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Trilho circular à Albufeira de Alfaiates (adaptado do PR4 SBG - Percurso de Vilares)

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Author

Trail stats

Distance
6.92 mi
Elevation gain
453 ft
Technical difficulty
Easy
Elevation loss
453 ft
Max elevation
2,819 ft
TrailRank 
75 5
Min elevation
2,566 ft
Trail type
Loop
Time
3 hours 5 minutes
Coordinates
1099
Uploaded
August 8, 2021
Recorded
August 2021
  • Rating

  •   5 2 Reviews

near Alfaiates, Guarda (Portugal)

Viewed 648 times, downloaded 22 times

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Itinerary description

O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.


ALBUFEIRA DE ALFAIATES

- Este percurso, adaptado do PR4 SBG - Percurso de Vilares, foi desenhado de forma a permitir percorrer a aldeia de Alfaiates, visitar o respetivo castelo e dar a volta à albufeira de Alfaiates, no seguimento do circuito dos castelos que nos dias anteriores realizei nesta região;
- Mais informação sobre o percurso oficial pode ser consultada AQUI;
- Trilho circular, com marcações parciais (apenas nos troços coincidentes com o PR4). Tem início e fim junto ao Miradouro de Alfaiates (opcional);
- No sentido dos ponteiros do relógio, decorre primeiro pela aldeia de Alfaiates, percorrendo as suas artérias e passando pelos vários pontos de referência deste burgo. Daí, cruzando a EN 233-3, começa-se a descer para o vale, atravessando primeiro a Veiga e depois o Salgueiral, até se chegar à Albufeira de Alfaiates. Continuando pela sua margem, cruza-se a praia fluvial e segue-se ao longo da margem esquerda da ribeira de Alfaiates. Após cruzar esta, junto a um dos moinhos do Janadão, sobe-se até ao Cruzeiro, local de confluência de vários caminhos. Nesse ponto, inverte-se a direção, percorrendo bosques de carvalho-negral até atingir novamente a albufeira. Agora na sua margem direita, contorna-se esta até à Barragem, de onde se volta a acompanhar a ribeira de Alfaiates, cruzando a veiga antes de subir na direção da aldeia. Depois de atravessar novamente a EN 233-3, percorrem-se mais algumas artérias da aldeia de Alfaiates até se chegar ao Miradouro, local onde se iniciou este percurso;
- Ao longo do trajeto existem vários pontos de referência, com especial destaque para a Igreja da Misericórdia, o Pelourinho, a Igreja Matriz e o Castelo de Alfaiates. Destaque também para as panorâmicas sobre a Albufeira, as sepulturas antropomórficas de Prados Logrados, a praia fluvial de Alfaiates, os moinhos de Janadão, os bosques de carvalho-negral e a veiga de Alfaiates;
- As várias panorâmicas sobre a Albufeira de Alfaiates são um grande atrativo deste percurso. Assim como a significativa mancha florestal de carvalho-negral;
- A aldeia de Alfaiates é um pequeno burgo muito interessante, com vários pontos de interesse histórico, e cujos habitantes são de uma simpatia exemplar. Tem também uma ótima oferta de alojamentos locais;
- A albufeira de Alfaiates, com a sua praia fluvial, é um dos grandes atrativos desta zona. A praia está muito bem equipada, tem vigilância e várias estruturas de apoio. É, sem dúvida, um excelente convite ao lazer e descanso nos dias quentes de verão;
- Misto de caminhos de terra, caminhos rurais, estradões florestais e ruas calcetadas;
- Percurso acessível e com características fáceis, sem declives acentuados, e que não exige especial capacidade física. No entanto, se chover, grande parte do caminho ficará fortemente enlameado;
- No seu todo é um percurso muito interessante. A aldeia de Alfaiates merece uma atenta visita. E a sua albufeira é um oásis refrescante. Este percurso será, com certeza, uma boa surpresa para quem o percorra!


