Ascensão à Penha Ubiña Pela face Noroeste

Ascensão à Penha Ubiña Pela face Noroeste

De volta a Peña Ubiña propusemo-nos a efetuar uma nova via de ascensão pela face Noroeste.
Tínhamos cá estado há cerca de um mês atrás. Dessa vez tínhamos iniciado a ascensão pelo via Mari Paz e a meio da via continuamos pela Gli Gli.
Desta vez, tínhamos a intenção de efetuar a via Gli Gli na totalidade, mas devido à escassez de neve encontrado a meio da via, decidimos derivar para a esquerda e progredir pela via Elixir de la Suerte.

A fece Noroeste possui inúmeras vias para ascensão à Peña Ubiña
Tratam-se de vias de ascensão de características alpinas, em terrenos nevados e mistos com inclinação de até 70°, nos quais a ascensão deve ser protegida com dispositivos de auto-proteção.

A dificuldade da ascensão está dependente de vários factores, tais como a quantidade e qualidade da neve, a presença de placas de gelo, entre outros factores.
Nâo é nossa intenção fornecer informação sobre a componente técnica da atividade, aconselhando para tal, a visita a sites técnicos, como, por exemplo montanhaescalada.com

A Penha Ubiña com a altitude de 2417 metros é, juntamente com os Fontán a montanha mais alta do Maciço das Ubiña, situada na Fronteira entre o Principado das Astúrias e a Província de Leon.
É um maciço muito procurado pelos portugueses, por ser a montanha de características alpinas mais próxima do Norte de Portugal.

Saímos de Torrebarrio, perto do Albergue El Rebezo, pelas 6H30 e entramos num estradão à esquerda, bem marcado em terra batida, iniciando de imediato uma subida de inclinação moderada.
Ao km 2 cruzamos por um trilho à direita que se dirige para o Collado Ronzon, para a face sul da Peña Ubiña e para a Peña Ubiña Pequena. Continuamos em frente e pouco depois perdemos a marca do caminho, mas o trilho em neve estava bem pisado.
De início o trilho é dominada pelo esporão Oeste da Peña Ubiña e adiante podemos admirar os cumes do El Prau, Fontans, El Siete e Los Castillines.
Continuamos em trilho nevado, já com crampons e por volta da cota dos 2020-2050 metros, tem início a via.
Após alguns lances atingimos a cota de 2200 metros de altitude e partir daqui deparamo-nos com o corredor seco, sem neve e após 1 ou 2 tentativas de progressão, decidimos derivar para à esquerda e progredir pela via Elixir de la Suerte. Esta via encontrava-se com bastante neve, exceto nos últimos 40 ou 50 metros que tinha pouca neve e tivemos que atravessar algumas zonas em misto.
Atingimos a aresta cimeira e pouco depois alcançamos o cume.
Apos as fotografias habituais, votamos para trás. Mantivemo-nos na aresta cimeira até atingir o topo do canal sul, por onde iniciamos a descida, derivando um pouco à direita, até perto duma aresta, e voltamos a aproximar do centro do canal. Na descida encontramos a neve bastante humida.
Na zona em que o canal fica mais estreito, por volta da cota 2090 metros retiramos os crampoes, que se veio a revelar má opção, pois voltoram a surgir rampas nevadas mais abaixo e desta forma, tivemos que progredir na cascalheira.
Mais adiante, intersectamos o caminho que vinha do Collado Ronzon e da Peña Ubiña Pequena. Faltavam 3,5 Km e quase 640 metros de desnível até chegar a Torrebario.

Boas atividades