Via Ferrata do Moradal (Serra do Moradal)

O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.


PORMENOR DO PERCURSO (SETOR 3)

NOTA: tendo em conta que esta foi a primeira vez que percorri uma Via Ferrata, assim como pelo facto de desconhecer a linguagem técnica associada a este tipo de atividade, a descrição abaixo efetuada foi retirada da página dos Caminhantes, a quem agradeço o convite e oportunidade para desfrutar desta fantástica experiência;
- É uma via curta e de fácil progressão, nos 211 metros em que está equipada, podendo-se considerar 3 setores: primeiro (inicial e vertical), o segundo (horizontal e descendente), e o terceiro (setor final). Situa-se na Escarpa do Zebro, próximo à EN238. É um espaço de magníficas e deslumbrantes panorâmicas sobre a envolvente da serra de cristas quartzíticas, onde impera uma densa vegetação, nomeadamente urzes, tojos, rosmaninhos, estevas, giestas e medronheiro, atualmente e infelizmente, devastadas pelos incêndios que ocorreram recentemente;
- O acesso faz-se pela N238 (Estrada que liga Estreito a Foz de Giraldo) até à placa informativa do Parque Eólico do Pinhal Interior. Aqui, à direita, segue-se pelo estradão florestal, a pé ou de carro. O estradão está em bom estado e permite, sem qualquer problema, progredir de carro até ao trilho de acesso. Para chegar ao início da Via é necessário percorrer parte da GR38 e, quando o trilho se aproxima das rochas, deve-se prestar atenção para virar à esquerda até ao início da Via Ferrata. O regresso, após o término da Via Ferrata, faz-se pelo caminho à esquerda;
- O equipamento da via está feito com grampos ondulados em boas condições, num ou noutro ponto mais afastados ou sem grampos onde, para progredir, se tem de recorrer a presas naturais, fissuras e saliências da rocha, na maioria bastante próximos, que fazem com que não seja demasiado complicada a progressão. Realça-se o cabo de vida de boa espessura;
- A Via Ferrata é catalogada oficialmente de “algo difícil”, que na escala Hüsler corresponderia a um K3. No entanto, para quem já tenha alguma experiência neste tipo de vias, esta Ferrata pode perfeitamente ser classificada como K2 “pouco difícil”.


TRILHO DE ACESSO À VIA

- VIA FERRATA DO MORADAL (ESCARPA DO ZEBRO)
A Via Ferrata do Moradal, ou Muradal, também designada por Via Ferrata "Caminho sobre o Oceano Ordovicíco" está situada na Região Centro de Portugal, na Freguesia de Estreito - Vilar Barroco, Concelho de Oleiros. Insere-se num projeto de valorização da Serra do Moradal, um dos pontos de atração mais emblemáticos do único Trilho Português dos Apalaches - a GR38 Muradal-Pangeia, no Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, sob a UNESCO.

A via está construída na Serra do Moradal sobre os Apalaches que são montanhas antigas com mais de 250 milhões de anos, formadas por colisão dos continentes que formaram o supercontinente Pangeia. Com cerca de 915 metros de altitude, a serra do Moradal é a muralha protetora da Freguesia de Estreito - Vilar Barroco, constituída, predominantemente, por uma rocha resistente à erosão - o quartzito, comum, também nas montanhas antigas dos Apalaches (cordilheira da América do Norte). A Serra do Moradal é constituída por rochas quartzíticas e xistentas datadas do ordovícico-silúrico inferior (479-430 milhões de anos).

Inaugurada em 2015, foi a segunda Via Ferrata a ser aberta em Portugal. A entidade responsável pela construção e promoção é o Município de Oleiros, a Naturtejo, as Juntas de Freguesia de Estreito - Vilar Barroco, Orvalho e Sarnadas de São Simão. Esta Via, à imagem de tantas outras, caracteriza-se por se localizar em paredes rochosas de montanha, com a utilização de cavilhas e agrafos para facilitar a progressão, permitindo ainda desfrutar de zonas de escalada com segurança e menor dificuldade, uma vez que a paisagem é um dos pontos mais atrativos deste traçado.

FICHA TÉCNICA:
Ano de construção: 2015
Iniciação: Sim (K2-K3)
Tempo de acesso: 10min
Tempo de ferrata: 2h00min
Tempo regresso: 10min
Distancia equipado: 211m
Distancoa total c/ acessos: 2,1 Kms
Desnível positivo equipado: 87,9m
Desnível negativo equipado: 13,5m
Desnível Total: 90m
Extra-prumos: Não
Pontes: Não
Tirolinas: Não
Época: Todo ano
Pago: Não


PORMENOR DO PERCURSO (SETOR 1)

- SERRA DO MORADAL
A Serra de Moradal, situada no concelho de Oleiros, distrito de Castelo Branco, apresenta 15 km de comprimento e 500-750 m de largura média, entre o Pé da Serra (Ribeira da Magueija), a SE, e o Rio Zêzere. Possui uma orientação NW-SE, elevando-se a 912 m de altitude, no Vilar.
A enorme muralha quartzítica prolonga-se para NW do Rio Zêzere, já com outras denominações toponímicas, até ao seu ponto mais elevado, no Batouco (1106 m), estendendo-se ainda até ao Rio Ceira, 2 km a N de Fajão. A Serra do Moradal distribui-se pelas freguesias de Sarnadas de S. Simão, Estreito, Vilar Barroco, Orvalho, prolongando para Cambas.


PANORÂMICA DA SERRA DO MORADAL - PANGEIA