RUA DIREITA DE ALFAIATES (PORMENOR DO PERCURSO)

Outros percursos realizados nesta região:
PR1 SBG - Meandros do Côa e centro histórico do Sabugal
Da Malcata ao Alto da Machoca


VEIGA DE SOITO (PORMENOR DO PERCURSO)

- PR4 SBG PERCURSO DE VILARES
A pequena rota tem início na Avenida de São Cristóvão, Soito, no jardim junto ao posto médico. Atravessa a vila por esta avenida que é o seu eixo principal, antes de rumar a sul, entrando nos campos agrícolas. Trata-se de uma das mais importantes áreas rurais do concelho, com parcelas de média dimensão ocupadas sobretudo com culturas de sequeiro, mas também com soutos e pastagens, sendo a criação de gado bovino uma atividade muito importante na região. Atravessamos a Ribeira de Alfaiates, próximo do Santuário da Sra. da Granja, numa área mais florestal, com carvalhos de grande porte. Depois, o percurso passa pelos “Vilares”, área de belos campos agrícolas, desde sempre disputada entre Soito e Alfaiates. Aproximamo-nos da albufeira de Alfaiates, por uma vereda estreita. Nas suas margens podemos observar a avifauna existente. Antes de chegarmos a Alfaiates, passamos pela sua bela veiga, que usufrui do projeto de regadio da barragem de Alfaiates. A subida para o centro desta vila, rica em património histórico faz-se por um caminho antigo e depois pela Rua Direita, passando pela Igreja da Misericórdia, Pelourinho e terminando no Castelo.
- Âmbito do percurso: Paisagístico e ambiental
- Localização do percurso: Freguesias de Soito e Alfaiates
- Ponto de partida: Avenida de São Cristóvão (Lameiros), Soito
- Ponto de chegada: Praça Brás Garcia de Mascarenhas, Alfaiates
- Duração do percurso: 04h40
- Distância percorrida: 15,9 km
- Grau de dificuldade: III-Algo Difícil
- Altimetria: +920m / -780m


RUA DIREITA DE ALFAIATES (PORMENOR DO PERCURSO)

- ALFAIATES
A origem da povoação não é conhecida com segurança. Encontraram-se vestígios proto-históricos, mas o seu nome deve ser de origem árabe (possivelmente do termo Al-haet – muro, parede ou cerca). Fez parte do reino leonês até finais do século XIII. Entre 1209 e 1226, foi elevada a vila e recebeu foral do rei de Leão.
Com a conquista da região, por D. Dinis, e a assinatura do Tratado de Alcanizes, em 1297, passou a fazer parte do reino português. Com a fronteira mais distante, a importância militar desta vila foi-se reduzindo. Apesar disso, as guerras da Restauração voltaram a trazer a destruição a Alfaiates. O seu capitão, Brás Garcia de Mascarenhas, desempenhou um papel fundamental na defesa desta região e nas obras de remodelação da Praça-forte, dando–lhe a configuração atual.
Durante as invasões francesas, em 1811, o castelo desempenhou um papel importante na defesa da zona fronteiriça.
Alfaiates ocupa um promontório relativamente plano, que foi totalmente muralhado. O crescimento da povoação levou ao progressivo desaparecimento das muralhas existentes, pela reutilização da pedra na construção, ou mesmo pela integração de parte delas em paredes de casas, pelo que hoje são pouco visíveis. Subsiste o castelo, com as suas duas torres e dupla cintura de muralhas quadradas. Prevê-se, para breve, a instalação de um miradouro no topo da torre de menagem, o que proporcionará amplo panorama sobre as terras envolventes.
No largo fronteiro à entrada do castelo, dotado ainda dos tradicionais alpendres para realização do mercado, encontra-se o busto de Brás Garcia de Mascarenhas, chefe militar que garantiu a defesa da zona durante a restauração.
A rua Direita atravessa a aldeia, passando pelo Solar dos Camejos, pelas traseiras da igreja matriz e conduzindo à Praça Rainha Santa Isabel, onde se encontra a igreja da Misericórdia (românica), o pelourinho e a antiga casa da Câmara.
Nas proximidades (estrada para Aldeia da Ponte), localiza-se a igreja de Sacaparte, antigo centro de peregrinação de importância regional, com alguma talha dourada e um importante fresco na parede por trás do altar-mor. Junto ao recinto, estão as ruínas do antigo convento.


