Travessia Santa Bárbara x Curimataí
near Fábrica Santa Bárbara, Minas Gerais (Brazil)
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Itinerary description
LEIA A DESCRIÇÃO.
Travessia realizada em 3 dias, com pernoite na Barragem Caída e no Rio Preto.
LOGÍSTICA:
Logística simples, fomos de carro até o povoado de Santa Bárbara. Lá acertamos os últimos detalhes com um contato que nos foi passado pela Pousada Sombra do Espinhaço, que fez nosso resgate no arraial de Curimataí. Pagamos R$150 pelo serviço. A depender da época do ano e da condição da estradinha de terra que liga os dois povoados, esse valor pode variar.
A logística de ônibus é um pouco mais complicada, tendo em vista que não há ônibus de linha para o povoado de Santa Bárbara, desta forma é preciso contratar um táxi na cidade de Augusto de Lima ou Buenópolis, as duas mais próximas. Ou descer no trevo de acesso a Santa Bárbara e esperar por uma carona ou seguir a pé.
Já em Curimataí há um ônibus rural que faz a ligação do arraial com a cidade de Buenópolis. Horários e dias disponíveis devem ser confirmados. Outra opção é um serviço do povoado ou de Buenópolis.
A TRILHA:
1º dia: Santa Bárbara x Barragem Caída
Saindo do vilarejo de Santa Bárbara, é preciso seguir a rua principal até o fim, onde a trilha se inicia. Desde Santa Bárbara até as proximidades do 1ª tronqueira a trilha segue praticamente em constante aclive, com alguns trechos acentuados, irregulares e com degraus. A aprox. 1.800 metros do início chega-se à barragem de Santo Antônio, local interessante para banho, apesar da curta distância.
Depois da barragem, o próximo ponto de água fica no afluente do Riacho da Areia, ponto de sombra e água fresca, que conta com um pomar nas proximidades (casebre caído). Depois do afluente é preciso vencer uma subida curta moderada, depois dela o relevo estabiliza e segue suave até a barragem.
Antes do ponto final é preciso cruzar o Córrego do Espinho, já nas proximidades da área de acampamento. Ao redor dá Barragem Caída há uma espécie de rancho, com uma causa de 3 cômodos mal cuidada e uma ampla área de capoeira e capim baixo, ótima para acampamento. O banho no Riacho da Areia é mais aconselhável num trecho acima do curso d'água, onde há alguns poços de água corrente.
O primeiro dia trata-se da subida da Serra de Minas pelo caminho conhecido como Trilha do Algodão, são 9.6k de caminhada.
2º dia: Barragem Caída x Rio Preto
No segundo dia é preciso retornar pela estradinha de areia até um pouco antes de cruzar o Córrego do Espinho, ponto em que toma-se uma trilha discreta à esquerda. Essa trilha vai margeando as veredas do Córrego do Espinho, cruzando trecho de cerrado e campos até a passagem pelo Córrego Três Paus.
Depois da passagem pelo córrego a trilha segue em aclive constante, com trechos moderados e outros suaves, até o ponto culminante da travessia. Do alto, cruzando trechos de cerrado, se tem uma bela visão de uma grande área do planalto de Diamantina, em espacial da Serra do Tigre.
O relevo estabiliza e logo tem início uma forte descida em direção ao povoado de Santa Rita. Nas proximidades do povoado, tomamos uma atalho em meio a um campo/capoeira ao invés de seguir pela estradinha e seguimos até a capela local, onde há torneiras com água e uma pequena área coberta para aplacar o sol.
Depois da capelinha, seguimos pela estradinha para o norte, em ligeiro declive. A estradinha segue por mais alguns quilômetros até um rancho, daí em diante a continuação do trajeto é por uma trilha bem consolidada. Em terreno estável, cruzamos o Córrego de Santa Rita e seus afluentes, e depois um trecho de cerrrado, para chegar ao Rio Preto. Depois de cruzar o rio, tomamos uma trilha discreta à direita e seguimos por algumas dezenas de metros até encontrar uma área interessante para camping, bem na margem.
Neste dia caminhamos 19.5k.
3º dia: Rio Preto x Curimataí
Saindo do Rio Preto, continuamos na trilha sentido norte por pouco mais de 1km, até o ponto onde tiramos as cargueiras para realizar o ataque à cachoeira de Santa Rita. A partir daí não há trilha definida até o momento em que se chega ao leito do rio. Em alguns pontos o capim dobrado facilita a identificação da passagem, então é preciso estar atento e saber identificar os sinais.
