Caminho Português pela Costa. Da Sé Catedral do Porto até Santiago de Compostela em 5 etapas
near Porto, Porto (Portugal)
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Caminho Português pela Costa
Da Sé Catedral do Porto até Santiago de Compostela em 5 etapas
Etapa 1 Porto - Esposende
Saída da Sé Catedral do Porto. Descida pela rua Mousinho da Silveira e passagem pela Ribeira do Porto. Seguimos pela Marginal do rio Douro em ciclovia até a Foz do mesmo. Continuamos por ciclovia pela beira-mar passando pelas praias do Porto e Matosinhos.
A ponte elevatória de Leixões estava em pelo que tivemos que dar uma volta para passar pela ponte de Leça.
Continuamos à beira-mar até Angeiras e passamos a ponte em madeira do Rio Onda que estabelece a fronteira entre os municípios de Matosinhos e de Vila do Conde.
Daqui até Mindelo alternamos entre estrada calcetada e passeio à beira-mar.
Em Mindelo infletimos para o interior, passamos através do pinheiral da Reserva Ornitóloga de Vila do Conde por caminhos que servem de percursos pedestres da Zona. São caminhos em terra batida, uns mais estreitos, outros mais largos, mas acessíveis a qualquer bicicleta (do tipo cicloturismo). Em Azurara continuamos por estrada calcetada, adiante entramos na EN 13 e atravessamos a Ponte do Rio Ave. No primeiro cruzamento em Vila do Conde viramos a esquerda em direção ao mar. Aqui pedalamos pela ciclovia inserida no passeio marginal, passando pelas Caxinas, Póvoa e continuando ate Aver-o-mar, mais especificamente até à Praia do Quião, altura em que viramos para o interior.
Entre Aver-o-Mar e Ofir fomos alternando entre ciclovias e estradas calcetadas secundárias de acesso às propriedades agrícolas e fomos visitando as praias de Sto André (hotel), praias da Aguçadoura e Apúlia.
300 metros antes de chegar à rotunda central da praia de Ofir viramos à direita, em direção à EN 13.
Entramos na estrada principal e logo asseguir passamos a ponte de Fão sobre o rio Cávado. Andamos mais 400 metros na EN 13 e na rotunda viramos a esquerda. Estamos à entrada da cidade de Esposende e seguimos a marginal do Cávado durante 3Km até atingir a foz do rio, ponto final da 1ª etapa.
Etapa 2
Esposende a A Guarda
Parte do percurso desta etapa é efetuada pela Ecovia do Litoral Norte. Esta Ecovia está construída em piso de betão, em terra batida ou ainda em passadiços de madeira. Nalgumas zonas está construída ao lado da estrada, noutras sobre passeios marginais (marítimos e fluviais); pode usar caminhos antigos ou ser construída de novo. A sua construção está mais adiantada entre Viana do Castelo e Caminha (60 a 70% do caminho) do que entre Esposende e Viana (apenas 20 a 30%)
Também, de salientar que entre Esposende e Viana, cerca de 50% do caminho é efetuada por estrada nacional (EN 13 e EN 13-3); mas no troço entre Viana e Caminha nunca pisamos a EN.
Apreciamos sobretudo o troço entre Viana e Caminha, percurso de elevado valor paisagístico, cultural histórico e humano.
Esta nossa 2ª etapa teve início em na Avenida Marginal de Esposende (Avenida Engenheiro Eduardo Arantes e Oliveira), junto às Piscinas Foz do Cávado e ao Posto de Turismo. Seguimos pela avenida, passamos junto ao Forte e Farol de Esposende, situados ao lado da Foz do Rio Cávado e continuamos pela Avenida dos Banhos. Ao surgir a zona das praias (praia Suave Mar) continuamos em frente pela Ecovia Litoral Norte que adiante passa ao lado da praia de Cepães e termina ao chegar à praia de Rio de Moinhos. Aí viramos para o interior por estrada calcetada até à EN 13
Mantivemo-nos na EN 13 até chegar à localidade de Santo Amaro, na qual viramos à esquerda pela rua da Pança, em estrada calcetada; adiante viramos a direita por caminho em terra batida.
