PN das Sempre Vivas: Curimataí x Inhaí
near Curimataí, Minas Gerais (Brazil)
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Itinerary description
Trajeto offroad que cruza áreas do Parque Nacional das Sempre Vivas, ligando o povoado de Curimataí (Buenópolis) ao de Inhaí (Diamantina). O trajeto pode ser feito nos dois sentidos, embora considere que o sentido Curimataí x Inhaí é menos difícil. Grande parte do percurso é feita em estradas com pouco ou nenhum uso, então as condições são variadas. O trecho final possui 6km de trilha em meio a mata. Mais detalhes a seguir:
COMO CHEGAR:
O povoado de Curimataí pertence ao município de Buenópolis, na região norte do estado de Minas Gerais. Está a 305km de Belo Horizonte e a 167km de Montes Claros, acesso pela BR-135. Já Inhaí, povoado que pertence ao município de Diamantina, está a 345km da capital e a 56km da sede; o acesso é via BR-367. O trajeto pode ser feito em qualquer sentido.
A ESTRADA:
Em Curimataí, siga para o final do povoado pela rua principal, cerca de 1,5km após a Praça da Cachoeira sobe-se à esquerda, onde a brincadeira começa. Centenas de metros adiante é preciso cruzar um córrego pequeno, que forma a Cachoeira do Simão a jusante. São cerca de 6,5km de subida constante, no trecho inicial a estrada está até em boas condições, sem erosões e cascalhada; mas avançando pelo terreno começam os trechos rochosos, com valas, erosões e degraus.
A estradinha é estreita, alguns trechos devem ter a largura exata de um jipe ou caminhonete, a vegetação está bem rente, mas não há despenhadeiros ou coisa do tipo. Com cuidado e boa técnica, imagino que um veículo 4x4 original suba com alguma dificuldade, principalmente nos degraus.
Quando a estradinha estabiliza, predomina um terreno arenoso, há pelo menos um panelão de areia, mas é um trecho curto. Após uma casinha a estradinha meio que desaparece, sendo preciso seguir os rastros na vegetação rasteira. Em um ponto mais a frente, há um pequeno atoleiro, mas há um desvio lateral onde o terreno é mais firme.
Após o atoleiro a estradinha adentra uma mata, com boa oferta de sombra e um terreno mais duro. Este trecho apresenta alguns aclives acentuadas, alguns pontos foram calçados com pedras para facilitar o acesso. Quando termina o trecho de mata, a subida continua em uma área aberta de campos, com muitos degraus nas rochas. Neste ponto é preciso ter cuidado com as valas e erosões. Talvez esta seja o trecho mais crítico para veículos originais, já que existem verdadeiros degraus em alguns pontos.
O final da subida é o ponto mais alto da travessia, com 1.360m de elevação. Após este ponto a estradinha começa a descer por um terreno arenoso, com amplos visuais dos campos rupestres do Parque Nacional. No KM 26,8 optamos por seguir reto pela estrada, evitando passar pela sede do Parque Nacional das Sempre Vivas. Segue-se por uma estrada arenosa em linha reta, praticamente. Adiante há uma bifurcação, onde as estradas seguem paralelas umas as outras.
A estrada da direita dá acesso ao povoado de Macacos e São João da Chapada e está em melhores condições. A estrada da esquerda, que logo dá uma guinada para nordeste, segue para Inhaí. ATENÇÃO: se quiser encerrar o trajeto sem maiores dificuldades, ou caso esteja com veículo original, siga para São João da Chapada, pela estrada em melhor.
Saindo da estradinha principal, o caminho que leva a Inhaí começa em condições satisfatórias. É um trecho arenoso, em alguns pontos foram jogados carros de terra sobre a estrada, acredito que para consertá-la ou melhorá-la. São duas bifurcações próximas, nas duas siga à direita. Após a segunda bifurcação a estrada piora consideravelmente. Se antes a estrada aparentava pouquíssimo movimento, agora parece abandonada.
O terreno continua arenoso, a vegetação toma conta da parte central da estrada e das laterais, é preciso ter atenção com os buracos e erosões do trecho, que possui diversas curvas.
No KM 40,8 há uma erosão que levou boa parte da estrada. O jeito é cortar caminho pela vegetação. Os dois trilhos paralelos que seguiam se transformam em um só e há uma longa reta pela frente. Cupinzeiros e formigueiros se transformam em verdadeiras lombadas. A estrada se encaminha para um trecho de mata, onde as condições pioram ainda mais. Neste ponto a estrada está realmente abandonada, com vegetação tomando conta do que já foi uma estrada. Já entrando neste trecho de mata foi preciso vencer dois troncos que caíram sobre o caminho e bloquearam a passagem.