Próximo ao Rio Preto surgem algumas árvores e vegetação mais próxima da de cerrado, que dificulta a passagem. Chegando ao leito basta descer pelos lajeados e rochas até a chegada ao topo da cachoeira. Para acesso ao poço é preciso cruzar o rio próximo à queda e continuar por uma trilha discreta que desce pela mata. A descida é bem íngreme em alguns pontos, com direito a uma descida/subida estilo "chaminé". O poço da cachoeira é excelente para banho e o conjunto é muito belo.
No retorno o trajeto é o mesmo do ataque até reencontrar a trilha principal, onde ficaram as cargueiras. Depois de um pequeno aclive, tornamos a descer até a chegar ao Córrego Boqueirão dos Campeiros, último ponto de água até a chegada ao Córrego do Diogo, já no final da rota.
Depois do Boqueirão passamos por um pequeno declive e iniciamos uma longa subida, com início mais pesado mas que vai se estabilizando. São aproximadamente 5km em aclive quase constante, porém leve em grande parte. Há alguns trechos arenosos que tornam a caminhada mais cansativa. Próximo a um pequeno rancho/curral é preciso contornar a cerca pela esquerda, pouco depois chega-se ao topo do aclive, onde tem início a descida para Curimataí.
A descida é bem pesada e muitos degraus, rochas nuas e cascalho até a proximidade do Curral de Pedras. Neste ponto a caminhada segue por uma estradinha precária até o arraial de Curimataí. A descida é bem acentuada até o Córrego do Diogo, último ponto de água antes do povoado.
Seguimos até a Praça da Cachoeira pela estradinha, lá fizemos uma breve visita à cachoeira de Curimataí, através de uma trilha de 700 metros. O resgate foi feito na `Praça da Cachoeira.
OBSERVAÇÕES:
- Trilha de dificuldade moderada para pessoas experientes. Devido à distância, ao calor, terreno arenoso e irregular e trechos sem trilha definida, a dificuldade pode ser alta ou muito alta para iniciantes.
- A trilha passa por propriedades particulares, pede-se: NÃO FAÇA FOGUEIRAS, LEVE SEU LIXO DE VOLTA, FECHE AS PORTEIRAS/TRONQUEIRAS QUE PASSAR, SEJA CORDIAL COM AS PESSOAS. Não entre nos ranchos sem o convite dos moradores.
- Trajeto com acesso livre e gratuito, o trecho final, após a capelinha de Santa Rita, é pela área do Parque Nacional das Sempre-Vivas. Recomenda-se entrar em contato com o Parque antes de realizar qualquer atividade no local.
- Boa disponibilidade de água no caminho, mas é preciso ficar atento aos trechos longos sem água: após o Córrego Três Paus no 2º dia e após o Córrego Boqueirão dos Campeiros no 3º. Recomenda-se uma autonomia mínima de 1.5L por pessoa, a depender do consumo pessoal.
- Não há qualquer tipo de infraestrutura ao longo da rota, dessa forma é necessário que o montanhista leve todos os equipamentos necessários e alimentação para os 3 dias de caminhada.
- Os acampamentos são feitos em áreas naturais, sem qualquer infraestrutura.
- Sinal de telefone celular em alguns trechos ao longo da rota, operadora VIVO.
- Não existem rotas de escape consolidadas ao longo da travessia, de forma que a sugestão é retornar à Santa Bárbara em caso de problemas no 1º ou início do 2º dia. No 2º dia e início do 3º uma opção é sair pelo povoado de Santa Rita, porém trata-se de uma localidade distante das cidades do entorno e com acesso longo por estradinha de terra.
- Essa travessia pode ter algumas variantes, de acordo com o caminho a ser escolhido pela montanhista. O trajeto pode ser realizado em ambos os sentidos.
Travessia realizada em 3 dias, com pernoite na Barragem Caída e no Rio Preto.
LOGÍSTICA:
Logística simples, fomos de carro até o povoado de Santa Bárbara. Lá acertamos os últimos detalhes com um contato que nos foi passado pela Pousada Sombra do Espinhaço, que fez nosso resgate no arraial de Curimataí. Pagamos R$150 pelo serviço. A depender da época do ano e da condição da estradinha de terra que liga os dois povoados, esse valor pode variar.
A logística de ônibus é um pouco mais complicada, tendo em vista que não há ônibus de linha para o povoado de Santa Bárbara, desta forma é preciso contratar um táxi na cidade de Augusto de Lima ou Buenópolis, as duas mais próximas. Ou descer no trevo de acesso a Santa Bárbara e esperar por uma carona ou seguir a pé.