VEIGA DE ALFAIATES (PORMENOR DO PERCURSO)

- BEIRA INTERIOR (ALTA E BAIXA)
A Beira Interior é uma das regiões incluídas na proposta de sete regiões para a Regionalização de Portugal. De modo informal, é desde há muito uma designação habitual para a parte interior das Beiras, ao ponto de ter sido empregue no nome oficial de uma universidade pública portuguesa sediada na cidade da Covilhã, a Universidade da Beira Interior. Resulta da moderna união da antiga província da Beira Baixa, com a Beira Trasmontana (parte da antiga província da Beira Alta correspondente, grosso modo, ao distrito da Guarda (excetuando o concelho de Vila Nova de Foz Côa pertencente à antiga província de Trás-os-Montes e Alto Douro).

A Beira Alta é uma província histórica (ou região natural) situada na região do Centro de Portugal. Foi criada, em 1832, por subdivisão da antiga província da Beira, passando a ser constituída pelas comarcas de Viseu, Lamego e Trancoso. A província dispunha de um representante do governo central - o prefeito - e de um órgão eleito localmente - a junta geral de província. Nas comarcas que não eram sede de província, existiam subprefeitos, que representavam o prefeito. A sua capital é Viseu.
Pela reforma administrativa de 1835, o país, passou a ser dividido em distritos. A Província da Beira Alta manteve-se, mas apenas como unidade estatística e de referência regional. Os seus limites correspondiam aos do distrito de Viseu.
A Província da Beira Alta foi restaurada, como unidade administrativa, em 1936, agora incluindo, além do distrito de Viseu, o distrito da Guarda. Esta nova divisão em províncias baseou-se numa estudo geográfico que dividia, Portugal Continental, em 13 "regiões naturais", entre as quais, a Beira Alta e a Beira Transmontana. A nova província da Beira Alta foi criada pela reunião daquelas duas regiões naturais, embora para a maioria dos geógrafos, esta união artificial se tratasse de um erro crasso. A reacção das populações da Beira Transmontana (que englobava todo o distrito da Guarda excepto o concelho de Vila Nova de Foz Côa) não se fez esperar, tendo estas inclusive produzido e enviado um abaixo-assinado com mais de 50 mil assinaturas, em pleno Estado Novo, ao próprio António Oliveira Salazar, reivindicando a criação de uma província diferente da Beira Alta, a que chamavam Beira Serra. As províncias de 1936 praticamente nunca tiveram qualquer atribuição prática, e desapareceram do vocabulário administrativo (mas não do vocabulário quotidiano dos portugueses) com a entrada em vigor da Constituição de 1976. Atualmente é uma das 11 províncias históricas de Portugal. O seu território encontra-se repartido pelas regiões Norte e Centro, pertencendo a parte da sub-região do Douro e à totalidade das sub-regiões das Beiras e Serra da Estrela (antiga Beira Interior Norte), Viseu Dão-Lafões, bem como ainda uma pequena parte da CIM Região de Coimbra, em tempos subdividida na região do Pinhal Interior Norte.

A Beira Baixa é uma província histórica (ou região natural) situada na região do Centro de Portugal, originalmente criada no século XIX a partir de parte do território da anterior Província da Beira. A Beira Baixa abrange as sub-regiões da Beira Interior Sul e da Beira Interior Norte, da Cova da Beira e parcialmente do Pinhal Interior Sul e Pinhal Interior Norte, englobando grande parte do Distrito de Castelo Branco. Na reforma administrativa de 1936 foi novamente criada uma divisão chamada Província da Beira Baixa. Esta nova província abrange agora só a parte interior sul da antiga Província da Beira, ou seja, aproximadamente o actual Distrito de Castelo Branco. No entanto, as províncias de 1936 praticamente nunca tiveram qualquer atribuição mas são utilizadas diariamente no quotidiano dos portugueses e compreendem uma província histórica de Portugal.
Para alguns geógrafos, esta província, em conjunto com a Beira Transmontana, formava uma unidade geográfica maior: a Beira Interior.


