PERCURSO DOS BICOS
near Boimo, Viana do Castelo (Portugal)
Viewed 2131 times, downloaded 56 times
Trail photos
Itinerary description
FOTOS DESTA E DE OUTRAS TRILHAS EM ”CAMINHANTES"
PERCURSO DOS BICOS
O percurso decorre entre a Porta do Mezio e a Branda dos Bicos. Tem aproximadamente 18 kms de extensão e desenvolve-se ao longo de um caminho que nos orienta no sentido do Cabeço dos Bicos, um dos pontos mais altos da Serra do Soajo. Ao longo do percurso teremos oportunidade de conhecer as brandas de gado, com os seus abrigos e cortelhos, e admirar, de longe, o soberbo Vale do Rio Ramiscal, onde se preserva uma das mais importantes matas naturais do Parque Nacional (a Mata do Ramiscal). É um trilho em laço, isto é, a parte inicial e final do percurso coincidem em ambos os sentidos, fazendo um circulo na extremidade distal, formando uma espécie de laço. Trata-se de um percurso não sinalizado que requer uso de GPS.
Iniciamos o trilho na Porta do Mezio, freguesia de Soajo, concelho de Arcos de Valdevez. Seguimos pela estrada cerca de 1500 metros em direção ao Parque de Campismo de Travanca, para cortar à direita por caminho amplo de terra que nos leva a atravessar um lindo Vidoal. Existem no Parque pequenos bosques de vidoeiros em locais húmidos e junto a linhas de água que enquadram o habitat de conservação prioritário – Vidoais ripícolas (91E0pt2). Neste caso, o Vidoal que observamos foi plantado e não se encontra junto a uma linha de água por isso podemos apenas enquadrá-lo no habitat 9230 – Carvalhais, dado a sua composição florística ser muito semelhante.
Vidoal
O caminho desemboca numa das portas do Parque de Campismo. Como estava fechada, contornamos pela direita o parque ao longo da sua vedação até à entrada da receção. O percurso continua, agora na freguesia de Cabana Maior, por caminho de terra que atravessa o Rio Ázere. Até aqui temos um dia encoberto com chuva de morrinha que impede apreciar as panorâmicas e a envolvente do percurso… por isso, vamos deixar as lagoas da Travanca para o regresso!
Seguimos o amplo caminho de terra por cerca de 2000 metros até ao painel informativo. Este trajeto é comum aos dois sentidos do percurso. Seguimos esta parte em circulo no sentido contrário aos ponteiros dos relógios. Continuamos por amplo caminho de terra, passamos pela Branda Berzavó, que avistamos cá de cima.
A Branda de Berzavó é uma das materializações das conquistas do Homem sobre a natureza nesta área do Norte de Portugal. Trata-se de uma Branda de Gado. A necessidade de usar pastos de altitude obrigou as gentes destes montes a procurarem soluções para o efeito. A branda é umas dessas soluções. De maior ou menor dimensão, as brandas de gado eram ocupadas temporariamente pelos pastores com os seus rebanhos. Estes abrigavam-se em pequenas cabanas, os cortelhos, por vezes rodeadas pelas bezerreiras (pequenos muros), instaladas nas zonas mais planas. A Branda de Berzavó abrigava os pastores de Bouças Donas, não obstante pudesse ocorrer a presença de animais vindos de outros lugares. Cada família poderia ter um ou vários cortelhos, que poderia dividir com outra família.
O caminho, sempre ascendente, orienta-nos no sentido do Cabeço dos Bicos, do lado esquerdo temos a Branda da Piorneda. Fizemos um pequeno desvio para passar pela Branda e fotografar o seu abrigo. Trata-se de uma branda de gado que apresenta, sensivelmente, as mesmas caraterísticas que a Branda de Berzavó. Pertence, maioritariamente, ao lugar de Bostelinhos, na freguesia de Cabana Maior e materializa o povoamento nestes montes, marcado pela importância do sistema agro-pastoril.
Resta-nos pouco mais de 1000 metros para alcançar Mata do Ramiscal e a Branda dos Bicos. A Branda de Bicos é, à semelhança das que observamos até agora, uma branda de gado típica destes montes, com os pequenos cortelhos de paredes construídas pela justaposição de pedras. Pertence ao lugar da Lombadinha. Apesar de ter um ou outro cortelho de herdeiros, ela é, de um modo geral, uma branda comunitária. Ao encanto desta branda acresce a sua magnífica localização, numa chã fértil em pasto e abrigada dos ventos pela encosta, com uma vista privilegiada para a luxuriante Mata do Ramiscal.
