Via Ferrata das Talhadas (Serra das Talhadas)

O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.


TORRE DE VIGIA DA SERRA DAS TALHADAS E CRUZ DO ALTO


TORRE DE VIGIA DA SERRA DAS TALHADAS

NOTA: tendo em conta que esta foi a primeira vez que percorri uma Via Ferrata, assim como pelo facto de desconhecer a linguagem técnica associada a este tipo de atividade, a descrição abaixo efetuada foi retirada da página dos Caminhantes, a quem agradeço o convite e oportunidade para desfrutar desta fantástica experiência;
- Esta Via Ferrata é extensa, variada e divertida para aquilo a que se está habituado no país. Inicia-se na Torre de Vigia, obra do arquiteto Álvaro Siza Vieira, com uma caminhada de 20 minutos, cerca de 800 metros, até ao inicio da via, local onde se encontra o primeiro setor. De travessia circular, esta Ferrata é composta por onze setores, combinando setores ascendentes com outros descendentes, juntamente com sectores horizontais intermédios e duas pontes, uma ponte Himalaia (mono) e outra Tibetana, o que não faz da via difícil. Entre setores existem trilhos assinalados, que devem ser respeitados, para segurança de todos e pela preservação do espaço natural;
- O acesso faz-se desde a estrada M233, em direção a Chão de Galegos. À entrada da localidade, seguir por um caminho cimentado, à esquerda, que passa a pavimento de “Tout-venant” (mistura de areia e brita compactada). Esta bifurcação está assinalada por uma pequena placa “Via Ferrata” e Torre de Vigia. Junto à Torre de Vigia há uma zona de estacionamento. O itinerário está sinalizado com marcas verdes até ao inicio da via. O regresso faz-se desde a Torre de Vigia até à zona de estacionamento que a circunda;
- O equipamento da Via está feito com grampos ondulados em boas condições, num ou noutro ponto mais afastados onde se tem de recorrer a presas naturais, mas na maioria bastante próximos que fazem com que não seja demasiado complicada a progressão. Realça-se o cabo de vida de boa espessura. Os cabos das pontes estão com boa tensão para a atividade;
- A Via Ferrata é catalogada oficialmente de “algo difícil”, que na escala Hüsler corresponderia a um K3, tendo em conta a existência de uma ponte Himalaia e uma ponte Tibetana.


PORMENOR DO PERCURSO

- VIA FERRATA DAS TALHADAS
A Via Ferrata das Talhadas está situada perto da aldeia de Chão de Galego, na Serra das Talhadas, junto à Torre de Vigia da Serra das Talhadas (Posto de Vigia Chão de Galego), no concelho de Castelo Branco. Insere-se dentro de um projeto de valorização desta área, incluída no Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, no qual se pode observar toda a riqueza geológica da serra, zonas escavadas pelo Rio Ocreza ao longo dos anos e uma paisagem ímpar, contando com a diversidade de fauna e flora, que acompanha toda a experiência.


PORMENOR DO PERCURSO

A Via Ferrata foi inaugurada em 2021 e tem a particularidade de ser a mais extensa do país, com 2190 metros na totalidade, constituída por 11 sectores distintos, uma Ponte Mono (Himalaia), de 15 metros, e uma Ponte Tibetana, de 40 metros de comprimento. Esta Via, à imagem de tantas outras, caracteriza-se por se localizar em paredes rochosas de montanha, com a utilização de escadas, pontes, cavilhas e agrafos para facilitar a progressão, permitindo ainda desfrutar de zonas de escalada com segurança e menor dificuldade, uma vez que a paisagem é um dos pontos mais atrativos deste traçado.

FICHA TÉCNICA:
Ano de construção: 2021
Iniciação: Sim (K2-k3)
Tempo de acesso: 0:20 min
Tempo de ferrata: 2:30 min
Tempo de regresso: 0:02 min
Distancia equipado: +-800 metros
Distancia total c/acessos: 2,1 km
Desnível total: 150 m
Extra-prumos: Não
Pontes: Sim (Mono 1 + Tibetana 1)
Tirolinas: Não
Época: Todo o ano
Pago: Não


PORMENOR DO PERCURSO (PONTE TIBETANA)

- SERRA DAS TALHADAS
A serra das Talhadas ou serra de Ródão faz a ligação entre o Alto Alentejo e a Beira Baixa. A serra tem uma orientação NNW-SSE, com um comprimento de 27 quilómetros e uma largura que não excede 2500 m e declives que podem ultrapassar os 50%. As cotas do topo da crista variam entre 500 m e 614 m, destacando-se mais de 200 m da plataforma envovente. O ponto de maior altitude situa-se no marco trigonométrico de Chão de Galego (614 m).
A serra atravessa os concelhos de Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão e Nisa, entre Catraia Cimeira (Proença-a-Nova) e São Simão (Nisa).
A estrutura da serra das Talhadas corresponde a uma sinclinal, destacando-se duas séries paralelas de cristas quartzíticas em boa parte do desenvolvimento da serra. A serra é atravessada pelos profundos vales epigénicos do Tejo e do Ocreza.
Nesta serra estão quatro geomonumentos do Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional:
- Portas do Almourão (Proença-a-Nova / Vila Velha de Ródão) – rio Ocreza (Foz do Cobrão);
- Escarpa de falha do Pônsul (Nisa / Vila Velha de Ródão / Castelo Branco / Idanha-a-Nova);
- Portas de Ródão (Nisa / Vila Velha de Ródão) – rio Tejo;
- Mina de ouro romana do Conhal do Arneiro (Nisa).


PANORÂMICA DO VALE DO RIO OCREZA