Cântaro Gordo e Lagoa dos Cântaros

Subida clássica ao cume do Cântaro Gordo, desta feita, com início e fim no Covão da Ametade, fazendo um percurso circular, no sentido dos ponteiros do relógio, com passagem pela Lagoa dos Cântaros.

A ascensão ao Cântaro Gordo, apesar do desnível acentuado não é complicada até mesmo no que à navegação se refere, sendo que esta pode ser feita visualmente, com relativa facilidade, pelos mariolas e pelos vestígios do pisoteio de quem já tomou o rumo do Cântaro ou de outros destinos, porque seguir pelas marcas oficiais do trilho do Maciço Central, que poderiam ajudar até perto do desvio para o Gordo, é para esquecer, porque já conheceram melhores dias.

O grau de difícil prende-se com o desnível acumulado e principalmente com os constrangimentos encontrados na descida do Cântaro pela vertente virada ao nascente que nos leva à Lagoa dos Cântaros. Perto do final da descida, quando chegamos à mata cerrada de giestas bem crescidas, que nos cobrem por completo, tivemos alguma dificuldade na progressão (só à força de catana). Ainda tentamos abrir caminho pela nossa direita, até chegar à linha de água que abastece a lagoa, mas desistimos e percebemos que seguindo encostados junto ao paredão rochoso, que nos acompanha à nossa esquerda (kms 3,5 a 4,0), podemos descer com relativa facilidade até à lagoa.

O resto do trilho até ao Covão da Ametade é de traçado fácil, assim como a navegação (mariolas) e permite-nos deslumbrar com as vistas maravilhosas para os Vales Glaciários da Candeeira e do Zêzere e todo o maciço onde se encaixam os Cântaros.

Nota de reparo:
- Mais uma vez fiquei triste com o desleixo (lixo) no parque do Covão. Já em tempos manifestei o meu desagrado junto das entidades que julgava terem responsabilidades na gestão do espaço (ICNF e Câmara Municipal). Consegui pelo menos que, junto à entrada do parque, fosse colocada sinalética adequada e verificou-se a limpeza do espaço por algum tempo, apesar daquelas entidades me informarem que não têm responsabilidades na zona (baldios).
A verdade é que se verifica que o local que se presta ao lazer e ao convívio com grupos de famílias, onde as crianças estão normalmente presentes, está novamente conspurcado de lixo, principalmente junto e dentro das zonas dos grelhadores, confundindo-se estes com os ausentes caixotes do lixo. Péssima imagem para os turistas (estrangeiros e não só) que nos visitam e que nada abona ao tecido económico da região.