TREKKING INVERNAL: COVÃO D`AMETADE - COVÃO CIMEIRO
near Penhas da Saúde, Castelo Branco (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
FOTOS DESTA E DE OUTRAS TRILHAS EM ”CAMINHANTES"
A atividade planeada pretendia explorar todo o potencial invernal da Serra da Estrela, percorrendo os denominados corredores de neve, que só se formam durante esta estação, quando a neve e o gelo preenchem os vales estreitos e encaixados, criando formações únicas… no entanto, neste fim-de-semana, não nos foi possível como planeado fazer progressão por terrenos mistos de rocha, neve e gelo. Encontramos uma serra coberta por um bonito manto de neve fofa, não existindo condições para percorrer os corredores de neve do covão cimeiro: corredor dos mercadores e corredor do inferno.
Posto isto, o trilho resumiu-se à subida até ao Covão Cimeiro (alt. 1620m), anfiteatro de paredes abruptas que é um dos mais espetaculares exemplos de circo glaciário da Serra da Estrela (e um dos seus locais mais inacessíveis), onde se pode apreciar vistas únicas para os famosos Cântaros: Gordo, Magro e Raso.
O trilho iniciou-se no Covão d’Ametade (alt. 1430m), junto à nascente do rio Zêzere. A neve aumentou o nível de dificuldade na subida ao Covão Cimeiro. Chegados ao topo avançámos em direcção ao Cântaro Magro, mas devido à neve fofa e vento forte, decidimos descer novamente ao Covão d`Ametade e terminar a atividade no Covão d' Ametade, depressão de origem glaciar, outrora uma pastagem de cervunal, que foi arborizada com vidoeiros ao longo das margens do Rio Zêzere, com suas linhas de água subsidiárias, para criar condições de abrigo aos rebanhos de gado ovino, caprino e bovino.
RIO ZÊZERE
O nome do rio tem origem árabe e significa Rio das Cigarras. É um rio inteiramente português da região do Centro (Região das Beiras). Nasce na serra da Estrela, a cerca de 1900 m de altitude, junto ao Cântaro Magro. Ainda na zona da serra da Estrela, passa por Manteigas e próximo da cidade da Covilhã, seguindo depois para sudoeste, confluindo com o rio Tejo a oeste de Constância, após um curso de cerca de 200 km.
O rio Zêzere é o segundo maior rio exclusivamente português, após o rio Mondego. A sua bacia hidrográfica tem 5043 km² (dos quais 1056 km² pertencem ao rio Nabão). Os grandes desníveis, aliados ao caudal de água (por vezes superior a 10 000 m³/s.), representam uma notável riqueza hidroelétrica, aproveitada em três barragens (Bouçã, Cabril e Castelo de Bode), que produzem anualmente 700 GWh.
O alto Zêzere ocupa um antigo vale glaciário instalado ao longo de uma falha de orientação sudoeste-nordeste. A nascente situa-se no circo glaciário, que define uma sucessão de três covões (ombilics), depressões mal drenadas: Covão Cimeiro, Covão d'Ametade e o pequeno Covão da Albergaria.
A atividade planeada pretendia explorar todo o potencial invernal da Serra da Estrela, percorrendo os denominados corredores de neve, que só se formam durante esta estação, quando a neve e o gelo preenchem os vales estreitos e encaixados, criando formações únicas… no entanto, neste fim-de-semana, não nos foi possível como planeado fazer progressão por terrenos mistos de rocha, neve e gelo. Encontramos uma serra coberta por um bonito manto de neve fofa, não existindo condições para percorrer os corredores de neve do covão cimeiro: corredor dos mercadores e corredor do inferno.
Posto isto, o trilho resumiu-se à subida até ao Covão Cimeiro (alt. 1620m), anfiteatro de paredes abruptas que é um dos mais espetaculares exemplos de circo glaciário da Serra da Estrela (e um dos seus locais mais inacessíveis), onde se pode apreciar vistas únicas para os famosos Cântaros: Gordo, Magro e Raso.
O trilho iniciou-se no Covão d’Ametade (alt. 1430m), junto à nascente do rio Zêzere. A neve aumentou o nível de dificuldade na subida ao Covão Cimeiro. Chegados ao topo avançámos em direcção ao Cântaro Magro, mas devido à neve fofa e vento forte, decidimos descer novamente ao Covão d`Ametade e terminar a atividade no Covão d' Ametade, depressão de origem glaciar, outrora uma pastagem de cervunal, que foi arborizada com vidoeiros ao longo das margens do Rio Zêzere, com suas linhas de água subsidiárias, para criar condições de abrigo aos rebanhos de gado ovino, caprino e bovino.
RIO ZÊZERE
O nome do rio tem origem árabe e significa Rio das Cigarras. É um rio inteiramente português da região do Centro (Região das Beiras). Nasce na serra da Estrela, a cerca de 1900 m de altitude, junto ao Cântaro Magro. Ainda na zona da serra da Estrela, passa por Manteigas e próximo da cidade da Covilhã, seguindo depois para sudoeste, confluindo com o rio Tejo a oeste de Constância, após um curso de cerca de 200 km.
O rio Zêzere é o segundo maior rio exclusivamente português, após o rio Mondego. A sua bacia hidrográfica tem 5043 km² (dos quais 1056 km² pertencem ao rio Nabão). Os grandes desníveis, aliados ao caudal de água (por vezes superior a 10 000 m³/s.), representam uma notável riqueza hidroelétrica, aproveitada em três barragens (Bouçã, Cabril e Castelo de Bode), que produzem anualmente 700 GWh.
O alto Zêzere ocupa um antigo vale glaciário instalado ao longo de uma falha de orientação sudoeste-nordeste. A nascente situa-se no circo glaciário, que define uma sucessão de três covões (ombilics), depressões mal drenadas: Covão Cimeiro, Covão d'Ametade e o pequeno Covão da Albergaria.
Waypoints
Comments (2)
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Com a neve a paisagem é simplesmente magnifica.
Obrigado pela partilha!
Este trilho, feito no inverno, requer o auxílio de cordas ou material de escalada? Para quem está habituado a fazer os típicos trilhos PR de montanha, mas no verão, este é adequado?