CAMINHO POR BOSQUE DE CARVALHO-NEGRAL

Waypoints

PictographLake Altitude 2,620 ft
Photo ofAlbufeira de Alfaiates Photo ofAlbufeira de Alfaiates Photo ofAlbufeira de Alfaiates

Albufeira de Alfaiates

A albufeira de Alfaiates, situada a sul da aldeia com o mesmo nome, resulta do represamento da ribeira de Alfaiates, encontrando-se em funcionamento desde 1999. Alojada num vale de vertentes suaves, apresentando uma superfície inundável à cota máxima de 22 ha. Esta albufeira constitui um dos melhores locais da região para observar aves aquáticas. De entre as espécies presentes salientam-se o mergulhão-de-crista, a garça-cinzenta, o pato-real e o maçarico-das-rochas. Adicionalmente, nas zonas envolventes também é possível encontrar um bom leque de aves de terrestres, desde as grandes aves planadoras, como o grifo, a águia-cobreira e o milhafre-real, aos passeriformes, de que são exemplo a felosa de Bonelli, o papa-figos e a pega-azul.

PictographLake Altitude 2,634 ft
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Albufeira de Alfaiates

A albufeira de Alfaiates, situada a sul da aldeia com o mesmo nome, resulta do represamento da ribeira de Alfaiates, encontrando-se em funcionamento desde 1999. Alojada num vale de vertentes suaves, apresentando uma superfície inundável à cota máxima de 22 ha. Esta albufeira constitui um dos melhores locais da região para observar aves aquáticas. De entre as espécies presentes salientam-se o mergulhão-de-crista, a garça-cinzenta, o pato-real e o maçarico-das-rochas. Adicionalmente, nas zonas envolventes também é possível encontrar um bom leque de aves de terrestres, desde as grandes aves planadoras, como o grifo, a águia-cobreira e o milhafre-real, aos passeriformes, de que são exemplo a felosa de Bonelli, o papa-figos e a pega-azul.

PictographWaypoint Altitude 2,636 ft
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Barragem de Alfaiates

A barragem de Alfaiates localiza-se no concelho de Sabugal, distrito de Guarda, Portugal. Foi projectada em 1992 e entrou em funcionamento em 1999. É uma barragem de aterro (terra zonada). A albufeira da barragem apresenta uma superfície inundável ao NPA (Nível Pleno de Armazenamento) de 0,22 km².

PictographTree Altitude 2,729 ft
Photo ofCarvalhal (carvalho-negral) Photo ofCarvalhal (carvalho-negral) Photo ofCarvalhal (carvalho-negral)

Carvalhal (carvalho-negral)

Da família Fagaceae, o carvalho-negral é uma árvore de folha caduca que pode alcançar 25m de altura. O seu tronco é direito com casca cinzenta, baça e gretada em placas. A copa é arredondada. As folhas são simples, alternas, fendidas em lóbulos profundos e irregulares, variando muito quanto ao recorte e dimensão. A página inferior da folha é felpuda, assim como o seu pecíolo. A floração ocorre entre abril e junho. As flores masculinas são as mais evidentes, amarelas e agrupadas em ametilhos compridos, pendentes. As flores femininas são esverdeadas e muito discretas, surgindo separadamente no mesmo pé. Os frutos são bolotas com uma cúpula com escamas curtas. Amadurecem entre outubro e novembro.É uma árvore originária da Península Ibérica, Oeste e Sudoeste da França e Norte de Itália. Pertence à associação Carvalhal da zona continental, seca e fria. Em Portugal é muito abundante no norte e centro, sendo comum nos cumes das serras, encostas e planaltos, predominando nos solos graníticos e de xistos. Suporta muito bem o frio, a neve e as geadas, bem como períodos secos, e chuva intensa.

