Rio Sabor, também na serra de la Gamoneda. Têem, no início, um trajeto paralelo e progressivamente vão divergindo. O Rio Sabor entra primeiro em Portugal, ainda no Alto Montesino é responsável pela Albufeira de Veiguinhas e vai desaguar ao rio Douro. O Rio Gamoneda ao entrar em Portugal passa a denominar-se Baceiro e vai desaguar ao Rio Tuela pouco antes da Barragem de Numes.
Algumas centenas de metros após entrar em Portugal passamos pela Lama Grande, um planalto com lameiros com algumas construções, uma delas que outrora foi hotel/albergue e se encontra parcialmente vandalizada. Os edifícios tinham a porta aberta e mete dó ver como os edifícios de montanha com apetências turístico são tratados por certo tipo de populações e abandonados à sua sorte pelas autoridades competentes. Continuamos a nossa caminhada por estradãos e por volta do Km 15,2 tem início um trilho pé posto. O trilho está marcado bem pisado mas as altas giestas tapam o trilho e dificultam a progressão. Felizmente, este troço tem apenas 100 ou 150 metros de extensão e logo depois voltamos a entrar em caminho largo.
A próxima paragem foi a Barragem Serrada, albufeira da Ribeira de Andorinhas, que permite aproveitamento hidroeléctrico e abastece de água a cidade de Bragança.
A partir da Barragem seguimos o trilho PR3 BGC “Porto Furado" até à aldeia de Montesinho.