Deste local podemos reparar num bloco granítico com uma forma algo peculiar. O seu formato recorda-nos um cogumelo, mais estreito na base do que no topo, denominando-se bloco pedunculado ou rocha em forma de cogumelo. No conjunto de formas do modelado granítico, os blocos pedunculados são considerados formas de pormenor. A sua origem deve-se geralmente a uma alteração mais ativa na base da geoforma, muitas vezes relacionada com a acumulação de humidade. O formato em cogumelo pode, ainda, resultar das tensões que se exercem na base de uma bola granítica, as quais podem originar a libertação de lascas a partir da base.
Miradouro Natural para o vale do Ramiscal
Passamos um pouco a Branda dos Bicos para alcançar um aglomerado de pedras que pela sua posição são um miradouro natural para o vale encaixado do Rio Ramiscal e respetivas linhas de água drenantes. O perfil do seu vale assemelha-se a um V, símbolo da sua juventude que se carateriza pelo excesso de energia que transporta, erodindo em profundidade. Apresenta, por isso, um elevado aprofundamento do seu talvegue, margens estreitas e vertentes com fortes declives.O Vale do Ramiscal alberga uma das mais importantes matas naturais do Parque Nacional: a Mata do Ramiscal (constituída principalmente por carvalhais e azevinhais), integrada desde 1995 num área classificada como Zona de Proteção Total, equiparada a uma Reserva Integral.
O sol começava a dar o seu ar de graça, aproveitamos o local para almoçar enquanto apreciávamos as magnificas panorâmicas. Depois de uma boa pausa e de um café feito na hora, retomamos o percurso no sentido inverso para pouco à frente desviar à direita pela Calçada dos Bicos. Uma verdadeira obra de engenharia, este caminho entre brandas. Mantém-se, depois de séculos de uso, robusta e segura a meia encosta. É um caminho com curvas bem marcadas para vencer a inclinação do monte, lajeado numa largura aproximada de 1,50 metros. É uma calçada de Fé, parte de um sistema de acessos ao Santuário da Peneda, na freguesia da Gavieira.
O percurso desce a encosta pela Calçada dos Bicos, à medida que vamos descendo podemos observar mais uma branda de gado, designada por Branda da Lombadinha (ou de Montelos), pertença dos pastores do lugar com o mesmo nome. Podemos ainda admirar o Fojo da Chã do Cabrito. Os fojos são antigas armadilhas para os lobos. Este animal, hoje protegido, foi durante muitos séculos objeto de perseguição motivada quer pelo medo que incutia nas gentes serranas através da sua associação ao mundo do além, quer pelos ataques que fazia aos animais que pastavam nas serras. Estes elementos, hoje património cultural, só existem no Norte da Península Ibérica. De acordo com os estudiosos do tema, existem cinco tipos de fojo, dos quais salientamos os fojos de “paredes convergentes” e os fojos “de cabrita”. O fojo que observamos neste local é um magnífico exemplar da última tipologia. Trata-se de um elemento, aproximadamente, circular, com paredes em granito. No seu interior colocava-se o “isco”, uma cabra, para atrair o predador, o lobo. Uma vez lá dentro, em virtude do sistema de construção das paredes com o recurso a capiás, o lobo não conseguia sair.
A Calçada dos Bicos leva-nos até à Chã do Brialho, onde podemos observar um abrigo de pastores - o abrigo ou Cortelho do Brialho - idêntico aos seculares cortelhos que encontramos nas várias brandas de gado ao longo deste percurso (de pequena dimensão, planta circular, com parede de pedra solta e cobertura em falsa cúpula). No entanto, apesar do sistema de construção ser igual, este abrigo é bastante mais recente. Foi construído em meados do século XX pelos pastores de Lombadinha e de Carralcova, de modo a poderem pastorear os animais com mais eficiência, evitando que estes entrassem na zona arbórea, da responsabilidade dos Serviços Florestais.
Abrigo do Brialho
Agora seguimos por caminho de pé posto, com alguma vegetação rasteira à mistura, chegamos à Branda de Bostochão. A Branda de Bostochão é semelhante a todas as outras brandas de gado. Os seus cortelhos e bezerreiras apresentam o mesmo sistema construtivo e a mesma função dos anteriores. Era usada pelos pastores de Carralcova, embora, nas suas proximidades, se encontrem alguns cortelhos dos habitantes de Lombadinha. Cada um com os seus animais, os pastores subiam o monte nos tempos mais quentes, até à branda, para aí alimentarem os animais, nos frescos pastos envolventes. Os mesmos pastores podiam brandear em mais do que uma branda, conforme os pastos disponíveis ou a quantidade de animais que possuíam.