PictographTree Altitude 2,669 ft
Photo ofCarvalhal (carvalho-negral) Photo ofCarvalhal (carvalho-negral) Photo ofCarvalhal (carvalho-negral)

Carvalhal (carvalho-negral)

PictographCastle Altitude 2,743 ft
Photo ofCastelo de Alfaiates Photo ofCastelo de Alfaiates Photo ofCastelo de Alfaiates

Castelo de Alfaiates

Alfaiates é um dos locais obrigatórios nos percursos da Terra de Riba-Côa, região constantemente disputada pelos primeiros monarcas portugueses aos seus congéneres leoneses. A primeira fortaleza da vila é, mesmo, de origem leonesa e dataria do século XII, ou já XIII, assumindo, então, a designação de "Castillo de la Luna". Dela, infelizmente, nenhum vestígio material chegou aos nossos dias; sabemos apenas que se situava no meio da vila, junto à actual Igreja da Misericórdia (como nos indicou Brás Garcia de Mascarenhas, séculos mais tarde), zona elevada e mais propícia à construção de um castelo medieval. Seria, com certeza, uma fortaleza pouco mais que rudimentar, eventualmente composta por uma torre dominante e um amuralhamento incipiente, de carácter proto-românico, mais ajustado a uma função de vigia e de refúgio da população circundante. A passagem das terras de Riba-Côa para a posse portuguesa, formalmente consumada no Tratado de Alcanices de 1297, terá determinado uma reforma do castelo. A tradição local ainda atribui a D. Dinis a sua fundação, mas a verdade é que, também dessa eventual estrutura, nada sabemos. Com grande probabilidade, as obras então patrocinadas tiveram como objectivo a reforma do velho castelo leonês, dotando-o de um eficaz sistema de muralhas e, quem sabe, de outra configuração da provável torre de menagem. Em todo o caso, terá sido uma campanha pontual, não muito onerosa e relativamente modesta, uma vez que, dois séculos depois, a fortaleza foi objecto de uma radical reformulação. Com efeito, no reinado de D. Manuel, o sistema militar de Alfaiates foi completamente alterado. Este monarca tentou revitalizar a povoação, conferindo-lhe sucessivos privilégios e aí instituindo um couto de homiziados. Paralelamente, mandou edificar um castelo de raiz, como se depreende de um diploma de 1510: "mandemos fazer forteleza na dicta vila de Alfaiates". O projecto então levado a cabo foi um dos mais importantes da Beira Interior no período manuelino. As obras decorreram com relativa lentidão, uma vez que, ainda em 1525, Diogo de Arruda visitava o castelo para vistoriar o andamento dos trabalhos. O local escolhido rompeu com a tradição de arquitectura militar local, na medida em que, em vez de reocupar e actualizar o velho castelo do centro da vila, preferiu um local ermo, a algumas dezenas de metros da localidade. Nestas condições, construiu-se um castelo moderno, inteiramente virado para a guerra de artilharia. A sua planta é característica dos inícios do século XVI, "com forma geométrica de um quadrilátero com torre quadrangular no vértice fronteiro à vila". Por outro lado, a fortaleza foi "rodeada de um muro de aparelho irregular" que integrava "torreões circulares em três ângulos". Produto do racionalismo dos alvores da modernidade, o castelo de dupla muralha de Alfaiates não pode deixar de ser associado à propaganda régia manuelina, que dotou alguns dos mais importantes locais do reino com as suas marcas estéticas e simbólicas. A entrada principal, em corpo saliente da linha de muralhas, integra esses emblemas manuelinos, numa composição escultórica que encima a entrada e que se compõe de uma coroa régia ao centro, ladeada por duas esferas armilares e duas cruzes da Ordem de Cristo. A última campanha edificadora do conjunto militar teve lugar no século XVII. Nessa altura, o castelo manuelino era dos mais eficazes de toda a Beira Interior, e decidiu-se, então, complementar este dispositivo com umas novas muralhas, integrando baluartes e cortinas verticais, que assegurassem a defesa da vila. No entanto, este grande projecto nunca chegou a ser concluído, fruto do crescente abandono da localidade ou, mais propriamente, da mudança dinástica, que conferiu à Península um governo único. Nas guerras napoleónicas, Alfaiates desempenhou ainda um papel importante, mas a extinção do concelho e o crescente despovoamento determinaram o abandono do castelo.

