Piedrasecha-Peña del Palo-Peña los Machaos-Peña la Viesca- Desfiladero Los Calderones-Piedrasecha (León)
near Piedrasecha, Castilla y León (España)
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Trail photos
Itinerary description
Trilho circular com início em Piedrasecha, sem marcações. Precisa de GPS para o seguir.
Deixamos os carros no centro da povoação. Para lá chegar, ainda de carro, passasse por uma garganta/desfiladeiro estreito com um rio a acompanhar e um entorno verde muito bonito que já faz antever o resto.
É um trilho com muitos picos a alcançar, trincheiras do tempo da guerra, o espectacular Desfiladeiro de Los calderones e parte do Camiño Olvidado, portanto está assegurado valor paisagistico e histórico por estas montanhas com um grande valor estratégico na Guerra Civil.
Começamos a subir em direção a uns bosques de carvalhos num ambiente rural e agrícola. Saindo do bosque e continuando a subir já apontando aos vários altos. A todo o momento a vista é muito bonita e merece ser contemplada até chegarmos ao primeiro pico: Peña el Palo (1688 metros). Daqui continuámos a subir em sentido noroeste até Peña los Machaos (1806 metros) também conhecido por Alto de las Trincheras porque surpreendentemente encontramos trincheiras construídas de forma requintada com corredores interiores e janelucos para atirar tiros aos inimigos. Inicialmente pensamos que fossem mais antigas, do tempo dos reis e reinos mas a verdade é que são sinais da Guerra Civil espanhola, erguidas pelos republicanos com o objectivo de travar a frente franquista. A linha que vai da Peña los Machaos ao Alto da Viesca (ou Biesca) formava uma linha fortificada de defesa com uma rede de bunkers e trincheiras. O Alto da Viesca é o ponto mais alto (1834 metros) com uma grande mariola. Daqui tem-se vistas espectaculares, conseguia-se ver Peña Ubiña onde tínhamos estado no dia anterior. As encostas estavam lindíssimas pintadas de lilás, amarelo e verde. Víamos também uma albufeira ao longe. Seguindo toda a linha noroeste áquela cota continuamos a encontrar trincheiras. Não conseguimos perceber a falta de informação sobre as trincheiras, não sei se por ser de um período tão negro da história espanhola ou se é para não impactar a natureza, o facto é que merecia uma placa informativa pela importância que tiveram e o estado de conservação que têm. No final desta linha, ficamos num alto aparentemente abrupto sem possibilidade de avançar. Mas lá encontramos como descer, contornando as paredes verticais do Alto da Viesca, descendo em ziguezague até ao Arroyo de Los Calderones. Descemos calmamente até ao Collado Tijero. Continuamos a abaixar o vale até chegar a uma antiga povoação abandonada (pelos vistos, morreram todos envenenados por uma planta (?) posta acidentalmente na farinha do pão) de Santas Martas.
E assim entramos no desfiladeiro. O caminho torna-se mais estreito com aquelas paredes altas, rochosas e moldadas pelos anos. É muito interessante aquela visão com o leito seco e cheio de pedras macias pela erosão, que se estreita tanto em alguns pontos que as paredes quase se tocam. É resultado de um mar naquela zona há 360 milhões de anos, com sedimentos a depositarem-se ao longo dos anos e a ação da água e depois movimentos tectónicos que retorcederam as rochas dando-lhes aquele aspecto vertical e retorcido tão impossível. Geólogos explicarão melhor mas está ali algo espectacular.
Aqui também se dá outra coisa engraçada. Até um ponto ouve-se e vê-se a água a correr no rio ao nosso lado e de repente desaparece por debaixo do solo e só torna a aparecer kms depois, como num passe de magia. A água infiltra-se em minas subterrâneas.
Quase a sair do desfiladeiro, subindo umas escadas em madeira, encontramos a ermida rupestre da Virgem del Manadero, encravada na rocha e motivo de peregrinação uma vez ao ano.
O desfiladeiro é só 300 metros de rota, que coincide também com o Camiño Olvidado entre Leon e Oviedo, que pode depois levar a Santiago de Compostela.
Nesta data que fomos o desfiladeiro estava seco mas acredito que no Inverno ou na Primavera com o degelo não seja tão fácil passar.
Passámos por algumas rochas interessantes, entre elas o Serron, uma grande rocha com várias cores, resultado de reações químicas entre os minerais da rocha e o ar. Já á saída encontramos muitos aficionados da escalada a subir as paredes em várias vias de escalada, aproveitando aquele entorno tão propicio a isso.