Ao chegar à Rua Foz do Neiva viramos a direita e voltamos a entrar na Ecovia. Passamos uma bela ponte sobre o rio Neiva. Continuamos pela Ecovia e passamos junto à Foz do Neiva, local de belas paisagens e que merece bem o desvio da EN 13.
Continuamos pela Ecovia e mantivemos junto à costa até chegar à praia do Castelo do Neiva.
Em Castelo do Neiva continuamos por caminhos rurais em terra batida, parte deles em mau estado, estreitos, sofrendo o risco de se fechar pela vegetação dentro de alguns anos se não houver trânsito pelos mesmos. Antes de chegar à Amorosa, viramos à direita em direção à EN 13-3. Aconselhamos que em Castelo do Neiva se dirija de imediato em direção à EN 13-3, estrada que nos leva até à ponte sobre o rio Lima.
Depois da ponte viramos à esquerda e mantivemo-nos sempre junto do rio Lima no passeio marginal até à praia norte, onde entramos novamente na Ecovia do Litoral Norte. Aqui podemos apreciar belos cenários com o mar a nossa esquerda campos cultivados a nossa direita e mais à direita o monte de Santa Luzia. Passamos por vários Fortes e Moinhos de Vento. Em Montedor temos uma pequena subida, com o Farol à nossa direita.
A Ecovia termina na praia de Arda, onde temos que virar à direita por estrada calcetada secundária. O trilho em frente, em terra batida é próprio para caminhantes mas não para bicicletas, porque a travessia do rio Cabanas é feita por umas pedras, e nesse caso a bicicleta teria que ir pela água.
Em Afife entramos nos passadiços de madeira que os percorremos durante 300 ou 400 metros para depois continuar numa estrada asfaltada seguida por um caminho em terra batida / pé posto irregular por 1200 ou 1300 metros. Este troço não pode ser feito por bicicletas de estrada. Apos passar o Forte do Cão, e no final de um estacionamento automóvel, temos duas possibilidades:
1 - poderemos seguir em frente pelo passadiço, mas iremos deparar com dois obstáculos: existe muita areia no passadiço que nos obriga a progredir a pé e levar a bicicleta à mão e posteriormente um troço com longa escadaria.
2 - O troço aconselhado (e feito por nós) deve ser feito por caminho em terra batida à direita, como poderão observar no trilho publicado. É necessário avisar que uma parte do trilho é pouco pisado e corre o risco de ser fechado pela vegetação dentro de alguns anos.
De volta à ecovia, vamos continuar ao lado do rio Ancora e atravessa-lo numa ponte de granito. Continuamos em passadiço até chegar à marginal de Vila Praia de Âncora, que possui um belo e bem conservado Forte. Passamos pela praia de Moledo e continuamos através da mata do Camarido.
Chegamos ao Rio Minho, perto da Foz e utilizamos um dos barcos disponíveis para a travessia para Espanha (tel. 913254110, 967094630 e 931636360). Confirmamos que o Ferry-boat está parado por assoreamento do rio.
Chegados a Espanha, continuamos por passadiços e ciclovias até ao porto de pesca de A Guarda, que correspondeu ao final da 2ª etapa.
Etapa 3
A Guarda a Vigo
Esta 3ª etapa dos Caminhos de Santiago desenrolou-se entre A Guarda e Vigo.
A passagem por Vigo é aquela que pode ocasionar mais dúvidas em todo o Caminho
Não há um consenso de qual o caminho oficial para Santiago depois de Baiona.
Falamos nalguns pontos de informação de turismo e parece-nos consensual que o caminho de Baiona segue até Nigran e a partir daqui existe menos consenso: uns dizem que o caminho vira logo para o interior e passa a sul de Vigo outros dizem que continua junto à costa. A passagem por Vigo ainda é menos consensual. Aconselharam-nos a passar pela praia de Samil e continuarmos sempre junto à costa e passar perto do Porto de Vigo.