PictographReligious site Altitude 2,819 ft
Photo ofCruzeiro Photo ofCruzeiro

Cruzeiro

PictographReligious site Altitude 2,727 ft
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Igreja da Misericórdia

Originalmente dedicada a São Sebastião e matriz da freguesia, nos séculos XIII e XIV, foi palco, em 26 de Março de 1328, do casamento entre a Infanta D. Maria de Portugal (filha de D. Afonso IV) e de D. Afonso XI de Castela. A partir do século XVI tornou-se comenda da Ordem de Cristo e mais tarde Reitoria, com apresentação do Bispo. A ligação à Misericórdia é mais recente, uma vez que a instituição desta confraria em Alfaiates remonta, muito possivelmente, ao século XVII. Trata-se de uma igreja da transição do românico para o gótico, datável dos séculos XIII/XIV, que se desenvolve em planta longitudinal, com nave única e capela-mor, mais baixa e estreita. A fachada principal, de remate em empena, é marcada pela abertura do portal, com três arquivoltas em arco de volta perfeita onde sobressaem as impostas decoradas por enxequetados. É sobrepujado por rosácea polilobada flanqueada por duas portas de verga recta, com varanda, que deveriam funcionar como uma espécie de púlpitos e que foram, certamente, abertas mais tarde. Do lado esquerdo, um passo da Paixão de Cristo. A sineira ergue-se do lado direito, no prolongamento do alçado principal. As restantes fachadas caracterizam-se pela diferença de tratamento dos volumes correspondentes à nave e à capela-mor, e ainda ao primeiro terço da nave correspondente ao coro. Este último, apresenta aparelho regular, enquanto os restantes dois terços, num plano mais recuado, são percorridos por cornija assente sobre cachorrada de motivos fitomórficos, zoomórficos e antropomórficos, tal como a cabeceira. Na verdade, a zona do coro parece resultar de uma ampliação posterior, mas nada mais, além da observação directa, corrobora esta possibilidade. No interior, com arco triunfal em ogiva, merece especial destaque um fragmento de pintura a fresco alusiva a Cristo Crucificado, e o retábulo-mor e colaterais, de talha dourada e policromada de forte influência neoclássica.

PictographReligious site Altitude 2,730 ft
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Igreja Matriz de Alfaiates

Monumento do século XVII cuja fachada possui a insígnia da Companhia de Jesus bem como decoração vegetalista. Na torre do sino contam-se sete ventanas. No interior são notórios a capela-mor com tecto pintado em caixotões, o altar-mor barroco, dourado e com colunas salomónicas, e o púlpito. Este tem carácter renascentista e assenta sobre uma coluna estriada, acabando em capitel decorado com cabeças de anjo. Dos objectos litúrgicos distinguem-se uma cruz de prata do século XVII, uma custódia e um cálice, também de prata, do século XVIII.

PictographWaypoint Altitude 2,714 ft
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Lavadouro da Fonte de Cima

PictographPanorama Altitude 2,711 ft
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Miradouro de Alfaiates

PictographRuins Altitude 2,657 ft
Photo ofMoinho nº1 do Janadão Photo ofMoinho nº1 do Janadão Photo ofMoinho nº1 do Janadão

Moinho nº1 do Janadão

Nos anos 30 e 40 do século XX, existiam sete moinhos a funcionar para moer o trigo e centeio para as pessoas poderem ter farinha para fabricar o pão. Atualmente existem apenas dois, estando um ainda em ruínas.

PictographWaypoint Altitude 2,661 ft
Photo ofMoinho nº2 do Janadão Photo ofMoinho nº2 do Janadão Photo ofMoinho nº2 do Janadão

Moinho nº2 do Janadão

PictographPanorama Altitude 2,677 ft
Photo ofPanorâmica da Albufeira de Alfaiates Photo ofPanorâmica da Albufeira de Alfaiates

Panorâmica da Albufeira de Alfaiates

PictographMonument Altitude 2,730 ft
Photo ofPelourinho de Alfaiates Photo ofPelourinho de Alfaiates Photo ofPelourinho de Alfaiates