No KM 45,7 é preciso cruzar a primeira das três pontes em péssimo estado. Após arrumar algumas tábuas foi possível cruzá-la montado na moto. Adiante cruzamos outra ponte, ainda em piores condições. Como a saída dela estava sem tábuas cruzadas, foi preciso atravessá-la empurrando a moto. Após a subida da segunda ponte chega-se a um trecho em que a estrada realmente desaparece por completo. É uma espécie de descampado com muitas árvores caídas e vegetação tomando conta, mas há um desvio mais batido que passa à direita do que seria a estrada.
No KM 48 cruzamos a terceira ponte, menos extensa que as anteriores, mas não mais fácil de cruzar. Também foi preciso passar empurrando. Após a ponte a estrada entra em um trecho com vegetação mais esparsa, o trilho a seguir praticamente desaparece, já que o capim toma conta do que já foi uma estrada. O terreno, quase sempre descendo e sem muitas erosões ou buracos, favorece neste ponto.
Retornamos a um trecho de mata fechada, onde há algumas erosões e rochas expostas no declive. Ao final deste trecho uma tronqueira e o sinal de uma trilha de uso recente. Na bifurcação após a tronqueira seguimos pela esquerda, por um singletrack bem batido. Este trecho apresentou uso recente, já que foi possível visualizar marcas de trator por toda a extensão. O final da descida foi no Ribeirão Inhaí, parada para banho.
Em face o caminho percorrido, este trecho final está em boas condições e logo interceptamos uma estradinha em boas condições que nos leva até Inhaí.
OBSERVAÇÕES:
- Trajeto realizado no período de estiagem. O trajeto, em grande parte, apresenta dificuldade moderada, classifico como difícil em virtude do trecho abandonado da estrada;
- Com tranquilidade e algumas paradas prolongadas, fizemos o trajeto em 6h34. Em um ritmo mais forte é possível fazê-lo em 5h30 ou menos (com motos bigtrail);
- Não recomendo fazer o trajeto sozinho, pelo menos mais uma pessoa ajuda a tirar dos enroscos;
- Atente-se para o cubo da roda, passamos por trechos com muitos cipós, alguns costumam se enrolar entre a roda e a coroa;
- Sinal de celular na primeira parte do trajeto, na subida de Curimataí;
- Alguns propriedades pelo caminho, mas no geral é uma área muito isolada e de difícil acesso, tenha atenção;
- Para veículos 4x4 ou para pilotos sem muita experiência no offroad: pegue a saída para São João da Chapada;
- De 4x4: faça o trajeto até Inhaí SOMENTE se tiver disponibilidade de tempo e algumas ferramentas, como um machado. Tenha em mente que as pontes estão em péssimo estado de conservação, embora a estrutura pareça suportar a passagem de um veículo pequeno;
- Facão é ferramenta ESSENCIAL para completar este trajeto;
- São cerca de 6km de trilha por uma estrada abandonada;
- O trajeto Curimataí x Inhaí é menos complicado, já que o trecho abandonado é um declive neste sentido.
COMO CHEGAR:
O povoado de Curimataí pertence ao município de Buenópolis, na região norte do estado de Minas Gerais. Está a 305km de Belo Horizonte e a 167km de Montes Claros, acesso pela BR-135. Já Inhaí, povoado que pertence ao município de Diamantina, está a 345km da capital e a 56km da sede; o acesso é via BR-367. O trajeto pode ser feito em qualquer sentido.
A ESTRADA:
Em Curimataí, siga para o final do povoado pela rua principal, cerca de 1,5km após a Praça da Cachoeira sobe-se à esquerda, onde a brincadeira começa. Centenas de metros adiante é preciso cruzar um córrego pequeno, que forma a Cachoeira do Simão a jusante. São cerca de 6,5km de subida constante, no trecho inicial a estrada está até em boas condições, sem erosões e cascalhada; mas avançando pelo terreno começam os trechos rochosos, com valas, erosões e degraus.
A estradinha é estreita, alguns trechos devem ter a largura exata de um jipe ou caminhonete, a vegetação está bem rente, mas não há despenhadeiros ou coisa do tipo. Com cuidado e boa técnica, imagino que um veículo 4x4 original suba com alguma dificuldade, principalmente nos degraus.