Esta etapa teve início exatamente no Porto de A Guarda. Daqui, continuamos por ecovia durante algumas centenas de metros para logo adiante entrarmos na Estrada PO 552,
Ao Km 6,8 do nosso percurso viramos à esquerda conforme placa indicativa dos caminhos de Santiago e entramos num caminho de terra batida durante 2 Km, voltando a entrar novamente na EN para voltar a encontrar nova placa indicativa dos caminhos após 1200 metros. Este segundo desvio é pouco aconselhado porque o piso encontre-se em mau estado. Pouco depois temos nove saída da estrada principal e esta vale a pena seguir o desvio pois passa pelo centro do povoado de Oiã que possui um belo Mosteiro mesmo junto à praia.
Ao km 21 existe novo desvio à esquerda para o Caminho de Santiago mas não compensa entrar no desvio, pois o troço está em mau estado e anda aos “S”, dando mesmo uma volta para trás. Daqui até Baiona o caminho é efetuado sempre em ecovia junto à estrada principal.
Baiona possui um Castelo imponente e fizemos um pequeno desvio para uma breve visita. Pouco após o Castelo entramos no Passeio Marítimo e em frente desenvolve-se a famosa Marina de Baiona; este encuadramento torna a cidade muito atrativa. O local torna-se difícil de igualar se adicionarmos as soberbas paisagens a 360º: a Sul, a costa que acabamos de admirar, a leste, a ria de Baiona, a Norte, a ria de Vigo e a oeste as ilhas Cies.
Continuamos em direção leste e nordeste, passamos pelo rio Minor e sua bela baia e posteriormente pela zona pantanosa. Mantivemo-nos junto à costa mais algumas centenas de metros, virando de seguida para o interior em direção a NIgran. Aqui, viramos à esquerda, novamente em direção à costa; passamos pelo porto de Panxon e por várias praias, entre as quais a praia de patos, no nosso entender, a mais bonita da zona.
Nesta zona é impossível mantermos sempre junto à costa e voltamos para a estrada PO 552 voltando a observar sinalética da rota dos Caminhos de Santiago. A partir do Km 49 seguimos sempre junto à costa, passamos pela famosa praia de Samil, continuamos para Norte, depois leste, seguimos junto ao porto de Vigo até à Praça da Industria Conserveira, altura em que viramos para o interior pela rua da Coruña, passamos na Praça da Industria, Praça da América, onde entramos na Gran Via até à Praça de Espanha, local onde terminamos a 3ª etapa
Etapa 4
Vigo a Caldas de Reis
Ao contrário das anteriores, que foram efectuadas ao longo da Costa e utilizaram na grande maioria ciclovias e estradas secundárias, esta etapa é feita pelo interior, utilizando quase sempre estradas principais e estradas urbanas. Também, nesta 4ª etapa, o declive positivo acumulado foi de 712 metros, enquanto que nas primeiras foi em média de 355 metros.
Praticamente a totalidade do percurso foi efetuado em Estradas asfaltadas e estradas urbanas.
Esta etapa teve início na Praça de Espanha em Vigo. Tínhamos estudado as varias possibilidades dos itinerários até Redondela e pareceu-nós que o mais direto e mais fácil de orientação seria mantermo-nos perto da beira da Ria de Vigo.
Desde a Praça de Espanha descemos a Gran Via, viramos a direita, dirigimo-nos em direção à Ria. Depois de alguns cruzamentos, continuamos pela Rúa de Sanjurjo Badia, que adiante passa a ter o nome de avenida de Galicia, para depois ser denominada Estrada PO 323, que depois de passar sob a AP9 na ponte de Rande passa a designar-se N 552. Durante mais de 10Km a estrada proporcionou-nos um belo cenário, com a Ria de Vigo do nosso lado esquerdo.
Passamos na periferia de Redondela e entramos na N 550 até Pontevedra.
Passamos no centro de Pontevedra pela Avenida de Vigo, Rua da Peregrina até à Praça da Peregrina, onde se situa o Santuário da Peregrina já em pleno centro pedonal. Depois de uma visita ao local, continuamos a nossa jornada, atravessando o Rio Lerez, rio que umas centenas de metros à frente irá dar início à Ria de Pontevedra.