Pouco depois, cerca de 100 metros da Branda de Bostochão, estávamos de volta ao amplo caminho de terra. Seguimos pela esquerda em direção ao local do painel informativo que encontramos da parte da manhã. Ao longo do caminho avistamos, do lado direito, a Branda da Junqueira de Cabana Maior, onde os criadores de gado lidavam as vacas. Dois quilómetros e meio à frente estávamos de volta ao ponto de interseção com o percurso já realizado da parte da manhã, seguimos o caminho até à ponte sobre o Rio Ázere para aí desviar à direita para as Lagoas da Travanca.
As Lagoas de Travanca estão recheadas de recantos com sombras frescas, e pequenas lagoas serranas que convidam a banhos em dias solarengos. Aproveitamos o sol, que apesar de tímido já bronzeava a pele e fizemos uma pausa para o reforço da tarde enquanto refrescávamos os pés nas águas das lagoas. Não fomos a banhos, fica o desejo de voltar em dias mais quentes…
Lagoas da Travanca
O resto do percurso, cerca de 2800 metros, fez-se em sentido inverso, pelo Vidoal e estrada com desvio à Mamoa 2 do Mezio. Por fim, chegamos à Porta do Mezio, onde finalizamos o Percurso dos Bicos, precisamente no local onde teve inicio.
Se gosta das nossas trilhas adicione a sua avaliação no final da página.
Obrigado pelo seu comentário e avaliação.
Si te gusta nuestras rutas haz tu propia valoración al final de la página.
Gracias por tu comentario y valoración.
If you like our trails, leave your own review at the end of the page.
Thank you for your comment and review.
A equipa Caminhantes
PERCURSO DOS BICOS
O percurso decorre entre a Porta do Mezio e a Branda dos Bicos. Tem aproximadamente 18 kms de extensão e desenvolve-se ao longo de um caminho que nos orienta no sentido do Cabeço dos Bicos, um dos pontos mais altos da Serra do Soajo. Ao longo do percurso teremos oportunidade de conhecer as brandas de gado, com os seus abrigos e cortelhos, e admirar, de longe, o soberbo Vale do Rio Ramiscal, onde se preserva uma das mais importantes matas naturais do Parque Nacional (a Mata do Ramiscal). É um trilho em laço, isto é, a parte inicial e final do percurso coincidem em ambos os sentidos, fazendo um circulo na extremidade distal, formando uma espécie de laço. Trata-se de um percurso não sinalizado que requer uso de GPS.
Iniciamos o trilho na Porta do Mezio, freguesia de Soajo, concelho de Arcos de Valdevez. Seguimos pela estrada cerca de 1500 metros em direção ao Parque de Campismo de Travanca, para cortar à direita por caminho amplo de terra que nos leva a atravessar um lindo Vidoal. Existem no Parque pequenos bosques de vidoeiros em locais húmidos e junto a linhas de água que enquadram o habitat de conservação prioritário – Vidoais ripícolas (91E0pt2). Neste caso, o Vidoal que observamos foi plantado e não se encontra junto a uma linha de água por isso podemos apenas enquadrá-lo no habitat 9230 – Carvalhais, dado a sua composição florística ser muito semelhante.
Vidoal
O caminho desemboca numa das portas do Parque de Campismo. Como estava fechada, contornamos pela direita o parque ao longo da sua vedação até à entrada da receção. O percurso continua, agora na freguesia de Cabana Maior, por caminho de terra que atravessa o Rio Ázere. Até aqui temos um dia encoberto com chuva de morrinha que impede apreciar as panorâmicas e a envolvente do percurso… por isso, vamos deixar as lagoas da Travanca para o regresso!
Seguimos o amplo caminho de terra por cerca de 2000 metros até ao painel informativo. Este trajeto é comum aos dois sentidos do percurso. Seguimos esta parte em circulo no sentido contrário aos ponteiros dos relógios. Continuamos por amplo caminho de terra, passamos pela Branda Berzavó, que avistamos cá de cima.
A Branda de Berzavó é uma das materializações das conquistas do Homem sobre a natureza nesta área do Norte de Portugal. Trata-se de uma Branda de Gado. A necessidade de usar pastos de altitude obrigou as gentes destes montes a procurarem soluções para o efeito. A branda é umas dessas soluções. De maior ou menor dimensão, as brandas de gado eram ocupadas temporariamente pelos pastores com os seus rebanhos. Estes abrigavam-se em pequenas cabanas, os cortelhos, por vezes rodeadas pelas bezerreiras (pequenos muros), instaladas nas zonas mais planas. A Branda de Berzavó abrigava os pastores de Bouças Donas, não obstante pudesse ocorrer a presença de animais vindos de outros lugares. Cada família poderia ter um ou vários cortelhos, que poderia dividir com outra família.