Pelourinho de Alfaiates

A criação do antigo concelho de Alfaiates, hoje freguesia do Sabugal, data das primeiras iniciativas de estruturação destes territórios pós-reconquista, no século XIII. Tal como as vizinhas localidades de Sabugal e Vilar Maior, Alfaiates pertencia então ao Reino de Leão, tendo recebido Carta de Foros e Costumes das mãos de D. Afonso X de Leão, em c. 1230. No documento, o topónimo utilizado é Castilho de La Luna, ou Castelo da Lua. Supões-se que a povoação, doravante designada como Alfaiates, terá sido primeiramente integrada em território português a partir de 1282, fazendo parte do dote da Rainha D. Isabel. Mas a incorporação definitiva das terras de Riba-Coa deu-se em 1297, na sequência do Tratado de Alcanizes, assinado entre D. Dinis e D. Fernando IV, sendo este o ano da outorga do primeiro foral à vila. No reinado de D. Manuel, em 1515, Alfaiates recebe foral novo. O seu pelourinho, levantado num largo central da freguesia, diante da antiga Casa da Câmara, parece datar dos anos seguintes ao foral manuelino. Sobre uma plataforma quadrada, de nivelação do terreno, ergue-se um soco de cinco degraus circulares, de pedra aparelhada e desgastada, dos quais o último serve de base à coluna, lisa e de secção circular, que aí assenta directamente. O capitel resume-se a um anelete liso, circular, quase no topo do fuste, que define um colarinho sobre o qual se apoia o remate. Este é constituído por uma moldura circular de onde se projectam quatro braços em cruz, semelhantes a gárgulas, com a configuração de topos de garrafa (cones bojudos rematados por um "gargalo"). Ao centro ergue-se uma outra peça semelhante, de maiores dimensões, encimada por um cata-vento em ferro forjado. Ressalve-se ainda a existência de vestígios de argolas de sujeição no fuste. Este pelourinho é bastante semelhante ao de Vila do Touro, no mesmo concelho.

PictographBridge Altitude 2,664 ft
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Ponte sobre Ribeira de Alfaiates

PictographBridge Altitude 2,573 ft
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Ponte sobre Ribeira de Alfaiates

PictographBeach Altitude 2,662 ft
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Praia Fluvial de Alfaiates

A Praia Fluvial da Albufeira de Alfaiates foi inaugurada em 2017, depois de se concluir que além das funções de regadio e de pesca iniciais, aquele seria também um excelente local de banhos. As águas da barragem, alimentadas pela ribeira de Alfaiates que desagua no rio Côa, criam um vasto e tranquilo lençol de água rodeado de suaves encostas arborizadas. A praia dispõe de sanitários, incluindo para pessoas com mobilidade reduzida, parque de estacionamento, parque de merendas e churrasqueiras, zona de esplanada e areal. No bar de apoio explorado pela freguesia há petiscos e hambúrgueres. Conta com socorristas e posto de primeiros socorros e a diversão na água não é exclusiva aos banhos, mas ao conjunto de insufláveis e ao aluguer de canoas. A estrutura conta com um pequeno parque infantil, campo de futebol e zona para jogo da petanca e a praia é ponto de encontro não apenas de amigos e famílias, como ainda de banhistas espanhóis, já que a fronteira fica a apenas 25 minutos.

PictographRiver Altitude 2,589 ft
Photo ofRibeira de Alfaiates Photo ofRibeira de Alfaiates Photo ofRibeira de Alfaiates

Ribeira de Alfaiates

PictographWaypoint Altitude 2,595 ft
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Salgueiral

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Sepultura Antropomórfica nº1 de Prados Logrados

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Sepultura Antropomórfica nº2 de Prados Logrados

PictographWaypoint Altitude 2,582 ft
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Veiga de Alfaiates

Comments  (4)

  • Photo of _BIO_RAIA_
    _BIO_RAIA_ Dec 6, 2021

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    Trilho muito agradável numa região muito bonita. Para voltar, sem dúvida.

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Dec 6, 2021

    Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho.
    A Beira Interior é uma região, de facto, que vale mesmo a pena conhecer.
    Continuação de boas caminhadas!!

  • Photo of Aiguille du Midi
    Aiguille du Midi Dec 14, 2021

    I have followed this trail  View more

    Trilho muito bonito e bem agradável, numa paisagem ímpar. A Beira Interior é linda!!

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Dec 14, 2021

    Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho. Foi uma bela caminhada! Abraço.

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