Mantivemos pela N 550 até Caldas de Reis, pequena vila com várias Igrejas medievais para visitar, entre as quais, a Igreja de Santo Tomás
Terminamos a 4ª etapa, precisamente nesta pequena vila de Caldas de Rei
Etapa 5
Caldas de Reis a Santiago de Compostela
A quinta etapa tem início em Caldas de Reis e final em Santiago de Compostela, na Praça de Obradoiro, concluindo desta forma o Caminho de Santiago pela variante Portuguesa pela Costa.
Começamos a pedalar em frente ao Café Universal e antes de entrar na N 550 fizemos Um pequeno desvio para visita da Igreja de Santo Tomás.
Um pouco antes de chegar a meio do caminho passamos por Pontecerusa que tem uma bela Ponte Romana sobre o rio Ulla e 2 ou 3 Km adiante, temos a paragem obrigatória em Padron, onde podemos visitar a Igreja de Santiago, a Fonte e o Convento do Carmo e outros locais religiosos e culturais.
Na Igreja de Santiago podemos observar o “el pedron” um enorme bloco de granito esculpido. O “el pedron” É um altar de origem romana dedicado a Netuno, deus das águas. O cristianismo reinterpretou-o como um símbolo jacobino. Reza a lenda que ali estava ancorado o barco que transportava os restos mortais do apóstolo Santiago, da Palestina até a costa galega. acompanhado por seus discípulos Teodoro e Atanásio. O “el pedron” tornou-se um importante símbolo jacobino e terá dado origem ao nome do Povoado de Padron.
Continuamos pela N 550.
Ao Km 27,65 seguimos o Caminho de Santiago por trilho em terra batida durante 1600 metros e voltamos entrar na N 550. Mais adiante, por volta do Km 34,7 a N 550 adquire perfil de auto-via, passando a designar-se como SC 20. Desta vez fomos obrigados a continuar pelo Caminho oficial, que possui troços não adequados a bicicletas de estrada. Mais adiante continuamos por estradas urbanas até chegar à Praça Obradoiro e à tão esperada e imponente Catedral de Santiago de Compostela, terminando assim a nossa jornada.
Da Sé Catedral do Porto até Santiago de Compostela em 5 etapas
Etapa 1 Porto - Esposende
Saída da Sé Catedral do Porto. Descida pela rua Mousinho da Silveira e passagem pela Ribeira do Porto. Seguimos pela Marginal do rio Douro em ciclovia até a Foz do mesmo. Continuamos por ciclovia pela beira-mar passando pelas praias do Porto e Matosinhos.
A ponte elevatória de Leixões estava em pelo que tivemos que dar uma volta para passar pela ponte de Leça.
Continuamos à beira-mar até Angeiras e passamos a ponte em madeira do Rio Onda que estabelece a fronteira entre os municípios de Matosinhos e de Vila do Conde.
Daqui até Mindelo alternamos entre estrada calcetada e passeio à beira-mar.
Em Mindelo infletimos para o interior, passamos através do pinheiral da Reserva Ornitóloga de Vila do Conde por caminhos que servem de percursos pedestres da Zona. São caminhos em terra batida, uns mais estreitos, outros mais largos, mas acessíveis a qualquer bicicleta (do tipo cicloturismo). Em Azurara continuamos por estrada calcetada, adiante entramos na EN 13 e atravessamos a Ponte do Rio Ave. No primeiro cruzamento em Vila do Conde viramos a esquerda em direção ao mar. Aqui pedalamos pela ciclovia inserida no passeio marginal, passando pelas Caxinas, Póvoa e continuando ate Aver-o-mar, mais especificamente até à Praia do Quião, altura em que viramos para o interior.
Entre Aver-o-Mar e Ofir fomos alternando entre ciclovias e estradas calcetadas secundárias de acesso às propriedades agrícolas e fomos visitando as praias de Sto André (hotel), praias da Aguçadoura e Apúlia.