É um trilho muito interessante, com muito valor geográfico, paisagístico e histórico. É fácil, tendo como comparação o dia anterior com a subida ás Ubiñas. É um trilho muito exposto por isso imagino que no Verão seja difícil de fazer pelo calor.
Deixamos os carros no centro da povoação. Para lá chegar, ainda de carro, passasse por uma garganta/desfiladeiro estreito com um rio a acompanhar e um entorno verde muito bonito que já faz antever o resto.
É um trilho com muitos picos a alcançar, trincheiras do tempo da guerra, o espectacular Desfiladeiro de Los calderones e parte do Camiño Olvidado, portanto está assegurado valor paisagistico e histórico por estas montanhas com um grande valor estratégico na Guerra Civil.
Começamos a subir em direção a uns bosques de carvalhos num ambiente rural e agrícola. Saindo do bosque e continuando a subir já apontando aos vários altos. A todo o momento a vista é muito bonita e merece ser contemplada até chegarmos ao primeiro pico: Peña el Palo (1688 metros). Daqui continuámos a subir em sentido noroeste até Peña los Machaos (1806 metros) também conhecido por Alto de las Trincheras porque surpreendentemente encontramos trincheiras construídas de forma requintada com corredores interiores e janelucos para atirar tiros aos inimigos. Inicialmente pensamos que fossem mais antigas, do tempo dos reis e reinos mas a verdade é que são sinais da Guerra Civil espanhola, erguidas pelos republicanos com o objectivo de travar a frente franquista. A linha que vai da Peña los Machaos ao Alto da Viesca (ou Biesca) formava uma linha fortificada de defesa com uma rede de bunkers e trincheiras. O Alto da Viesca é o ponto mais alto (1834 metros) com uma grande mariola. Daqui tem-se vistas espectaculares, conseguia-se ver Peña Ubiña onde tínhamos estado no dia anterior. As encostas estavam lindíssimas pintadas de lilás, amarelo e verde. Víamos também uma albufeira ao longe. Seguindo toda a linha noroeste áquela cota continuamos a encontrar trincheiras. Não conseguimos perceber a falta de informação sobre as trincheiras, não sei se por ser de um período tão negro da história espanhola ou se é para não impactar a natureza, o facto é que merecia uma placa informativa pela importância que tiveram e o estado de conservação que têm. No final desta linha, ficamos num alto aparentemente abrupto sem possibilidade de avançar. Mas lá encontramos como descer, contornando as paredes verticais do Alto da Viesca, descendo em ziguezague até ao Arroyo de Los Calderones. Descemos calmamente até ao Collado Tijero. Continuamos a abaixar o vale até chegar a uma antiga povoação abandonada (pelos vistos, morreram todos envenenados por uma planta (?) posta acidentalmente na farinha do pão) de Santas Martas.
E assim entramos no desfiladeiro. O caminho torna-se mais estreito com aquelas paredes altas, rochosas e moldadas pelos anos. É muito interessante aquela visão com o leito seco e cheio de pedras macias pela erosão, que se estreita tanto em alguns pontos que as paredes quase se tocam. É resultado de um mar naquela zona há 360 milhões de anos, com sedimentos a depositarem-se ao longo dos anos e a ação da água e depois movimentos tectónicos que retorcederam as rochas dando-lhes aquele aspecto vertical e retorcido tão impossível. Geólogos explicarão melhor mas está ali algo espectacular.
Aqui também se dá outra coisa engraçada. Até um ponto ouve-se e vê-se a água a correr no rio ao nosso lado e de repente desaparece por debaixo do solo e só torna a aparecer kms depois, como num passe de magia. A água infiltra-se em minas subterrâneas.
Quase a sair do desfiladeiro, subindo umas escadas em madeira, encontramos a ermida rupestre da Virgem del Manadero, encravada na rocha e motivo de peregrinação uma vez ao ano.
O desfiladeiro é só 300 metros de rota, que coincide também com o Camiño Olvidado entre Leon e Oviedo, que pode depois levar a Santiago de Compostela.
Nesta data que fomos o desfiladeiro estava seco mas acredito que no Inverno ou na Primavera com o degelo não seja tão fácil passar.
Passámos por algumas rochas interessantes, entre elas o Serron, uma grande rocha com várias cores, resultado de reações químicas entre os minerais da rocha e o ar. Já á saída encontramos muitos aficionados da escalada a subir as paredes em várias vias de escalada, aproveitando aquele entorno tão propicio a isso.
É um trilho muito interessante, com muito valor geográfico, paisagístico e histórico. É fácil, tendo como comparação o dia anterior com a subida ás Ubiñas. É um trilho muito exposto por isso imagino que no Verão seja difícil de fazer pelo calor.
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