Quando a estradinha estabiliza, predomina um terreno arenoso, há pelo menos um panelão de areia, mas é um trecho curto. Após uma casinha a estradinha meio que desaparece, sendo preciso seguir os rastros na vegetação rasteira. Em um ponto mais a frente, há um pequeno atoleiro, mas há um desvio lateral onde o terreno é mais firme.
Após o atoleiro a estradinha adentra uma mata, com boa oferta de sombra e um terreno mais duro. Este trecho apresenta alguns aclives acentuadas, alguns pontos foram calçados com pedras para facilitar o acesso. Quando termina o trecho de mata, a subida continua em uma área aberta de campos, com muitos degraus nas rochas. Neste ponto é preciso ter cuidado com as valas e erosões. Talvez esta seja o trecho mais crítico para veículos originais, já que existem verdadeiros degraus em alguns pontos.
O final da subida é o ponto mais alto da travessia, com 1.360m de elevação. Após este ponto a estradinha começa a descer por um terreno arenoso, com amplos visuais dos campos rupestres do Parque Nacional. No KM 26,8 optamos por seguir reto pela estrada, evitando passar pela sede do Parque Nacional das Sempre Vivas. Segue-se por uma estrada arenosa em linha reta, praticamente. Adiante há uma bifurcação, onde as estradas seguem paralelas umas as outras.
A estrada da direita dá acesso ao povoado de Macacos e São João da Chapada e está em melhores condições. A estrada da esquerda, que logo dá uma guinada para nordeste, segue para Inhaí. ATENÇÃO: se quiser encerrar o trajeto sem maiores dificuldades, ou caso esteja com veículo original, siga para São João da Chapada, pela estrada em melhor.
Saindo da estradinha principal, o caminho que leva a Inhaí começa em condições satisfatórias. É um trecho arenoso, em alguns pontos foram jogados carros de terra sobre a estrada, acredito que para consertá-la ou melhorá-la. São duas bifurcações próximas, nas duas siga à direita. Após a segunda bifurcação a estrada piora consideravelmente. Se antes a estrada aparentava pouquíssimo movimento, agora parece abandonada.
O terreno continua arenoso, a vegetação toma conta da parte central da estrada e das laterais, é preciso ter atenção com os buracos e erosões do trecho, que possui diversas curvas.
No KM 40,8 há uma erosão que levou boa parte da estrada. O jeito é cortar caminho pela vegetação. Os dois trilhos paralelos que seguiam se transformam em um só e há uma longa reta pela frente. Cupinzeiros e formigueiros se transformam em verdadeiras lombadas. A estrada se encaminha para um trecho de mata, onde as condições pioram ainda mais. Neste ponto a estrada está realmente abandonada, com vegetação tomando conta do que já foi uma estrada. Já entrando neste trecho de mata foi preciso vencer dois troncos que caíram sobre o caminho e bloquearam a passagem.
No KM 45,7 é preciso cruzar a primeira das três pontes em péssimo estado. Após arrumar algumas tábuas foi possível cruzá-la montado na moto. Adiante cruzamos outra ponte, ainda em piores condições. Como a saída dela estava sem tábuas cruzadas, foi preciso atravessá-la empurrando a moto. Após a subida da segunda ponte chega-se a um trecho em que a estrada realmente desaparece por completo. É uma espécie de descampado com muitas árvores caídas e vegetação tomando conta, mas há um desvio mais batido que passa à direita do que seria a estrada.
No KM 48 cruzamos a terceira ponte, menos extensa que as anteriores, mas não mais fácil de cruzar. Também foi preciso passar empurrando. Após a ponte a estrada entra em um trecho com vegetação mais esparsa, o trilho a seguir praticamente desaparece, já que o capim toma conta do que já foi uma estrada. O terreno, quase sempre descendo e sem muitas erosões ou buracos, favorece neste ponto.
Retornamos a um trecho de mata fechada, onde há algumas erosões e rochas expostas no declive. Ao final deste trecho uma tronqueira e o sinal de uma trilha de uso recente. Na bifurcação após a tronqueira seguimos pela esquerda, por um singletrack bem batido. Este trecho apresentou uso recente, já que foi possível visualizar marcas de trator por toda a extensão. O final da descida foi no Ribeirão Inhaí, parada para banho.