300 metros antes de chegar à rotunda central da praia de Ofir viramos à direita, em direção à EN 13.
Entramos na estrada principal e logo asseguir passamos a ponte de Fão sobre o rio Cávado. Andamos mais 400 metros na EN 13 e na rotunda viramos a esquerda. Estamos à entrada da cidade de Esposende e seguimos a marginal do Cávado durante 3Km até atingir a foz do rio, ponto final da 1ª etapa.
Etapa 2
Esposende a A Guarda
Parte do percurso desta etapa é efetuada pela Ecovia do Litoral Norte. Esta Ecovia está construída em piso de betão, em terra batida ou ainda em passadiços de madeira. Nalgumas zonas está construída ao lado da estrada, noutras sobre passeios marginais (marítimos e fluviais); pode usar caminhos antigos ou ser construída de novo. A sua construção está mais adiantada entre Viana do Castelo e Caminha (60 a 70% do caminho) do que entre Esposende e Viana (apenas 20 a 30%)
Também, de salientar que entre Esposende e Viana, cerca de 50% do caminho é efetuada por estrada nacional (EN 13 e EN 13-3); mas no troço entre Viana e Caminha nunca pisamos a EN.
Apreciamos sobretudo o troço entre Viana e Caminha, percurso de elevado valor paisagístico, cultural histórico e humano.
Esta nossa 2ª etapa teve início em na Avenida Marginal de Esposende (Avenida Engenheiro Eduardo Arantes e Oliveira), junto às Piscinas Foz do Cávado e ao Posto de Turismo. Seguimos pela avenida, passamos junto ao Forte e Farol de Esposende, situados ao lado da Foz do Rio Cávado e continuamos pela Avenida dos Banhos. Ao surgir a zona das praias (praia Suave Mar) continuamos em frente pela Ecovia Litoral Norte que adiante passa ao lado da praia de Cepães e termina ao chegar à praia de Rio de Moinhos. Aí viramos para o interior por estrada calcetada até à EN 13
Mantivemo-nos na EN 13 até chegar à localidade de Santo Amaro, na qual viramos à esquerda pela rua da Pança, em estrada calcetada; adiante viramos a direita por caminho em terra batida.
Ao chegar à Rua Foz do Neiva viramos a direita e voltamos a entrar na Ecovia. Passamos uma bela ponte sobre o rio Neiva. Continuamos pela Ecovia e passamos junto à Foz do Neiva, local de belas paisagens e que merece bem o desvio da EN 13.
Continuamos pela Ecovia e mantivemos junto à costa até chegar à praia do Castelo do Neiva.
Em Castelo do Neiva continuamos por caminhos rurais em terra batida, parte deles em mau estado, estreitos, sofrendo o risco de se fechar pela vegetação dentro de alguns anos se não houver trânsito pelos mesmos. Antes de chegar à Amorosa, viramos à direita em direção à EN 13-3. Aconselhamos que em Castelo do Neiva se dirija de imediato em direção à EN 13-3, estrada que nos leva até à ponte sobre o rio Lima.
Depois da ponte viramos à esquerda e mantivemo-nos sempre junto do rio Lima no passeio marginal até à praia norte, onde entramos novamente na Ecovia do Litoral Norte. Aqui podemos apreciar belos cenários com o mar a nossa esquerda campos cultivados a nossa direita e mais à direita o monte de Santa Luzia. Passamos por vários Fortes e Moinhos de Vento. Em Montedor temos uma pequena subida, com o Farol à nossa direita.
A Ecovia termina na praia de Arda, onde temos que virar à direita por estrada calcetada secundária. O trilho em frente, em terra batida é próprio para caminhantes mas não para bicicletas, porque a travessia do rio Cabanas é feita por umas pedras, e nesse caso a bicicleta teria que ir pela água.