O caminho, sempre ascendente, orienta-nos no sentido do Cabeço dos Bicos, do lado esquerdo temos a Branda da Piorneda. Fizemos um pequeno desvio para passar pela Branda e fotografar o seu abrigo. Trata-se de uma branda de gado que apresenta, sensivelmente, as mesmas caraterísticas que a Branda de Berzavó. Pertence, maioritariamente, ao lugar de Bostelinhos, na freguesia de Cabana Maior e materializa o povoamento nestes montes, marcado pela importância do sistema agro-pastoril.
Resta-nos pouco mais de 1000 metros para alcançar Mata do Ramiscal e a Branda dos Bicos. A Branda de Bicos é, à semelhança das que observamos até agora, uma branda de gado típica destes montes, com os pequenos cortelhos de paredes construídas pela justaposição de pedras. Pertence ao lugar da Lombadinha. Apesar de ter um ou outro cortelho de herdeiros, ela é, de um modo geral, uma branda comunitária. Ao encanto desta branda acresce a sua magnífica localização, numa chã fértil em pasto e abrigada dos ventos pela encosta, com uma vista privilegiada para a luxuriante Mata do Ramiscal.
Deste local podemos reparar num bloco granítico com uma forma algo peculiar. O seu formato recorda-nos um cogumelo, mais estreito na base do que no topo, denominando-se bloco pedunculado ou rocha em forma de cogumelo. No conjunto de formas do modelado granítico, os blocos pedunculados são considerados formas de pormenor. A sua origem deve-se geralmente a uma alteração mais ativa na base da geoforma, muitas vezes relacionada com a acumulação de humidade. O formato em cogumelo pode, ainda, resultar das tensões que se exercem na base de uma bola granítica, as quais podem originar a libertação de lascas a partir da base.
Miradouro Natural para o vale do Ramiscal
Passamos um pouco a Branda dos Bicos para alcançar um aglomerado de pedras que pela sua posição são um miradouro natural para o vale encaixado do Rio Ramiscal e respetivas linhas de água drenantes. O perfil do seu vale assemelha-se a um V, símbolo da sua juventude que se carateriza pelo excesso de energia que transporta, erodindo em profundidade. Apresenta, por isso, um elevado aprofundamento do seu talvegue, margens estreitas e vertentes com fortes declives.O Vale do Ramiscal alberga uma das mais importantes matas naturais do Parque Nacional: a Mata do Ramiscal (constituída principalmente por carvalhais e azevinhais), integrada desde 1995 num área classificada como Zona de Proteção Total, equiparada a uma Reserva Integral.
O sol começava a dar o seu ar de graça, aproveitamos o local para almoçar enquanto apreciávamos as magnificas panorâmicas. Depois de uma boa pausa e de um café feito na hora, retomamos o percurso no sentido inverso para pouco à frente desviar à direita pela Calçada dos Bicos. Uma verdadeira obra de engenharia, este caminho entre brandas. Mantém-se, depois de séculos de uso, robusta e segura a meia encosta. É um caminho com curvas bem marcadas para vencer a inclinação do monte, lajeado numa largura aproximada de 1,50 metros. É uma calçada de Fé, parte de um sistema de acessos ao Santuário da Peneda, na freguesia da Gavieira.
O percurso desce a encosta pela Calçada dos Bicos, à medida que vamos descendo podemos observar mais uma branda de gado, designada por Branda da Lombadinha (ou de Montelos), pertença dos pastores do lugar com o mesmo nome. Podemos ainda admirar o Fojo da Chã do Cabrito. Os fojos são antigas armadilhas para os lobos. Este animal, hoje protegido, foi durante muitos séculos objeto de perseguição motivada quer pelo medo que incutia nas gentes serranas através da sua associação ao mundo do além, quer pelos ataques que fazia aos animais que pastavam nas serras. Estes elementos, hoje património cultural, só existem no Norte da Península Ibérica. De acordo com os estudiosos do tema, existem cinco tipos de fojo, dos quais salientamos os fojos de “paredes convergentes” e os fojos “de cabrita”. O fojo que observamos neste local é um magnífico exemplar da última tipologia. Trata-se de um elemento, aproximadamente, circular, com paredes em granito. No seu interior colocava-se o “isco”, uma cabra, para atrair o predador, o lobo. Uma vez lá dentro, em virtude do sistema de construção das paredes com o recurso a capiás, o lobo não conseguia sair.
