Gerês - Circular - Junceda a Pé de Cabril
near Covide, Braga (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
O percurso começou no cruzamento entre a estrada que liga Campo do Gerês à Vila do Gerês e o estradão de terra batida que segue para a antiga casa do guarda florestal de Junceda.
Infelizmente não há local de estacionamento adequado pelo que, em dia movimentado, tudo o que seja mais de meia dúzia de carros estacionados nas bermas, causará transtorno a quem por essas bandas circule.
É possível iniciar o percurso na casa da Junceda acedendo aí de carro - muitos o fazem. O estradão está com um piso aceitável e uma condução cuidadosa numa viatura não demasiado baixa é quanto basta. Outra questão é saber se é sensato, desejável ou apropriado fazê-lo. Afinal o hiking é uma actividade de contacto com a natureza que dispensa bem ser mediada pela intrusão não essencial de uma viatura.
São 3 kms de quase nula inclinação e por isso muito manejáveis que permitem um primeiro contacto visual com o pico de Pé de Cabril a cerca de 7 a 8 kms de distância andada. À esquerda e à direita, esta aproximação ao início do trilho, permite o contacto com um conjunto de formações graníticas interessantes.
Na Junceda começa igualmente um dos trilhos de referência do Gerês - o Trilho das Silhas dos Ursos, totalmente marcado.
O percurso realizado, muito fácil de seguir em praticamente toda a sua extensão, não está marcado de forma tradicional mas está, ainda assim, bastante bem mariolado, salvo um ponto ou outro em que uma distração pode levar a alguns metros de corta mato ou de retrocesso até reencontrar o trilho.
Sem ganhos de altitude significativos, o percurso não é cansativo a não ser pela distância percorrida, aliada à não abundância de água em cerca de metade do caminho (a primeira parte) e ao calor que porventura se faça sentir. Nessas condições, pelo menos 2 litros por pessoa seria o desejável.
No sentido de ida são inúmeros os locais que proporcionam vistas de horizonte longínquo sobre as albufeiras da Caniçada e o maciço central do Gerês - Borrageiro, Roca Negra, uma suspeita de Rocalva e mais a norte e cada vez mais visível quanto mais próximo do Pé de Cabril, o Pé de Medela, com a sua filigrana granítica. No regresso, é a albufeira de Vilarinho das Furnas e a serra Amarela com destaque para a Louriça que captam o olhar.
Num e noutro sentido não faltam porém motivos a captar a atenção, seja o gado que pela serra vagueia, sejam formações graníticas caprichosas, sejam as várias caras que Cabril nos vai mostrando à medida que o percurso se desenrola.
Já junto a Cabril e encarando a sua face Este, não deixa de espantar como a parede não é está permanentemente ocupada com gente a trepá-la. Num país de montanhas modestas seria talvez de esperar que paredes tão simpáticas fossem mais concorridas. Sinto o mesmo em Rocalva ou na Estrela com o Cântaro Magro. Claro que a razão reside no facto de as autoridades não deixarem. Síndrome do "não pisar na relva"!
O acesso ao pico faz-se através de uma passagem/fenda relativamente estreita mas não em demasia, que obriga a uns metros gatinhados. Do lado de lá da fenda, o caminho empina e após uns metros entre vegetação passa a ser de trepada com alguns lances de rocha que não devem ser pisados se esta estiver húmida. Há um passo mais ou menos técnico mas muito manejável e um último esforço em degraus tipo ferrata para o último troço.
As vistas já de si espectaculares antes da última trepada parecem melhorar para compensar o esforço. Apanhar a serra com algumas núvens ajuda bastante o conjunto cénico, apanhá-la sem mais ninguém então ainda melhor.
O regresso é, se possível, ainda mais fácil que a ida. Contornar o Pico pelo norte e regressar pelo prado Gamil proporciona: 1) apreciar mais algumas variantes da forma como se apresenta Pé de Cabril, 2) mais sombra e, 3) bastante mais água.
Antes de flectir totalmente para sul e regressar ao ponto de partida é possível, numa variante a este percurso, descer toda a encosta até à Via Nova e acompanhá-la até ao parque de campismo do Campo do Gerês. Pelo que sei, a descida precisa de uma particular atenção no seu último segmento, por ser íngreme e estar deficientemente sinalizada, sobretudo depois de Bouça da Mó.
No trilho participaram ainda José Rolo de Sousa Jr e Sílvia Marlene.
Cartas militares de Portugal; Série M 888, folha 30, Ed.3-IGE-2013.