Em Afife entramos nos passadiços de madeira que os percorremos durante 300 ou 400 metros para depois continuar numa estrada asfaltada seguida por um caminho em terra batida / pé posto irregular por 1200 ou 1300 metros. Este troço não pode ser feito por bicicletas de estrada. Apos passar o Forte do Cão, e no final de um estacionamento automóvel, temos duas possibilidades:
1 - poderemos seguir em frente pelo passadiço, mas iremos deparar com dois obstáculos: existe muita areia no passadiço que nos obriga a progredir a pé e levar a bicicleta à mão e posteriormente um troço com longa escadaria.
2 - O troço aconselhado (e feito por nós) deve ser feito por caminho em terra batida à direita, como poderão observar no trilho publicado. É necessário avisar que uma parte do trilho é pouco pisado e corre o risco de ser fechado pela vegetação dentro de alguns anos.
De volta à ecovia, vamos continuar ao lado do rio Ancora e atravessa-lo numa ponte de granito. Continuamos em passadiço até chegar à marginal de Vila Praia de Âncora, que possui um belo e bem conservado Forte. Passamos pela praia de Moledo e continuamos através da mata do Camarido.
Chegamos ao Rio Minho, perto da Foz e utilizamos um dos barcos disponíveis para a travessia para Espanha (tel. 913254110, 967094630 e 931636360). Confirmamos que o Ferry-boat está parado por assoreamento do rio.
Chegados a Espanha, continuamos por passadiços e ciclovias até ao porto de pesca de A Guarda, que correspondeu ao final da 2ª etapa.
Etapa 3
A Guarda a Vigo
Esta 3ª etapa dos Caminhos de Santiago desenrolou-se entre A Guarda e Vigo.
A passagem por Vigo é aquela que pode ocasionar mais dúvidas em todo o Caminho
Não há um consenso de qual o caminho oficial para Santiago depois de Baiona.
Falamos nalguns pontos de informação de turismo e parece-nos consensual que o caminho de Baiona segue até Nigran e a partir daqui existe menos consenso: uns dizem que o caminho vira logo para o interior e passa a sul de Vigo outros dizem que continua junto à costa. A passagem por Vigo ainda é menos consensual. Aconselharam-nos a passar pela praia de Samil e continuarmos sempre junto à costa e passar perto do Porto de Vigo.
Esta etapa teve início exatamente no Porto de A Guarda. Daqui, continuamos por ecovia durante algumas centenas de metros para logo adiante entrarmos na Estrada PO 552,
Ao Km 6,8 do nosso percurso viramos à esquerda conforme placa indicativa dos caminhos de Santiago e entramos num caminho de terra batida durante 2 Km, voltando a entrar novamente na EN para voltar a encontrar nova placa indicativa dos caminhos após 1200 metros. Este segundo desvio é pouco aconselhado porque o piso encontre-se em mau estado. Pouco depois temos nove saída da estrada principal e esta vale a pena seguir o desvio pois passa pelo centro do povoado de Oiã que possui um belo Mosteiro mesmo junto à praia.
Ao km 21 existe novo desvio à esquerda para o Caminho de Santiago mas não compensa entrar no desvio, pois o troço está em mau estado e anda aos “S”, dando mesmo uma volta para trás. Daqui até Baiona o caminho é efetuado sempre em ecovia junto à estrada principal.
Baiona possui um Castelo imponente e fizemos um pequeno desvio para uma breve visita. Pouco após o Castelo entramos no Passeio Marítimo e em frente desenvolve-se a famosa Marina de Baiona; este encuadramento torna a cidade muito atrativa. O local torna-se difícil de igualar se adicionarmos as soberbas paisagens a 360º: a Sul, a costa que acabamos de admirar, a leste, a ria de Baiona, a Norte, a ria de Vigo e a oeste as ilhas Cies.
Continuamos em direção leste e nordeste, passamos pelo rio Minor e sua bela baia e posteriormente pela zona pantanosa. Mantivemo-nos junto à costa mais algumas centenas de metros, virando de seguida para o interior em direção a NIgran. Aqui, viramos à esquerda, novamente em direção à costa; passamos pelo porto de Panxon e por várias praias, entre as quais a praia de patos, no nosso entender, a mais bonita da zona.