A Calçada dos Bicos leva-nos até à Chã do Brialho, onde podemos observar um abrigo de pastores - o abrigo ou Cortelho do Brialho - idêntico aos seculares cortelhos que encontramos nas várias brandas de gado ao longo deste percurso (de pequena dimensão, planta circular, com parede de pedra solta e cobertura em falsa cúpula). No entanto, apesar do sistema de construção ser igual, este abrigo é bastante mais recente. Foi construído em meados do século XX pelos pastores de Lombadinha e de Carralcova, de modo a poderem pastorear os animais com mais eficiência, evitando que estes entrassem na zona arbórea, da responsabilidade dos Serviços Florestais.
Abrigo do Brialho
Agora seguimos por caminho de pé posto, com alguma vegetação rasteira à mistura, chegamos à Branda de Bostochão. A Branda de Bostochão é semelhante a todas as outras brandas de gado. Os seus cortelhos e bezerreiras apresentam o mesmo sistema construtivo e a mesma função dos anteriores. Era usada pelos pastores de Carralcova, embora, nas suas proximidades, se encontrem alguns cortelhos dos habitantes de Lombadinha. Cada um com os seus animais, os pastores subiam o monte nos tempos mais quentes, até à branda, para aí alimentarem os animais, nos frescos pastos envolventes. Os mesmos pastores podiam brandear em mais do que uma branda, conforme os pastos disponíveis ou a quantidade de animais que possuíam.
Pouco depois, cerca de 100 metros da Branda de Bostochão, estávamos de volta ao amplo caminho de terra. Seguimos pela esquerda em direção ao local do painel informativo que encontramos da parte da manhã. Ao longo do caminho avistamos, do lado direito, a Branda da Junqueira de Cabana Maior, onde os criadores de gado lidavam as vacas. Dois quilómetros e meio à frente estávamos de volta ao ponto de interseção com o percurso já realizado da parte da manhã, seguimos o caminho até à ponte sobre o Rio Ázere para aí desviar à direita para as Lagoas da Travanca.
As Lagoas de Travanca estão recheadas de recantos com sombras frescas, e pequenas lagoas serranas que convidam a banhos em dias solarengos. Aproveitamos o sol, que apesar de tímido já bronzeava a pele e fizemos uma pausa para o reforço da tarde enquanto refrescávamos os pés nas águas das lagoas. Não fomos a banhos, fica o desejo de voltar em dias mais quentes…
Lagoas da Travanca
O resto do percurso, cerca de 2800 metros, fez-se em sentido inverso, pelo Vidoal e estrada com desvio à Mamoa 2 do Mezio. Por fim, chegamos à Porta do Mezio, onde finalizamos o Percurso dos Bicos, precisamente no local onde teve inicio.
Se gosta das nossas trilhas adicione a sua avaliação no final da página.
Obrigado pelo seu comentário e avaliação.
Si te gusta nuestras rutas haz tu propia valoración al final de la página.
Gracias por tu comentario y valoración.
If you like our trails, leave your own review at the end of the page.
Thank you for your comment and review.
A equipa Caminhantes
Waypoints
Comments (10)
You can add a comment or review this trail
Excelente trabalho. Obrigado
Olá Pedro Vorph!
Obrigado pelo comentário.
Saudações.
Excelente descrição.
Iremos faze-lo na 2a feira. Muito obrigado. Depois contamos como foi.
Um abraço
Artur e Clara
Olá Vamos a bytes!
Obrigado pelo comentário e avaliação da trilha.
Saudações.
I have followed this trail View more
Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
Obrigado pela partilha, Joaquim!
O trilho é fantástico. Aproveitei para o alargar ligeiramente e percorri-o num excelente dia de sol outonal. Foi uma experiência muito gratificante.
Irei voltar a esta região (logo que possível), pois encontrei no local outras possibilidades que me pareceram também muito atrativas!
Grande abraço e continuação de excelentes caminhadas!!
Olá João!
O PNPG por si só já é uma garantia de um dia bem passado... Neste trilho gostei em particular das lagoas de Travanca para dias mais quentes ir a banhos.
Obrigado pelo comentário e avaliação da trilha. O prazer também está na partilha.
Grande abraço.
https://www.arcostour.net/buggys
I have followed this trail verified View more
Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
Vistas extraordinárias e sentir o agreste da serra, vale mesmo a pena
Olá Drago3
Obrigado pelo comentário e avaliação da trilha. Saudações.