Já em Curimataí há um ônibus rural que faz a ligação do arraial com a cidade de Buenópolis. Horários e dias disponíveis devem ser confirmados. Outra opção é um serviço do povoado ou de Buenópolis.
A TRILHA:
1º dia: Santa Bárbara x Barragem Caída
Saindo do vilarejo de Santa Bárbara, é preciso seguir a rua principal até o fim, onde a trilha se inicia. Desde Santa Bárbara até as proximidades do 1ª tronqueira a trilha segue praticamente em constante aclive, com alguns trechos acentuados, irregulares e com degraus. A aprox. 1.800 metros do início chega-se à barragem de Santo Antônio, local interessante para banho, apesar da curta distância.
Depois da barragem, o próximo ponto de água fica no afluente do Riacho da Areia, ponto de sombra e água fresca, que conta com um pomar nas proximidades (casebre caído). Depois do afluente é preciso vencer uma subida curta moderada, depois dela o relevo estabiliza e segue suave até a barragem.
Antes do ponto final é preciso cruzar o Córrego do Espinho, já nas proximidades da área de acampamento. Ao redor dá Barragem Caída há uma espécie de rancho, com uma causa de 3 cômodos mal cuidada e uma ampla área de capoeira e capim baixo, ótima para acampamento. O banho no Riacho da Areia é mais aconselhável num trecho acima do curso d'água, onde há alguns poços de água corrente.
O primeiro dia trata-se da subida da Serra de Minas pelo caminho conhecido como Trilha do Algodão, são 9.6k de caminhada.
2º dia: Barragem Caída x Rio Preto
No segundo dia é preciso retornar pela estradinha de areia até um pouco antes de cruzar o Córrego do Espinho, ponto em que toma-se uma trilha discreta à esquerda. Essa trilha vai margeando as veredas do Córrego do Espinho, cruzando trecho de cerrado e campos até a passagem pelo Córrego Três Paus.
Depois da passagem pelo córrego a trilha segue em aclive constante, com trechos moderados e outros suaves, até o ponto culminante da travessia. Do alto, cruzando trechos de cerrado, se tem uma bela visão de uma grande área do planalto de Diamantina, em espacial da Serra do Tigre.
O relevo estabiliza e logo tem início uma forte descida em direção ao povoado de Santa Rita. Nas proximidades do povoado, tomamos uma atalho em meio a um campo/capoeira ao invés de seguir pela estradinha e seguimos até a capela local, onde há torneiras com água e uma pequena área coberta para aplacar o sol.
Depois da capelinha, seguimos pela estradinha para o norte, em ligeiro declive. A estradinha segue por mais alguns quilômetros até um rancho, daí em diante a continuação do trajeto é por uma trilha bem consolidada. Em terreno estável, cruzamos o Córrego de Santa Rita e seus afluentes, e depois um trecho de cerrrado, para chegar ao Rio Preto. Depois de cruzar o rio, tomamos uma trilha discreta à direita e seguimos por algumas dezenas de metros até encontrar uma área interessante para camping, bem na margem.
Neste dia caminhamos 19.5k.
3º dia: Rio Preto x Curimataí
Saindo do Rio Preto, continuamos na trilha sentido norte por pouco mais de 1km, até o ponto onde tiramos as cargueiras para realizar o ataque à cachoeira de Santa Rita. A partir daí não há trilha definida até o momento em que se chega ao leito do rio. Em alguns pontos o capim dobrado facilita a identificação da passagem, então é preciso estar atento e saber identificar os sinais.
Próximo ao Rio Preto surgem algumas árvores e vegetação mais próxima da de cerrado, que dificulta a passagem. Chegando ao leito basta descer pelos lajeados e rochas até a chegada ao topo da cachoeira. Para acesso ao poço é preciso cruzar o rio próximo à queda e continuar por uma trilha discreta que desce pela mata. A descida é bem íngreme em alguns pontos, com direito a uma descida/subida estilo "chaminé". O poço da cachoeira é excelente para banho e o conjunto é muito belo.
No retorno o trajeto é o mesmo do ataque até reencontrar a trilha principal, onde ficaram as cargueiras. Depois de um pequeno aclive, tornamos a descer até a chegar ao Córrego Boqueirão dos Campeiros, último ponto de água até a chegada ao Córrego do Diogo, já no final da rota.