Nesta zona é impossível mantermos sempre junto à costa e voltamos para a estrada PO 552 voltando a observar sinalética da rota dos Caminhos de Santiago. A partir do Km 49 seguimos sempre junto à costa, passamos pela famosa praia de Samil, continuamos para Norte, depois leste, seguimos junto ao porto de Vigo até à Praça da Industria Conserveira, altura em que viramos para o interior pela rua da Coruña, passamos na Praça da Industria, Praça da América, onde entramos na Gran Via até à Praça de Espanha, local onde terminamos a 3ª etapa
Etapa 4
Vigo a Caldas de Reis
Ao contrário das anteriores, que foram efectuadas ao longo da Costa e utilizaram na grande maioria ciclovias e estradas secundárias, esta etapa é feita pelo interior, utilizando quase sempre estradas principais e estradas urbanas. Também, nesta 4ª etapa, o declive positivo acumulado foi de 712 metros, enquanto que nas primeiras foi em média de 355 metros.
Praticamente a totalidade do percurso foi efetuado em Estradas asfaltadas e estradas urbanas.
Esta etapa teve início na Praça de Espanha em Vigo. Tínhamos estudado as varias possibilidades dos itinerários até Redondela e pareceu-nós que o mais direto e mais fácil de orientação seria mantermo-nos perto da beira da Ria de Vigo.
Desde a Praça de Espanha descemos a Gran Via, viramos a direita, dirigimo-nos em direção à Ria. Depois de alguns cruzamentos, continuamos pela Rúa de Sanjurjo Badia, que adiante passa a ter o nome de avenida de Galicia, para depois ser denominada Estrada PO 323, que depois de passar sob a AP9 na ponte de Rande passa a designar-se N 552. Durante mais de 10Km a estrada proporcionou-nos um belo cenário, com a Ria de Vigo do nosso lado esquerdo.
Passamos na periferia de Redondela e entramos na N 550 até Pontevedra.
Passamos no centro de Pontevedra pela Avenida de Vigo, Rua da Peregrina até à Praça da Peregrina, onde se situa o Santuário da Peregrina já em pleno centro pedonal. Depois de uma visita ao local, continuamos a nossa jornada, atravessando o Rio Lerez, rio que umas centenas de metros à frente irá dar início à Ria de Pontevedra.
Mantivemos pela N 550 até Caldas de Reis, pequena vila com várias Igrejas medievais para visitar, entre as quais, a Igreja de Santo Tomás
Terminamos a 4ª etapa, precisamente nesta pequena vila de Caldas de Rei
Etapa 5
Caldas de Reis a Santiago de Compostela
A quinta etapa tem início em Caldas de Reis e final em Santiago de Compostela, na Praça de Obradoiro, concluindo desta forma o Caminho de Santiago pela variante Portuguesa pela Costa.
Começamos a pedalar em frente ao Café Universal e antes de entrar na N 550 fizemos Um pequeno desvio para visita da Igreja de Santo Tomás.
Um pouco antes de chegar a meio do caminho passamos por Pontecerusa que tem uma bela Ponte Romana sobre o rio Ulla e 2 ou 3 Km adiante, temos a paragem obrigatória em Padron, onde podemos visitar a Igreja de Santiago, a Fonte e o Convento do Carmo e outros locais religiosos e culturais.
Na Igreja de Santiago podemos observar o “el pedron” um enorme bloco de granito esculpido. O “el pedron” É um altar de origem romana dedicado a Netuno, deus das águas. O cristianismo reinterpretou-o como um símbolo jacobino. Reza a lenda que ali estava ancorado o barco que transportava os restos mortais do apóstolo Santiago, da Palestina até a costa galega. acompanhado por seus discípulos Teodoro e Atanásio. O “el pedron” tornou-se um importante símbolo jacobino e terá dado origem ao nome do Povoado de Padron.
Continuamos pela N 550.