Infelizmente não há local de estacionamento adequado pelo que, em dia movimentado, tudo o que seja mais de meia dúzia de carros estacionados nas bermas, causará transtorno a quem por essas bandas circule.
É possível iniciar o percurso na casa da Junceda acedendo aí de carro - muitos o fazem. O estradão está com um piso aceitável e uma condução cuidadosa numa viatura não demasiado baixa é quanto basta. Outra questão é saber se é sensato, desejável ou apropriado fazê-lo. Afinal o hiking é uma actividade de contacto com a natureza que dispensa bem ser mediada pela intrusão não essencial de uma viatura.
São 3 kms de quase nula inclinação e por isso muito manejáveis que permitem um primeiro contacto visual com o pico de Pé de Cabril a cerca de 7 a 8 kms de distância andada. À esquerda e à direita, esta aproximação ao início do trilho, permite o contacto com um conjunto de formações graníticas interessantes.
Na Junceda começa igualmente um dos trilhos de referência do Gerês - o Trilho das Silhas dos Ursos, totalmente marcado.
O percurso realizado, muito fácil de seguir em praticamente toda a sua extensão, não está marcado de forma tradicional mas está, ainda assim, bastante bem mariolado, salvo um ponto ou outro em que uma distração pode levar a alguns metros de corta mato ou de retrocesso até reencontrar o trilho.
Sem ganhos de altitude significativos, o percurso não é cansativo a não ser pela distância percorrida, aliada à não abundância de água em cerca de metade do caminho (a primeira parte) e ao calor que porventura se faça sentir. Nessas condições, pelo menos 2 litros por pessoa seria o desejável.
No sentido de ida são inúmeros os locais que proporcionam vistas de horizonte longínquo sobre as albufeiras da Caniçada e o maciço central do Gerês - Borrageiro, Roca Negra, uma suspeita de Rocalva e mais a norte e cada vez mais visível quanto mais próximo do Pé de Cabril, o Pé de Medela, com a sua filigrana granítica. No regresso, é a albufeira de Vilarinho das Furnas e a serra Amarela com destaque para a Louriça que captam o olhar.
Num e noutro sentido não faltam porém motivos a captar a atenção, seja o gado que pela serra vagueia, sejam formações graníticas caprichosas, sejam as várias caras que Cabril nos vai mostrando à medida que o percurso se desenrola.
Já junto a Cabril e encarando a sua face Este, não deixa de espantar como a parede não é está permanentemente ocupada com gente a trepá-la. Num país de montanhas modestas seria talvez de esperar que paredes tão simpáticas fossem mais concorridas. Sinto o mesmo em Rocalva ou na Estrela com o Cântaro Magro. Claro que a razão reside no facto de as autoridades não deixarem. Síndrome do "não pisar na relva"!
O acesso ao pico faz-se através de uma passagem/fenda relativamente estreita mas não em demasia, que obriga a uns metros gatinhados. Do lado de lá da fenda, o caminho empina e após uns metros entre vegetação passa a ser de trepada com alguns lances de rocha que não devem ser pisados se esta estiver húmida. Há um passo mais ou menos técnico mas muito manejável e um último esforço em degraus tipo ferrata para o último troço.
As vistas já de si espectaculares antes da última trepada parecem melhorar para compensar o esforço. Apanhar a serra com algumas núvens ajuda bastante o conjunto cénico, apanhá-la sem mais ninguém então ainda melhor.
O regresso é, se possível, ainda mais fácil que a ida. Contornar o Pico pelo norte e regressar pelo prado Gamil proporciona: 1) apreciar mais algumas variantes da forma como se apresenta Pé de Cabril, 2) mais sombra e, 3) bastante mais água.
Antes de flectir totalmente para sul e regressar ao ponto de partida é possível, numa variante a este percurso, descer toda a encosta até à Via Nova e acompanhá-la até ao parque de campismo do Campo do Gerês. Pelo que sei, a descida precisa de uma particular atenção no seu último segmento, por ser íngreme e estar deficientemente sinalizada, sobretudo depois de Bouça da Mó.
No trilho participaram ainda José Rolo de Sousa Jr e Sílvia Marlene.
Cartas militares de Portugal; Série M 888, folha 30, Ed.3-IGE-2013.
Waypoints
Intersection
3,394 ft
Desvio
Pela esquerda Prado Gamil. Decidimos deixar a passagem por Gamil para o regresso e seguimos pela direita.
Photo
3,409 ft
Prado
Prado
Comments (3)
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Boa descrição vou fazê-lo em breve.
Fiz hoje. Obrigado. O único senão é o mato que parece ter invadido parte do caminho de regresso. Não levar calções!
O mato tem dessas coisas ... :)