Depois do Boqueirão passamos por um pequeno declive e iniciamos uma longa subida, com início mais pesado mas que vai se estabilizando. São aproximadamente 5km em aclive quase constante, porém leve em grande parte. Há alguns trechos arenosos que tornam a caminhada mais cansativa. Próximo a um pequeno rancho/curral é preciso contornar a cerca pela esquerda, pouco depois chega-se ao topo do aclive, onde tem início a descida para Curimataí.
A descida é bem pesada e muitos degraus, rochas nuas e cascalho até a proximidade do Curral de Pedras. Neste ponto a caminhada segue por uma estradinha precária até o arraial de Curimataí. A descida é bem acentuada até o Córrego do Diogo, último ponto de água antes do povoado.
Seguimos até a Praça da Cachoeira pela estradinha, lá fizemos uma breve visita à cachoeira de Curimataí, através de uma trilha de 700 metros. O resgate foi feito na `Praça da Cachoeira.
OBSERVAÇÕES:
- Trilha de dificuldade moderada para pessoas experientes. Devido à distância, ao calor, terreno arenoso e irregular e trechos sem trilha definida, a dificuldade pode ser alta ou muito alta para iniciantes.
- A trilha passa por propriedades particulares, pede-se: NÃO FAÇA FOGUEIRAS, LEVE SEU LIXO DE VOLTA, FECHE AS PORTEIRAS/TRONQUEIRAS QUE PASSAR, SEJA CORDIAL COM AS PESSOAS. Não entre nos ranchos sem o convite dos moradores.
- Trajeto com acesso livre e gratuito, o trecho final, após a capelinha de Santa Rita, é pela área do Parque Nacional das Sempre-Vivas. Recomenda-se entrar em contato com o Parque antes de realizar qualquer atividade no local.
- Boa disponibilidade de água no caminho, mas é preciso ficar atento aos trechos longos sem água: após o Córrego Três Paus no 2º dia e após o Córrego Boqueirão dos Campeiros no 3º. Recomenda-se uma autonomia mínima de 1.5L por pessoa, a depender do consumo pessoal.
- Não há qualquer tipo de infraestrutura ao longo da rota, dessa forma é necessário que o montanhista leve todos os equipamentos necessários e alimentação para os 3 dias de caminhada.
- Os acampamentos são feitos em áreas naturais, sem qualquer infraestrutura.
- Sinal de telefone celular em alguns trechos ao longo da rota, operadora VIVO.
- Não existem rotas de escape consolidadas ao longo da travessia, de forma que a sugestão é retornar à Santa Bárbara em caso de problemas no 1º ou início do 2º dia. No 2º dia e início do 3º uma opção é sair pelo povoado de Santa Rita, porém trata-se de uma localidade distante das cidades do entorno e com acesso longo por estradinha de terra.
- Essa travessia pode ter algumas variantes, de acordo com o caminho a ser escolhido pela montanhista. O trajeto pode ser realizado em ambos os sentidos.
Waypoints
Waypoint
3,179 ft
Córrego Boqueirão dos Campeiros
Waypoint
3,426 ft
Esquerda
Waypoint
2,012 ft
Praça da Cachoeira - Curimataí
Waypoint
3,601 ft
Esquerda trilha 2º dia
Waypoint
3,673 ft
Tronqueira 4
Waypoint
4,125 ft
Atalho Santa Rita
Waypoint
3,924 ft
Cerca nova
Waypoint
3,669 ft
Porteira - Córrego Grota de Santa Rita
Waypoint
3,267 ft
Rancho
Waypoint
3,218 ft
Brejinho
Waypoint
3,216 ft
Porteira 2
Waypoint
2,401 ft
Seguir adiante - direita próxima bifurcaçao
Comments (7)
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Muito obg por disponibilizar o tracklog!!
Brother tudo bem? A trilha tem acesso fácil? É preciso um guia local ?
Djone vieira, não é obrigatória a contratação de um guia, mas é recomendada caso não tenha experiência nesse tipo de atividade ou não saiba manusear um receptor GPS. Na descrição tem os detalhes da trilha, que podem ajudá-lo com outras dúvidas.
Boa tarde,
A volta por essa estrada de terra curimatai x santa Barbara. Você sabe se tem uma trilha gravada?
Obrigado
FábioMDias, basta jogar no Google Maps, nos dois vilarejos tem sinal da Vivo.
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Easy to follow
Scenery
Moderate
Obrigado por compartilhar! Fizemos no sentido inverso, mas foi tudo certinho!
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Belo relato em seu blog. Ajudou bastante!!!
Houve algumas pequenas modificações em alguns pequenos trechos de quando você realizou, mas nada comprometedor. O traçado para ida e descida a cachoeira Santa Rita tá perfeito!