Ao Km 27,65 seguimos o Caminho de Santiago por trilho em terra batida durante 1600 metros e voltamos entrar na N 550. Mais adiante, por volta do Km 34,7 a N 550 adquire perfil de auto-via, passando a designar-se como SC 20. Desta vez fomos obrigados a continuar pelo Caminho oficial, que possui troços não adequados a bicicletas de estrada. Mais adiante continuamos por estradas urbanas até chegar à Praça Obradoiro e à tão esperada e imponente Catedral de Santiago de Compostela, terminando assim a nossa jornada.
Waypoints
Comments (11)
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Boa descrição do trilho ficamos com vontade de fazer o mesmo....
Olá manuela
Meu português é muito ruim, mas quero agradecer a informação detalhada que você nos oferece.
Mas gostaria de ter mais informações sobre os lugares para dormir em cada uma das extremidades de suas etapas, se você fez isso com uma mountain bike e qualquer outra informação que você possa nos fornecer.
Meu email é agarcia@
Muito obrigado e abraços
agarcia@
reicaz
.com
Olá Alberto Garcia
Obrigado pelo comentário
Vou tentar responder alguma das suas questões
Para nós a maior dificuldade foi o transporte de volta de bicicleta.
quando chegamos a Santiago tínhamos duas opções:
1 - enviar a bicicleta de comboio e obrigavam-nos a desmontar a roda de frente e de trás e o guiador, o que se tornava entre nós uma tarefa difícil. Teríamos que embrulhar a biciclette em papelão ou embalagem própria e por último a bicicleta não seguiria no mesmo comboio que nós.
2 - optar por transporte em autocarro. Neste caso, só obrigaram a desmontar a roda da frente mas teríamos também que embrulhar a bicicleta em cartão e cartolina. Nós optamos pela esta última solução e viemos nos autocarros da Alsa (Alsa.es)
Nós utilizamos bicicleta BTT e é o preferível pois em Portugal, e para nos mantermos perto da Costa, tivemos que atravessar trilhos em terra batida por vezes bastante estreitos, irregulares e outros com areia pelo caminho. A subida para o farol de Montedor, (a 3 ou 4 km a norte de Viana do castelo) foi efetuada por um caminho empedrado irregular, com bastante inclinação, pelo que é preferível uma bicicleta BTT. Também, há caminhos em Espanha que tem que ser efetuados em BTT.
Apesar do trilho poder ser feito em 4 dias sem grandes dificuldades, nós preferimos 5 dias, porque:
1 - assim pudemos fazer mais turismo
2 - se tivéssemos alguma avaria ou um dia com más condições meteorológicas, teríamos mais capacidades em manter os hotéis pre-reservados
3 - A última etapa foi curta, com apenas 40 km o que nos permitiu chegar a Santiago a meio da manhã e assim tivemos mais tempo para visitar a cidade, tratar da viagem de regresso e preparar as bicicletas para a viagem de regresso.
Optamos por ficar alojados em hotéis por duas razões:
1 - A reserva é mais fácil pelo booking ou por telefone
2 - Mais facilmente o hotel poderá guardar a bicicleta durante a noite.
Antes de reservar, telefonamos para os hotéis a confirmar que poderiam guardar a bicicleta durante a noite.
Em Esposende ficamos no Hotel Mira Rio; em A Guarda ficamos no hotel Vila da Guarda e em Caldas de Reis ficamos no hotel Lotus
Boas pedaladas e esperamos que desfrutem
S Trilhos
Olá, bom dia
Muito obrigado pela informação sobre as etapas do Caminho Português ao longo da costa. Com certeza suas faixas e informações nos ajudarão muito.
Mais uma vez muito obrigado e muitos abraços
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Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
Excelente trilho
Come posso scaricare tappe singole come mappe offline gpx da inviare a dispositivo gps
Boas. Muito obrigado por esta partilha. Uma pergunta. É possível encontrar este track no strava? Cumprimentos
Boas, tiveram que pagar mais pelo transporte das bikes no bilhete do autocarro? Foi no local ou compraram os bilhetes antecipadamente?
Obrigado.
Cumprimentos.
Nuno Alcaide
Não é possível
Artur Jm soares
Sim as bikes tiveram que pagar um valor para poderem ir no autocarro