Em face o caminho percorrido, este trecho final está em boas condições e logo interceptamos uma estradinha em boas condições que nos leva até Inhaí.
OBSERVAÇÕES:
- Trajeto realizado no período de estiagem. O trajeto, em grande parte, apresenta dificuldade moderada, classifico como difícil em virtude do trecho abandonado da estrada;
- Com tranquilidade e algumas paradas prolongadas, fizemos o trajeto em 6h34. Em um ritmo mais forte é possível fazê-lo em 5h30 ou menos (com motos bigtrail);
- Não recomendo fazer o trajeto sozinho, pelo menos mais uma pessoa ajuda a tirar dos enroscos;
- Atente-se para o cubo da roda, passamos por trechos com muitos cipós, alguns costumam se enrolar entre a roda e a coroa;
- Sinal de celular na primeira parte do trajeto, na subida de Curimataí;
- Alguns propriedades pelo caminho, mas no geral é uma área muito isolada e de difícil acesso, tenha atenção;
- Para veículos 4x4 ou para pilotos sem muita experiência no offroad: pegue a saída para São João da Chapada;
- De 4x4: faça o trajeto até Inhaí SOMENTE se tiver disponibilidade de tempo e algumas ferramentas, como um machado. Tenha em mente que as pontes estão em péssimo estado de conservação, embora a estrutura pareça suportar a passagem de um veículo pequeno;
- Facão é ferramenta ESSENCIAL para completar este trajeto;
- São cerca de 6km de trilha por uma estrada abandonada;
- O trajeto Curimataí x Inhaí é menos complicado, já que o trecho abandonado é um declive neste sentido.
Waypoints
Intersection
2,066 ft
Esquerda
River
2,163 ft
Córrego
Intersection
4,321 ft
Esquerda Inhaí / Direita São João da Chapada
Direita São João da Chapada. Atenção: caminho da direita em melhores condições
Waypoint
4,239 ft
Direita
Estradinha começa a piorar
Waypoint
3,892 ft
Erosão
Estrada com sinais de pouquíssimo uso
Risk
3,419 ft
Ponte precária 3
Waypoint
0 ft
Trilha desaparece
Muitas árvores caídas e vegetação tomando conta do local desvio passa à direita
Waypoint
3,263 ft
Esquerda
Estradinha com sinais de uso
Comments (8)
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Olá! E de bike,como seria??? Impossível, difícil ou dá pra ir com algum perrengue??
Olá Julio Cesar,
olha, diria que difícil também, mas plenamente possível. Acho que o maior desafio seria a subida de pedras (trecho do 18,5 ao 20º km). A subida inicial exige um bom condicionamento. Se você chegar à sede do Parque Nacional muito cansado, recomendo que desça para São João da Chapada/Macacos (estrada boa à direita). Lembrando que parte do trecho final para Inhaí está praticamente um single track, com a vegetação tomando conta da antiga estradinha.
Obrigado pela orientação! abraço
Muito legal a trip e o vídeo. Uma pena meu carro ser somente um Duster. Apesar de ter tração, acho que esse percurso é pesado pra ele, coitado haha... https://pt.wikiloc.com/trilhas-outdoor/pn-das-sempre-vivas-curimatai-x-inhai-18103258#wp-18103259/photo-11493429
Vinícius,
o trecho de Batatal a Curimataí é tranquilo para qualquer carro desse tipo; já a passagem de Curimataí a Inhaí é só pra moto mesmo, esse trecho de trilha jipe passa aperto https://pt.wikiloc.com/trilhas-outdoor/pn-das-sempre-vivas-curimatai-x-inhai-18103258#wp-18103259/photo-11493429
Fala Hélio blz? Pretendo fazer esse trajeto em setembro/21 … tem problema entrar no parque de moto? Obs. Vou de DR 650 tbm! Haha tratorzao
Alexandre Pontalti,
não tem problema, inclusive é uma das atividades permitidas, desde que não saia das estradas. Atenção somente com o trecho abandonado da estradinha, se tava ruim em 2017, agora deve estar bem pior.
Bacana demais esse trajeto que fizeram, videos, fotos, explicação, só a trilha sonora que deixou a desejar kkkkkk brincadeira, gosto musical cada um tem o seu. Tenho uma DR 650se 1998 como a de vocês, estava traçando uma rota de Curumatai até Maria Nunes, mas não estava confiante até achar a trilha de vocês. Pretendo ir só por falta de companheiros. parabéns pela disponibilização.